sexta-feira, 26 de setembro de 2014

DIA DAS CRIANÇAS! ALEGRIA NA UMBANDA!

(Texto enviado por Gisele)

 As crianças são a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos.
 Sincretizados nas figuras de Cosme, Damião e Doum, seu dia comemorativo é 27 de setembro.
 São espíritos que já estiveram encarnados na Terra e que optaram ou receberam a missão de continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda.
Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.
 O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são... Todos, pois as crianças poderão, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Elas manipulam as energias elementares e são portadoras naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem.
 Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade. Dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa.
 Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes. As entidades que fazem parte, na Umbanda, da Ibejada são assim, fazem tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas (guaraná) e tratam a todos como tio e vô.
 Existe um antigo provérbio Umbandista, que diz: "Não há um Caboclo ou Preto-velho que, apesar de toda a sua elevação, não respeite um Ibeiji”.
E, por isso, não há uma gira de criança que não lote os terreiros de Umbanda! Enquanto participamos, tudo que sentimos é uma alegria infinita, uma felicidade que nos leva a sorrir sem motivos, que nos faz recordar a nossa infância querida na qual, muitas vezes, logicamente sem o devido conhecimento, brincávamos com o nosso querido Erê!
Muito obrigado, criancinhas queridas, por estarem sempre junto de nós nos dando todo o amor e o carinho que transbordam de vocês!

Salve as criancinhas! 
(Texto adaptado do site Umbanda de Deus)

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CONHECIMENTO E SABEDORIA

(Texto aplicado à Mesa I)

Dois discípulos procuraram um mestre para saber a diferença entre Conhecimento e Sabedoria. O mestre disse-lhes:
Amanhã, bem cedo coloquem dentro dos sapatos, vinte grãos de feijão, dez em cada sapato, subam em seguida a montanha que se encontra junto a esta aldeia, até o ponto mais elevado.
No dia seguinte, os jovens discípulos começaram a subir o monte. Lá pela metade do caminho, um deles estava padecendo de grande sofrimento, seus pés estavam doloridos e ele reclamava muito.
O outro subia naturalmente a montanha.
Quando chegaram no topo, um estava com o semblante marcado pela dor; o outro sorridente. Então o que mais sofreu durante a subida, perguntou ao colega:
-Como você conseguiu realizar a tarefa do mestre, enquanto para mim foi uma verdadeira tortura?
O companheiro respondeu:
-Meu caro colega, ontem a noite cozinhei os vinte grãos de feijão.

É comum que se confunda CONHECIMENTO E SABEDORIA, mas essas são coisas diferentes. Se prestarmos atenção, podemos verificar que a diferença é clara e visível.
O conhecimento é o somatório das informações que adquirimpos, é a base daquilo que chamamos de cultura. Podemos adquirir Conhecimento sem vivermos uma experiência fora dos livros e das aulas teóricas. Podemos nos tornar cultos sem saírmos da reclusão de uma biblioteca.
Já a Sabedoria, por outro lado é o reflexo da vivência, na prática, quer pela experimentação, quer pela observação,da utilização dos conhecimentos préviamente adquiridos. Para ser sábio é preciso viver, experimentar, ousar, ponderar, amar, respeitar, ver e ouvir a própria vida.
É preciso buscar, sim o conhecimento, informação. Deve-se atentar para não se tornar alguém fechado em si mesmo e no próprio processo de aprendizado. Fazer isso é o mesmo que iniciar uma viagem e se encantar tanto com a estrada a ponto de se esquecer para onde se está indo. E isso não parece ser uma atitude muito sábia.
Então sejamos sábios:
Vivamos! Amemos e compartilhemos o que há em nossos corações!
E que saibamos cozinhar nossos feijões...

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

QUANTO CUSTA UM MILAGRE?

(Texto aplicado à Mesa I)
Uma garotinha esperta, de apenas seis anos de idade, ouviu seus pais conversando sobre seu irmãozinho mais novo.
Tudo que ela sabia era que o menino estava muito doente e que estavam completamente sem dinheiro.
Iriam se mudar para um apartamento num subúrbio, no próximo mês, porque seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento.
Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro.
A menina ouviu seu pai dizer a sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado: Somente um milagre poderá salvá-lo.
Ela foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina de seu esconderijo, no armário. Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes.
O total tinha que estar exato. Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa. Saiu devagarzinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões até chegar à farmácia.
Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento.
Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Limpou a garganta com o som mais alto que pôde, mas nem assim foi notada.
Por fim, pegou uma moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida!
O que você quer? Perguntou o farmacêutico com voz aborrecida. Estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há  séculos, disse ele sem esperar resposta.
Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão. Respondeu a menina no mesmo tom aborrecido.Ele está realmente doente... E eu quero comprar um milagre.
Como? Balbuciou o farmacêutico admirado.
Ele se chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salvá-lo.
E é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre?
Não vendemos milagres aqui, garotinha. Desculpe, mas não posso ajudá-la. Respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave.
Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa. Insistiu a pequena.
O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo à frente e perguntou à garota: Que tipo de milagre seu irmão precisa?
Não sei. Respondeu ela, levantando os olhos para ele. Só sei que ele está muito mal e mamãe diz que precisa ser operado. Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro.
Quanto você tem? Perguntou o homem de Chicago.
Um dólar e onze centavos. Respondeu a menina num sussurro. É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso.
Puxa! Que coincidência, sorriu o homem. Um dólar e onze centavos! Exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos.
O homem pegou  o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse: Leve-me até sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de  milagre que você precisa.
Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em neurocirurgia.
A operação foi feita com sucesso e sem custo algum. Alguns meses depois, Andrew estava em casa novamente, recuperado.
A mãe e pai comentavam alegremente sobre a sequência de acontecimentos ocorridos. A cirurgia, murmurou a mãe, foi um milagre real. Gostaria de saber quanto deve ter custado.
A menina sorriu. Ela sabia exatamente quanto custa um milagre...
Um dólar e onze centavos... Mais a fé de uma garotinha...
*   *   *
Não há situação, por pior que seja, que resista ao milagre do amor.
Quando o amor entra em ação, tudo vence e tudo acalma.
Onde o amor se apresenta, foge a dor, se afasta o sofrimento e o egoísmo bate em retirada.
 Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida.
Disponível no CD Momento Espírita, v.6,  ed. Fep.

Em 15.07.2011.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O MILAGRE DE INGRID

(Texto aplicado à Mesa I) 

Nesta semana, a estudante Ingrid, teve alta do hospital. Para pagar as próprias despesas, Ingrid trabalhava no bar da boate Kiss. Só se salvou porque teve uma reação muito rápida, uma idéia surpreendente que deu certo.
Ela se salvou com um gesto desesperado: para respirar, abriu o freezer em busca de ar puro.
Ela atendia clientes em um dos bares da área vip, em frente ao palco onde acontecia o show. Ao perceber o incêndio, se apressou para avisar as colegas que estavam no caixa. Quando tentou sair, foi engolida pela fumaça.
“Eu meio que tonteei. No que eu tonteei, eu meio que caí para trás e bati com a mão no freezer. Eu sei que me deu um estalo e eu pensei - o freezer. É o único lugar que tem ar. Eu abri a porta do freezer, botei a minha cabeça pra dentro e respirei aquele ar que tava completamente gelado”, conta.
A jovem tomou fôlego, cobriu o nariz e a boca com a roupa e procurou a saída.  Na fuga, algumas pessoas tropeçaram. Quem vinha atrás caiu sobre os que estavam no chão. “Caí e caíram por cima de mim. Aí que veio meu anjo. Ele tentou me puxar uma vez, duas, ele não conseguiu. Eu olhei pro rosto dele e ele olhou para mim, agarrou minhas duas mãos com tanta força que me deu forças. Ele me agarrou, e eu segurei a mão dele, ele deu dois, três puxões e me arrancou daquilo. Diz o médico, que quando ela respirou o ar de dentro do freezer, Ingrid evitou queimaduras internas mais graves.
“Agora, eu sei que eu preciso estar forte pra ajudar muita gente. Então é isso que está me fazendo erguer a cabeça, lutar e dizer assim: ‘Não... peraí... Se Deus me manteve aqui é porque ele tem um plano pra mim. É que eu ainda vou ajudar muita gente’”, concluiu Ingrid.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

LIBERTAÇÃO DO PASSADO

(Texto aplicado à Mesa I)

Uma mulher foi visitar o seu pai, que era um iogue muito respeitado na região sul da Índia antiga. Assim que os dois se encontraram, moça disse:
- Pai, sempre observo como você é respeitado pelas pessoas. Queria ter toda essa tranquilidade que você tem. Como faço para conseguir paz em minha vida?
O pai olhou sua filha, ficou feliz pela pergunta e disse:
- Filha, deixe isso de lado um pouco. A paz é algo ainda distante. Comece, por enquanto, jogando fora algumas coisas em sua casa que você não precisa e que não te trazem boas lembranças.
A filha ficou visivelmente contrariada. Não entendia a atitude do pai. Sendo um homem tão sábio, por que dava orientações a todos, mas se negava a ensinar sua própria filha?
A moça retornou ao seu lar e sentiu que, realmente, seria um bom momento de se desfazer de alguns pertences que já não utilizava. Estava mesmo sentindo que sua casa precisava esvaziar-se de algumas tralhas.
Primeiro de tudo, resolveu localizar os objetos dos quais não mais necessitava. Pegou antigos presentes usados, roupas velhas, sapatos furados, bijuterias e até algumas cartas de antigos namorados. Conforme ia pegando nas roupas rasgadas, surgiam lembranças dos momentos em que as usou. Levantou bastante poeira movimentando tudo, tirando do lugar e se jogando fora. Não foi nada fácil desapegar-se de certos pertences, em especial aqueles que lembravam momentos bons e ruins. Demorou algumas horas, mas a moça pôde revisitar muitas fases diferentes de sua vida, senti-las, chorar, observar o que pensava e como via o mundo em diversas épocas, e finalmente jogar tudo fora.
Após toda essa experiência com seu passado, estava se sentindo diferente. Sentiu-se mais tranquila, mais leve e mais livre de tudo. Sentia, pela primeira vez em muitos anos, uma paz que a preenchia por inteiro.
Alguns dias depois, foi novamente visitar seu pai e contou todo o ocorrido.
O pai virou-se para ela e disse:
- Filha, quando você me perguntou como fazia para conseguir paz em sua vida, eu te dei a resposta, e você iniciou esse processo. Desfazendo-se de alguns objetos do passado, você pôde seguir os sete passos da libertação.
- Eu segui? - Perguntou a filha surpresa. – Mas que passos são estes?
O pai respondeu:
- O primeiro passo é agir para resolver um problema. No caso, você sentia a intranquilidade, e começou a buscar uma solução para isso. A ação que procura solucionar um sintoma e entender que precisamos nos libertar disso. Essa é a fase do início da busca.
- O segundo passo é localizar a fonte do problema. Em sua casa, você procurou os objetos que teria que jogar fora. Isso equivale, no plano emocional, a buscar o local exato da origem do problema. Essa é a fase da localização.
O terceiro passo é rever o problema e senti-lo intensamente como se ele estivesse ocorrendo agora. Cada pertence que você encontrou, vieram lembranças muito emocionais, você recordou cenas e acontecimentos e colocou para fora os últimos resquícios desses sentimentos. Ninguém se liberta de alguma situação não resolvida ou de alguma experiência mal digerida do passado se não a sente novamente. Essa é a oportunidade de liberar das emoções acumuladas.
O quarto passo é desapegar-se daquilo. Algumas pessoas relembram o passado, mas como ainda continuam apegadas a ele, permanecem presas. No momento que você o jogou fora, você consolidou que não precisava mais daquilo e se desfez do que te prendia. No plano interior, o desapego não é exatamente uma ação, mas uma escolha.
O quinto passo é perdoar qualquer mal ou prejuízo que o passado tenha nos causado. Isso implica no perdão de maus tratos, ofensas, agressões, frustrações, etc. Quando você pegou as cartas de ex-namorados, você já estava tranquila interiormente e pôde perdoa-los de qualquer mal que tenham feito a você. Se não tivesse perdoado, ainda estaria apegada a eles de alguma forma. É importante perdoar o algoz, mas também perdoar a nós mesmos por termos errado. O perdão dos próprios erros é fundamental; Afinal, somos todos imperfeitos e estamos sempre sujeitos a erros.
O sexto passo é tentar entender porque tivemos que experimentar aquilo. Qual o motivo daquele sofrimento, daquela dor, daquela doença, ou de qualquer mal que nos acometeu. Que responsabilidade tivemos em sua produção? Após rever nossa responsabilidade nisso, é importante arrepender-se de qualquer mal feito e também pedir perdão a nós mesmos. Rever o passado nos ajuda a chegar ao sétimo e último passo.
O sétimo passo é o aprendizado final. Toda experiência deve ser transformada em aprendizado. Ela deve trazer um significado para nós, e isso deve servir para evitar erros futuros. O aprendizado é a libertação final do passado, pois ele evita que os erros do passado sejam reeditados em novas formas no futuro. Lembrando sempre que os erros passados que não foram aprendidos podem ser repetidos num futuro próximo ou distante. Portanto, o aprendizado é fundamental e é o último passo para a libertação e para o encontro com a paz.
Do Autor Hugo Lapa