segunda-feira, 28 de abril de 2014

O LIVRO DA CAPA PRETA

(Texto enviado por Gisele)

Um Senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências.
O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que este livro se tratava de uma Bíblia e estava aberta no livro de São Marcos.
Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
-O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
-Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
Respondeu o jovem:
-Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a Historia Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
-É mesmo?- Disse o senhor.
-E o que pensam e dizem os nossos Cientistas sobre A Bíblia?
-Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.
Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba. No cartão estava escrito:


“Um pouco de ciências nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima!”
Fato verdadeiro, integrante da biografia ocorrido em 1892.

sábado, 26 de abril de 2014

CRIANÇAS NA UMBANDA


CRIANÇAS NA UMBANDA
 Adaptado dos textos de Fernando Sepe, Adriano Camargo e Alexandre Cumino por CEENC



Começo esse estudo de hoje com uma historinha:

Em uma das muitas escolas de Aruanda, um Preto-velho de nome Antônio estava tendo uma conversa com um grupo de crianças. O Vô tentava explicar algumas coisas a respeito dos encarnados e do que eles deveriam fazer durante os trabalhos espirituais:
-Bem, como eu estava dizendo, os encarnados são um pouco complicados sabe, têm alguns que não acreditam nem em Deus... _ dizia o velho Antônio.
-Como não vô? Eles num acreditam no papaiii-mamãeee-do-céu? Ué, o vô num ensinou para eles que “O Papai” mora dentro do coração de cada um? _ perguntou uma menininha de nome Catarina.
-Ensinei minha filha, mas sabe, na matéria eles têm tantos problemas, preocupações, dificuldades, que eles não conseguem nem mesmo escutar o próprio coração. A intuição e tudo isso que para vocês aqui é muito claro, para eles não passa de fantasia, bobagens...
- Ah, eles são bobocas mesmo, e depois me dizem que um dia eu vou ser igual, vou ter que en... en... como é mesmo vô?
- Encarnar! _ Respondeu Joãozinho, outra criança que estava na aula e que não saía nunca de perto do vô.
-Isso, en – car – nar! Eu não quero vô! Não quero esquecer do Papai do céu
Eu amo tanto Ele. - Disse Catarina quase chorando.
-Minha filha, você não precisa ter medo, afinal também existem muitos encarnados bondosos, que creem no divino Criador e por Ele trabalham avidamente. Além do mais, ainda vai demorar um bocado para  você encarnar.
- Ufa, ainda bem! _Catarina parecia aliviada.
- É meus pequenos, é difícil e triste quando muitos dos que a gente mais ama esquecem-se de Deus na  carne e se entregam a coisas pouco louváveis a seus divinos olhos. E então eles fecham–se a nossa inspiração, e  nada mais nos resta a não ser se afastar e esperar... _ e o velho Antônio assumiu uma feição tristonha.
As criancinhas, que não entendiam muito dos sentimentos e pensamento dos adultos, mas tinham uma intuição incrível e conseguiam escutar como poucos o coração dos espíritos, perceberam que o “vô” ficou um pouco triste. Por isso pularam todos juntos em cima do velho Antônio, o que acabou resultando no começo de uma verdadeira bagunça:
- Mas o que é isso aqui? Antônio, você não consegue colocar ordem nos pequenos? - disse uma rechonchuda negra de traços bondosos, que chegava à sala de aula, trazendo algumas xícaras de chá.
- Ordem é comigo vó “Dita”, pode deixar! _ Disse Jorginho, o maiorzinho daquelas crianças que era “fanático” em colocar tudo em ordem.
- Não, num precisa não Jorginho! Deixa que já está tudo normal... _ se antecipou a vó “Dita” antes que  ele fizesse alguma de suas loucuras:
- Vim trazer um chá, colhido aqui do canteiro da mãe Jurema. E você hein Antônio, que vergonha, brincando que nem um mocinho... e não me chama para participar!
A Velha “Dita” chamava–se Benedita e junto com Antônio eram os responsáveis por uma escola que tinha como objetivo dar instruções a todo um grupo de crianças, que trabalhavam dentro da religião de Umbanda, onde são conhecidos como Ibejada. Eles eram muito puros e estavam ainda muito ligados aos reinos da natureza, assim, tinham muita dificuldade de entender o comportamento humano. Além disso, esse convívio com os encarnados um dia facilitaria, quando as crianças também tivessem que reencarnar.
Chegada a hora do fim da aulinha, Vó Dita fez um convite aos pequenos:
- Bem por hoje chega. Amanhã vamos ter trabalho em uma Casa de Umbanda. Vai ser gira dos caboclos, mas quem quiser ir para ficar junto dos caboclos, pode ir com a gente. _disse vó Dita.
Alguém acha que eles foram????
Claro que não! Deixaram para uma próxima vez!
E assim, voltaram ao jardim para continuarem exalando a paz, a pureza e o amor celestial, esperando uma outra oportunidade para pularem novamente no pescoço do Vô Antônio!

*********************************************************************************

Essa pequena historinha demonstra claramente como é grande o amor por Deus que seus corações puros são capazes de demonstrar.
As crianças na Umbanda também são chamadas de “Beijada”, “Ibejis”, “Erês”, “Cosminhos”, “Dois-dois” ou simplesmente criancinhas. Muito temos a aprender com esses espíritos, pois  “se todos tivéssemos olhos de Crianças, não  haveria mais guerras, afinal, “O Reino dos Céus pertence às  Crianças, os puros de coração”.
Muitos não conseguem ver a importância dos trabalhos das Crianças, não percebem o quanto elas realizam apenas “brincando” e comendo doces. Muitas Crianças que incorporam na Umbanda estão mais ligadas ao plano encantado da  natureza do que ao natural humano.
Crianças vibram as forças da natureza de forma sutil, mas de forma intensa, assim umas são das cachoeiras, outras das praias, do mar, das pedreiras, das matas... Quando incorporadas elas vibram, o tempo todo, a energia encantada do reino a que estão ligadas. Basta entrar na sua sintonia infantil, brincando e comendo doces, que acontece toda uma limpeza espiritual.
Energias negativas são absorvidas pelos mistérios que sustentam o trabalho das Crianças e são filtradas, dando espaço às energias que precisamos para nos amparar e mudar nossa visão de mundo. Por isso dizemos que as crianças são renovadores de energia. Muitas vezes queremos que nossa vida mude e esquecemos que se nós não mudamos nosso comportamento a vida também não muda. Crianças nos ajudam e muito a renovar nossas atitudes, a começar de novo, como um aprendiz que começa uma jornada de vida no plano material. Crianças estão muito ligadas às cores, ao arco-íris, alegria, desprendimento material e pureza.
As Crianças não são “espíritos adultos” se passando por crianças, o que não seria nada natural, e sim “espíritos infantis”, espíritos que ainda não se humanizaram por completo. Estão mais ligadas às realidades anteriores da alma humana, aos planos encantados da natureza, por isso se apresentam de forma infantil, mas não têm a mente adormecida, algumas têm lembranças de séculos. São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que continuam sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.
Para vir na Umbanda passam por um preparo no astral, elas chamam de escolinha, respondem no grau de guias, pois têm muito a dar e realizam um trabalho muito importante. Muitas trabalham acompanhando de perto a nossa infância, enquanto somos crianças elas têm maior acesso e facilidade para nos ajudar, pois nossa vibração fica mais próxima à delas.
Resumindo, crianças trabalham e muito, que para elas é uma alegria. Temos crianças de todos os Orixás, a “força Ibeji” é a força infantil do plano encantado das Crianças, sincretizado com “Cosme, Damião e Doun”, um dos Orixás mais atuantes na corrente das crianças é Oxum, pois essa energia é a simbologia do Amor e assim, a ela pertence o “Mistério Crianças. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. Dessa forma não vemos crianças chefes de falange, guia chefe de terreiro e etc.
É praticamente impossível não reagirmos também com felicidade ao vê-los “brincando” nos terreiros. O dia das crianças é comemorado neste mês de setembro, sincretizado ao culto católico com São Cosme e São Damião, irmãos gêmeos e médicos, que pereceram decapitados porque praticavam a medicina gratuitamente em socorro dos pobres e das crianças infelizes e abandonadas.
Podemos realizar trocas energéticas mais intensas com a falange da Ibejada em locais como praças, parques e cachoeiras, ou um outro local. Seu material de trabalho é composto por chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas - o refrigerante.
Seus nomes simbólicos normalmente no diminutivo, dificilmente traduzem sua essência original, mas isso é totalmente desnecessário, pois para a pureza não é necessário tradução. Normalmente os nomes mais comuns são aqueles que se referem à origem brasileira, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Terezinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc. Alguns ainda, se apresentam por nomes que designam o aspecto da natureza a que estão relacionados, como por exemplo, Neguinho da Praia, Pedrinho da Cachoeira, Rosinha do Jardim e etc. 
Trazem muita força de trabalho e em suas manifestações traduzem a essência da pureza e simplicidade. Trabalham brincando e brincam trabalhando. Quando solicitados, são excelentes guias de trabalho e atendimento, ótimos curadores e fantásticos orientadores espirituais. São protetoras da Medicina e de todas as crianças do mundo, inclusive as desencarnadas que ainda não completaram o círculo dos renascimentos. Não costumam atuar desmanchando demandas, nem fazendo desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. No Candomblé têm a função importante de dar recados do Pai, uma vez que os Orixás não se comunicam verbalmente.
Na sua maneira de agir, toda criança é normalmente muito irrequieta, barulhenta, às vezes não gosta de tomar banho e nas festas, se não for contida, pode literalmente botar fogo no oceano. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.  Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida.
Os "meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas, choronas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos passam desapercebidas, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.
Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a "brincadeira" que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão "engraçada" assim.
Poucos são aqueles que dão importância devida às giras das vibrações infantis. A exteriorização da mediunidade é apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não consigamos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças tomam.
A presença dessas entidades de luz encanta as nossas almas e traz alegria aos nossos corações. Afinal, quem nunca se sentiu também criança de frente a um manifestação dessa linha? E quem melhor senão nossa “criança interior” para ouvir e captar conselhos dados por outra “criança”, não é?
Bom pessoal, vamos ficando hoje por aqui, nesse tema que ainda tem muitas e muitas linhas para serem escritas! Espero que tenham gostado!
Com amor,
Nise.

REENCARNAÇÃO






QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU!

Alguém já ouviu falar sobre a roda da vida? Esse é um conceito que se aplica muito bem à jornada das inúmeras vidas pelas quais passamos para nosso engrandecimento e evolução. A roda da vida nunca pára, ela está sempre girando pois as vidas estão sempre se renovando.
Ainda bem que é assim, pois imaginem como seria difícil aprender tudo que precisamos se não tivéssemos mais de uma oportunidade para isso... Para melhorar um pouco mais a nossa situação, Deus nos permitiu a criação de laços afetivos e a formação de afinidades com aqueles que nos ajudarão a crescer e caminhar, para que possamos ter amparo daqueles que nos são caros e resgatar o que for necessário para desenvolvimento e evolução espiritual.
O processo de reencarnação é muito importante para o Espírito, pois permite seu aperfeiçoamento através das relações interpessoais e experiências que serão vividas em cada uma das existências. Cada vez que é permitido a um Espírito voltar à Terra, geralmente esse retorno acontece dentro dos laços de afinidade que já existem. No núcleo familiar a espiritualidade planeja os reajustes. Não que ele não ocorra fora da família, mas dentro da família é mais fácil se manter os laços mais duradouros, devido à ligação consangüínea, necessários para o cumprimento da missão a que eles se destinaram.
As famílias são montadas na Terra, mediante um planejamento reencarnatório e esse planejamento obedece à justiça divina. Essa justiça irá atuar de acordo com a evolução de cada um e com a necessidade da missão a que se destinaram, observando sempre o crescimento moral de todos.
A família terrena é formada por espíritos que, entre si, tem alguma sintonia e que tem a necessidade de reencarnarem unidos em um mesmo grupo para que possam ir apoiando uns aos outros ou então resgatando os erros do passado. Alguns recebem filhos que serão parte da missão que a família tem que cumprir, outros recebem entes muito queridos que auxiliarão os pais no processo evolutivo, outros ainda recebem espíritos com os quais os tenham alguma dívida, que possa ser resgata através do carinho, da educação e do comprometimento moral.  Ou seja, são diversas as situações e inúmeros os motivos para que um espírito venha como pai ou filho, vai depender de sua necessidade e de seu merecimento.
A encarnação dentro do elo familiar manterá os pais e os filhos mais próximos, criando condições para que haja um vínculo forte de amor. Ao renascerem sob o mesmo teto, estarão anestesiados pela sábia lei do esquecimento do passado, caminhando em direção ao apreço mútuo, ao perdão recíproco e à missão de crescimento que desfará as cadeias de desafeto e os unirá por laços fraternos.
Segundo André Luis nos ensina, a ligação entre os pais e os filhos inicia mesmo antes da formação do feto. Os pais são solicitados no astral algum tempo antes da fecundação. Normalmente durante os seus repousos noturnos, quando seus perispíritos, parcialmente desligados do corpo, são levados até um Espírito de alta envergadura espiritual encarregado de auxiliar no processo de entendimento e aceitação da nova vida a ser gerada.
Mesmo antes de acontecer a relação sexual, os mapas reencarnatórios já começam a ser traçados, indicando a nova missão que se cumprirá na Terra. Muitas vezes, quando não há urgência em reencarnar ou culpas e remorsos, são feitos estudos e uma laboriosa sindicância é feita em torno das circunstancias que envolvem os futuros pais, acertando a forma de fazer com que suas vidas se cruzem a fim de dar continuidade ao planejamento espiritual.
Um aspecto importante para entender com relação aos filhos é que eles não herdam características psicológicas, como inteligência, dotes artísticos, temperamento, bom ou mau gosto, simpatia ou antipatia, doçura ou agressividade. Somente características físicas são geneticamente transmissíveis: cor da pele, dos olhos, ou dos cabelos, tendência a esta ou àquela conformação física, etc. Cada espírito é único e diferente e, embora possam ter certas características em comum ou muito semelhantes, cada um é um universo próprio. Até mesmo gêmeos univitelinos, ou seja, gerados a partir do mesmo ovo, trazem a similaridade de certos traços físicos, mas diferenças fundamentais de temperamento e caráter.
No que se refere à ligação do corpo com o espírito, O livro dos Espíritos diz que a união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o choro da criança marca o momento em que a criança entra para o grupo dos vivos.
No intervalo da concepção ao nascimento, o Espírito não está ainda encarnado, mas ligado ao corpo. Desde o instante da concepção, certa magnetização começa a envolver o espírito, para que esse possa retornar a uma nova existência. No intervalo entre a concepção e o nascimento, seu estado é mais ou menos como o de um encarnado durante o sono. À medida que o momento do nascimento se aproxima, suas idéias vão se apagando, assim como a lembrança do passado também vai se apagando quando inicia a magnetização para preparar para encarnação.
Um aspecto interessante a respeito do assunto é o fato de alguns fetos responderem aos estímulos emocionais dados pelos pais durante o período de gestação. Diz-se que o feto grava sobre tudo as emoções maternas. Se a gestante produzir sentimentos felizes, o bebê sente-se amparado no processo de nascer. Cultivar a relação carinhosa desde o início da gestação, conversar com o bebê e ter uma relação afetuosa em todos os aspectos que envolvam o feto, é importante, não só para estabelecimento dos laços emocionais, mas também para garantir um fluxo de energia harmonioso entre a mãe e o feto. Esse fluxo de energia harmonioso será responsável por garantir a formação coerente dos centros de energia vital espalhados pelo corpo perispiritual da vida que se forma, auxiliando assim na garantia da execução correta dos reflexos físicos integrantes do seu corpo material.
Outra informação importante é que durante a gravidez, o fluxo de energia entre a mãe e o feto é constante, assim, forma-se um grande campo fluídico onde a mãe está habilitada a sentir as impressões que nortearão a existência do filho, bem como o filho estará submetido às impressões emocionais da mãe. Há um aumento da sensibilidade e por vezes, a mãe pode sim, experimentar sensações que não são suas, mas sim, do feto.
Quando passa pela infância, o Espírito está como que num repouso de atividade mais intensa do seu eu. A partir daí se torna mais acessível às impressões que recebe, porque o cérebro novo registrará novas informações e novos estímulos. Costuma apresentar-se mais dócil, porque se encontra dependente para com os seus responsáveis na vida terrena.
Entretanto é importante lembrar que as crianças não são almas recém-criadas por Deus. São espíritos com certa experiência e desenvolvimento, pois já viveram muitas vidas anteriormente. Trazem como bagagem espiritual as conseqüências de seus acertos e também de seus erros. Assim, muitos têm gravados no seu corpo carnal, caracteres que ajudam a identificar o resgate ou a missão que terá que cumprir. Nem todo problema de saúde é conseqüência de uma outra vida. Mas muitas vezes, outras vidas deixam gravadas no perispírito características de outras experiências que podem refletir na saúde do indivíduo.
Outra questão importante a respeito do assunto é o que diz respeito à missão dos pais em relação aos filhos e dos filhos em relação aos pais. Terminados os nove meses de gestação, o ser vem ao mundo e é alimentado por sua mãe. Uma tarefa aparentemente comum, simples e sem significado, mas que encerra uma comunicação enorme entre o espírito reencarnante e a mãe, pois que é o primeiro contato físico e a troca de sentimentos profundos. Já aí se inicia o processo da educação, o momento em que se precisa fazer mesmo o impossível para facilitar ou dar condições para o amadurecimento no bem e para a evolução constante.
Os deveres dos pais para com os filhos são os de orientar, educar e auxiliar no crescimento e compreensão do mundo, dando cuidados, alimentação, carinho e corrigindo-os quando necessário. Por outro lado, entende-se que os deveres dos filhos são os de amar, respeitar e cuidar dos seus pais, aproveitar as orientações recebidas, assumir posturas dignas e de respeito, buscar crescer e desenvolver-se como uma pessoa responsável dentro da sociedade e gerar uma família equilibrada que será a base para a formação e aperfeiçoamento de novos Espíritos em processo reencarnatório.
Parte dessa missão de educar, que é inerente aos pais deve ser voltada para auxiliar a espiritualidade na proteção do Lar. A realização do Evangelho no lar facilita com que o espírito que se encontra ligado à mãe também receba os ensinamentos do Mestre e as vibrações dos espíritos superiores que se aproximarão para participar da reunião. No momento em que os pais fazem contato com os fundamentos da Doutrina, os filhos já estão sendo beneficiados.
Filhos são uma benção de Deus para toda a família. É muito séria a responsabilidade de ser pai e, por esse motivo, é comum que se planeje a gravidez. Essa, porém não é uma regra para que se garanta que a gestação seguiu seu caminho planejado espiritualmente. Muitas vezes acontece de não se escolher o momento dessa concepção. A gravidez que ocorre mesmo utilizando métodos contraceptivos, muitas vezes acontece nos casos de compromisso espiritual, onde não é permitido escolher se deseja ou não ter o filho ou até mesmo o momento dele chegar. Algumas vezes o criador espera pacientemente o movimento interior dos seus filhos. Mas se chega a hora de dar continuidade à missão assumida no espaço, o fluxo da vida continua apesar do planejamento e a mulher passa a ser o terreno fértil para semear o amor incondicional.
Os envolvidos no processo de gestação são:

- Pais – Atuam fornecendo os elementos físicos e espirituais, auxiliando através da sua força mental a formar o molde físico.
- Espírito Reencarnante – Atua junto com os pais na formação do corpo físico.
- Anjo da Guarda, Protetor Espiritual – Fica muito próximo durante a gravidez, protege a mãe e o filho (segundo o merecimento) das energias hostis. Os amigos espirituais também se aproximam para visitar e ajudar no que for possível, levando vibrações de otimismo e fé para a família.
- Equipe Reencarnacionista (Construtores) – São os responsáveis pelo processo de reencarnação, atuam protegendo e auxiliando e estão presentes mesmo quando a mãe não realiza sua parte na tarefa divina que lhe foi outorgada. Sua ajuda tem limites e está diretamente vinculada á conduta da mãe.
- Espíritos Superiores – Embora os anjos do senhor estejam em uma faixa de vibração quase imperceptível, eles estão sempre presentes atuando de forma definitiva para o bom andamento da missão de reencarnação.

Bom irmãos, esse assunto ainda tem para nos dar muito pano pra manga, mas por hoje ficamos por aqui, com a certeza de que a gravidez é uma benção divina. O importante é fazer o melhor que se puder e se dedicar com amor e carinho aos que necessitam e que estão conosco em nosso caminho. Por este motivo, o compromisso de amar, educar e formar deve sempre ser honrado pois depende de nós o que podemos fazer. Devemos nos dedicar ao máximo a fim de vencer os obstáculos e servir de exemplo para todos os que nos cercam, tendo a certeza da graça recebida e da responsabilidade confiada a cada um.  
Um grande beijo para todos,
Com amor, Nise. 

PAI NOSSO QUE ESTÁ NO ESPAÇO


Oi gente,
Estava pensando ontem à noite na hora de dormir sobre o que eu iria escrever hoje pra gente estudar... Pensei, pensei, pensei... Mas eram tantas dúvidas e tantos assuntos interessantes, que acabei não conseguindo pensar em nada... Lá pelas tantas, resolvi dormir mesmo, porque era o melhor que eu poderia fazer naquele momento... Pelo menos ia descansar a cabeça para quem sabe, tentar pensar em alguma coisa para hoje. Bom, como de costume, desliguei a TV, fechei meus olhos e rezei o Pai Nosso bem rapidinho e foi só o tempo de eu pegar no sono!!!
Bendita oração rapidinha que eu fiz antes de dormir, pois apesar de eu não ter prestado atenção em nada que eu estava falando, uma vez que eu só estava atropelando as frases com meu sono rebocador, descobri o assunto que eu queria falar hoje.
Tema do dia:
PAI NOSSO QUE
....estaisnoespaçosantificadosejaovossonomevenhaanosovosso.....
E LIVRAI-NOS DO MAL! QUE ASSIM SEJA!



Falem a verdade... Quem nunca fez aquela oraçãozinha rápida antes de dormir? Quem nunca falou a oração super decorada pensando no que tinha que fazer no dia seguinte... Todo mundo já fez alguma coisa assim um dia, né? Então, foi pensando nisso que resolvi escrever sobre a oração PAI NOSSO, para que a gente realmente possa entender o que nós estamos dizendo e, quem sabe, fazer com que o sono espere um pouquinho antes de nos derrubar...
Toda vez que estamos conversando com alguém, seja com um amigo, seja no trabalho, seja no nosso dia-a-dia, estabelecemos contato, seja ele visual, físico ou auditivo, como acontece nas ligações telefônicas. A conversa une aqueles que participam, em torno de um mesmo assunto, uma mesma motivação... Quando duas pessoas conversam, elas estão ligadas momentaneamente através da troca de palavras, pensamentos e expectativas. Na nossa vida, é através da conversa associada à força de vontade e às atitudes, que podemos atingir nossas metas mais particulares objetivando pedir, agradecer, informar, aprender, convencer, ou qualquer outra coisa que precisemos naquele momento.
Quando oramos, acontece a mesma coisa. Estabelecemos uma ligação com os pacientes Espíritos que estão sempre prontos a nos socorrer em nossas dificuldades. É através da conversa que expomos nossas necessidades e dúvidas e rogamos auxílio. Da mesma forma que um diálogo entre amigos ou uma conversa telefônica, a oração é a nossa ferramenta mais forte para estabelecer comunicação com aqueles que cuidam de nós sem serem vistos.
Para que ela seja ouvida, não precisa de técnica ou preparo especial. Precisa simplesmente da verdade e da fé! Orar é sentir. Nem mesmo o Aurélio ou a Barsa podem traduzir em palavras o que “conversamos” através dos pensamentos. Devemos saber orar com humildade e consciência daquilo que estamos falando ou pedindo. Não precisamos que ninguém, além de Deus e dos bons Espíritos, escute nossas orações. Apenas precisamos do nosso coração para estabelecer essa ligação com o Divino, através da vontade fervorosa e da consciência do que desejamos.
Quando Deus nos enviou, através de Seu filho, a oração PAI NOSSO e tantas outras orações, Ele não pretendia que utilizássemos apenas suas palavras para expressar nossos sentimentos. Mas sim, Ele desejava que pudéssemos nos conectar através do pensamento, em uma forte corrente vibratória, emanando energia suficiente para fazer vibrar ao nosso redor o que nos fosse necessário.
Podemos até nos perguntar por que então sempre repetimos as mesmas palavras ao invés de fazermos cada um a nossa própria oração. A resposta para esse questionamento é muito simples. Segundo a FEB, o Pai Nosso é uma obra-prima de simplicidade, resumindo todos dos deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo. O Pai Nosso vem sendo orado há muitos anos de forma única pelos cristãos. Sabemos que a prece é uma projeção do pensamento, formando uma corrente fluídica, cuja força dos elos de ligação será mais forte, quanto mais fervoroso for o nosso pensamento. Todos nós estamos mergulhados no mesmo fluido vital, que é por onde se transmitem as ondas de pensamento, da mesma forma que o som das nossas palavras é transmitido pelo ar. Assim, muitas emanações da mesma vibração fortalecem o elo da corrente que nos liga ao mundo espiritual, fazendo com que nossas súplicas sejam ouvidas onde quer que estejamos, de forma única e ampla.
De acordo com o Espírito Emmanuel, quando nos referimos ao Pai Nosso, devemos entender que a grandeza dessa oração nunca será devidamente compreendida por nós aprendizes. Cada palavra, dentro da oração, emana uma luz sublime. Em suas linhas, o Mestre Divino ensina que o Supremo Doador da Vida deve constituir, para nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas. Sendo assim,  vamos então tentar entender o que Jesus nos ensinou?
Ao falarmos:

- PAI NOSSO QUE ESTAIS NO ESPAÇO, SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME...
Queremos dizer que Nosso Pai Maior, criador de todas as coisas e lei maior de todo o Universo, é sagrado para nós, e por isso deve sempre ser respeitado em sua plenitude de sabedoria e amor.
A palavra Pai refere-se a Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas;
Espaço significa o universo, os diversos mundos habitados.
Santificado seja o vosso nome mostra que devemos crer e respeitar o Senhor, porque seu nome é SAGRADO, porque tudo que existe demonstra o seu poder e a sua bondade. Assim, todos deveriam reverenciar o seu nome em quaisquer circunstâncias e não pronunciar seu nome por qualquer motivo, mas apenas em ocasiões que demonstrem sentimentos puros de amor e fé.

- VENHA A NÓS, O VOSSO REINO...
Se invertermos a frase fica assim:  Que o Vosso reino venha a nós. Um pouco mais fácil de entender, não acham?
O reino de Deus é o reino dos Céus, onde prevalece o amor e o bem. No reino de Deus, Ele nos apresenta leis que encheriam nossas vidas de alegria e felicidade, porém o homem, por suas más escolhas, acaba por não cumpri-las. Se seguíssemos tudo que Ele nos ensinou, faríamos com que houvesse paz e justiça entre os homens.
Através desse pedido, imploramos a Deus que faça chegar aos homens o momento em que o mal deixará de existir, pois suas leis de amor, caridade e bondade passarão a ser respeitadas. É um pedido que fazemos ao Senhor para que a Terra se transforme em um mundo de paz e de felicidades.
Cabe aqui ressaltar que o correto é venha a nós “O VOSSO REINO”, e não “AO VOSSO REINO”, como costumamos ouvir em muitos lugares.

- SEJA FEITA A VOSSA VONTADE; ASSIM NA TERRA COMO NO ESPAÇO...
Conforme vamos entendendo a grande sabedoria de Deus ao criar o mecanismo que envolve todo nosso processo de evolução e a sua perfeição ao desenhar todos os aspectos que envolvem a natureza de todos os mundos, fica claro para nós que não sabemos nada mesmo. Assim, confiamos nossos passos aos desígnios divinos, ou seja, à lei maior da criação.
Nossos conhecimentos ainda nem chegaram a engatinhar no caminho de entender todos os aspectos que envolvem a vida. Por isso, muitas vezes tomamos decisões pouco acertadas. Isso acontece, pois ao invés de nos conformarmos com as Leis, queremos simplesmente burlá-las, como se fôssemos sabedores de todas as coisas. Assim, acabamos fazendo pedidos de forma errada, que contrariariam o caminho que Deus traçou para nossas vidas. Algumas coisas que encaramos como ruins, na verdade são muito boas se tivermos resignação para suportar as tempestades à espera da bonança. Devemos sim pedir, para que aconteça o melhor, segundo a vontade de Deus. Sendo assim, que seja feita a vossa vontade, para que no final acabe tudo bem.
 - O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE...
Por que eles escrevem tudo diferente da forma como a gente fala? Não sei... Mas se escrevermos da forma que falamos, pode ficar assim: “Nos dê hoje o pão de cada dia”; Mais tranqüilo de ler, né?
Aqui pedimos ao Pai que nos dê o alimento material que precisamos para que nosso corpo permaneça forte e o alimento moral para o desenvolvimento do nosso Espírito.
Não é que estejamos pedindo a Deus para colocar comida em nossas mesas sem que trabalhemos, afinal o trabalho é o que dignifica o homem. Mas sim, pedimos para que Ele nos dê força (alimento material) e coragem (alimento moral) suficientes para cumprir nossa missão na terra, ou seja, os meios necessários para adquirirmos pelo trabalho o necessário à manutenção da vida.

- PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS (OU DÍVIDAS) ASSIM COMO PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO...
Nesse momento pedimos a Deus para perdoar nossas ofensas, mas apenas o tanto quanto nós formos capazes de perdoar o próximo. Afinal, como gostaríamos que as nossas faltas fossem relevadas se não conseguimos fazer o mesmo com o nosso próximo???
Nossos pedidos são pautados em gestos e atitudes, e como o Evangelho nos ensina, devemos sim orar, mas sempre vigiando para que aquilo de melhor que desejamos para nós mesmos seja atendido também quando se tratar do nosso irmão, seja ele afeto, desafeto ou desconhecido.
O Evangelho também nos ensina que devemos perdoar não sete, mas setenta vezes sete vezes; Que devemos esquecer as ofensas, que devemos nos ajustar com o adversário enquanto estivermos no caminho. Não adianta dizer: eu perdôo, mas não quero mais vê-lo na minha frente. Não é isso que deve resultar do verdadeiro perdão, mas sim o esquecimento da ofensa. Ora... Se você esqueceu, por que não vê-lo na sua frente???  Se queremos o esquecimento de nossas falhas, devemos então nos esforçar para esquecer a dos outros. Afinal, se Deus que é Deus esquece, por que nós, com as nossas leis ainda tão falhas, não esqueceríamos?
É nesse momento de oração que pedimos a Deus que para apagar de nossa alma todo ressentimento, todo ódio e todo rancor. Para que não tenhamos sentimentos de vingança, da mesma forma que desejamos que não tenham para conosco.

- NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO E LIVRAI-NOS DO MAL...
Agora pedimos pra Deus para nos amparar em todos os momentos, sejam naqueles em que nós estamos prestes a descumprir sua Lei, sejam naqueles em que formos alvo de maus pensamentos. Pedimos a ele forças para resistir às sugestões dos Espíritos pouco evoluídos ou às nossas próprias fraquezas, fortalendo nossa fé em seus anjos celestes.
Cada imperfeição que apresentamos em nossas personalidades é uma porta aberta para influências negativas. Para conter essas vibrações contrárias à Lei Maior, nós pedimos a Deus que fortifique o nosso caráter e a nossa fé, para que possamos resistir aos maus conselhos e só praticar o bem.
Ao pedirmos para que ele nos livre das tentações e do mal, não desejamos que não haja tentações, ou que não nos deparemos com energias negativas em nosso caminho, mesmo porque a Terra ainda está aprendendo a seguir as Leis de Deus. Desejamos sim, que o Senhor nos ampare em nossas fraquezas. Que envie para nos auxiliar os anjos guardiões, os guias espirituais, os mentores, os Espíritos de Luz, e todo mundo que Ele puder, para que tentem nos inspirar o caminho certo, a fim de que resistamos às tentações. 

- QUE ASSIM SEJA...
Finalizamos nossa oração suplicando ao senhor para que se faça cumprir a sua vontade para o nosso bem. Pedimos que nossos desejos se realizem e segundo a vontade divina, pois sabemos que somos pequenos demais para tentar caminhar sozinhos. Que tudo aconteça conforme nosso merecimento, pois nós somos aquilo que fazemos de nossas ações e recebemos aquilo que buscamos em nossas atitudes.
Bom irmãos, segundo André Luis a prece não é movimento mecânico de lábios. É vibração, energia, poder. O Espírito encarnado ou desencarnado pode emitir raios de poder espantoso. Os raios divinos emitidos quando oramos, são fatores muito importantes na cooperação eficiente para a cura do corpo, para a renovação da alma e para a iluminação da consciência. A prece é ação que provoca reação correspondente. Conforme a natureza da prece que se faz, se recebe a resposta imediata ou não tão imediata assim, segundo as finalidades a que a oração se destina.  Orar é atrair a Força Divina para a restauração das forças humanas, e orar em benefício dos outros, será sempre pedir por chances auto-reajustamento. O amor emanado durante as orações instrui, ameniza, levanta, recupera e redime, mas de forma alguma faz com que a justiça não haja sobre nós.  Assim, resulta que devemos vigiar a nossa conduta reta para que ela sustente o pensamento reto. Quando temos o pensamento reto, a oração é o toque mais elevado para que nos coloquemos em regime de comunhão com as Esferas Superiores.
Com as palavras de André Luis, termino o nosso estudo do dia de hoje tendo a certeza de que vou prestar mais atenção e me dedicar com muito mais fé à prática da oração. Aprendi no nosso estudo que o importante é orar com muita fé... e não, simplesmente orar muito. Sendo assim, vou tentar fazer minha oração noturna concentrada em atrair boas energias, mesmo que a oração seja pequena e decorada! Que os anjos do Céu nos guiem e que meu sono nunca mais me atrapalhe!
Com amor, Nise.

(Fontes: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Nos domínios da Mediunidade, Entre a Terra e o Céu, Missionários da Luz, Evolução entre dois Mundos - de André Luis/Chico - e Federação Espírita Brasileira)

BATISMO: SACRAMENTO DE UMBANDA


Oi gente, vamos ao nosso estudo de hoje?
Conta a história de Jesus que Ele foi ao Rio Jordão pedir a São João que o Batizasse. Antes do batismo de Jesus, esse fundamento cristão era realizado pelo povo judeu para que as pessoas pudessem encarar seus pecados e se livrar deles. No momento em que Jesus se batizou, ele mudou o significado desse ato. Na hora em que recebeu o sacramento às margens do Rio Jordão, Jesus não só se dispôs a entender suas imperfeições, mas naquele momento Ele era reconhecido como “filho-bem-amado”, recebendo as bênçãos de Deus, com as missões de profetizar e ser sacerdote divino na Terra. A partir desse momento, Jesus começaria sua peregrinação para levar a palavra de Deus a quem pudesse ver, ouvir ou apenas sentir.
Dessa forma, o batismo passou a ser para aquela gente uma forma de receber em si o amor Divino, através da chama do Espírito Santo e da água purificadora. Aqueles que recebessem essa benção seriam responsáveis pela construção do Reino de Deus, se tornariam fiéis aos Seus ensinamentos e estariam, de fato, aceitando em seus corações a crença em um Deus de bondade através das palavras daquele que vinha salvar a todos pela Luz.

Tema de Hoje:

O Batismo de Umbanda



Hoje vamos falar sobre esse tema bem interessante que é o Batismo de Umbanda. Muitas dúvidas ainda rondam esse tema. Mas compreendendo melhor, podemos ter a ciência da importância que ele representa em nossa jornada.
A cerimômia de batizado acontece de diferentes formas nas diversas religiões. No Judaísmo, conhecido como bar-mitzvá ou Bat-mitzvá, acontece de formas distintas segundo o sexo da criança e é necessário para a iniciação religiosa dos fiéis. Para o Islamismo, batizar é fazer com que o bebê escute em primeiro lugar a palavra de Deus, que é proferida ao ouvido da criança após seu nascimento. Em seguida deve ser distribuído aos pobres o mesmo peso da criança em prata.  No Budismo, o ritual é realizado na fase adulta, quando durante um ano a pessoa se prepara para receber um novo nome e sua ordem na linhagem de Buda. No protestantismo, a criança a partir dos 10 anos ou o adulto, passa por uma cerimônia onde precisa ser imerso totalmente em água para receber o sacramento. Para o Candomblé, o Batismo acontece numa cerimônia conhecida como o dia de dar o nome, ou seja, dizer qual o Orixá da criança, a qual é banhada com óleos, mel e outros líquidos. No Catolicismo, o sacramento confirma que a criança é católica e que pertence a Igreja, pois o batismo é a porta de entrada para a religião, na qual o padre faz o sinal da cruz sobre a criança, unta seu peito com óleo e derrama água sagrada sobre sua cabeça. No Kardecismo não há batismo, pois eles dizem que não realizam rituais.
Como vemos, cada um tem a sua forma de se referir à cerimônia, com seus significados e liturgias. Em todas as religiões do mundo, o batismo é sem dúvida um sacramento primordial, cada um com seus rituais atendendo a vontade de Deus para com seu filho Jesus. O importante é que todas aproximam de Deus aquele que é batizado. Na Umbanda não acontece diferente. O Batismo vem como uma forma de unir o filho ao Pai, através dos elementos da natureza que energizam e consagram o amor divino em nossas vidas.
 "Batizar" vem de uma palavra grega que significa "mergulhar". Tem por definição o recomeço, o novo nascimento, a inserção no Reino de Deus. Batizar é acordar para a religião a qual você se propõe seguir e adorar. Ao ter a cabeça lavada pela água sagrada, o cristão purifica suas energias para o seu próprio renascer espiritual, com a consciência de seu caminho. O Batismo dentro da Umbanda aparece como sacramento indispensável, pois só após realizá-lo, o médium terá uma vida religiosa completa. O recebimento deste sacramento marca o momento em que Oxalá consagra os filhos adeptos, como forma de protegê-los contra o mal e contra a negatividade.
É importante entendermos que o ritual fundamenta-se na limpeza áurica e na ativação dos chacras. A água realiza a limpeza, a purificação. Jogada normalmente sobre a cabeça, na altura do chacra coronário, ativa este chacra promovendo uma unificação com as forças espirituais superiores. Na Umbanda, além de ativarmos a ligação do chacra coronário com a força de Oxalá, normalmente consagramos ainda a cabeça às energias da natureza, promovendo então, não só a limpeza espiritual como o fortalecimento e o equilíbrio da relação matéria-espírito. Além disso, os outros chacras também recebem imantação, garantindo o fechamento destes às forças negativas e seu ativamento somente para a entrada de energias positivas e benéficas.
No batismo de Umbanda, os filhos indicam padrinhos para orientá-los no caminho da espiritualidade, sendo que estes podem ser irmãos encarnados ou guias espirituais, os quais serão devidamente representados por seus médiuns na hora da consagração. Os padrinhos são muito importantes na cerimônia do batismo, são eles se interessarão pelo desenvolvimento espiritual da pessoa. Geralmente os padrinhos são os responsáveis, juntamente com os pais, pelo ensino da religião. Não existe a obrigatoriedade dos padrinhos na Umbanda serem Umbandistas. Cabe aos pais decidirem ou ao adulto a ser batizado escolher seus padrinhos. O que é importante é que os padrinhos ao menos respeitem e compartilhem da intenção do sacramento, fazendo suas promessas com toda sinceridade e conscientes do seu papel.
O batismo dentro da Umbanda tem por finalidade regular a faixa vibratória da pessoa (adulto ou ainda criança) para que durante a sua vida terrena,  ela possa ter uma receptividade para as boas vibrações. Assim, afirma-se que a idade ideal para que o batismo seja realizado é preferencialmente das 7 semanas após o nascimento até os 7 anos de idade. Mas após esta idade também é importante sua realização, pois a proteção é sempre bem vinda durante toda a vida. Afinal de contas, sempre é tempo de despertarmos para a importância da fé em nossa jornada e, se tivermos auxílio de guias protetores, nosso caminho será ainda mais iluminado pela proteção daqueles que nos querem bem.
Segundo a Federação de Umbanda do Brasil, ainda são poucos os médiuns que são batizados com plena sabedoria do verdadeiro significado do batismo. É muito comum médiuns umbandistas serem batizados sem nenhum tipo de consciência sobre o quanto é importante esse sacramento. Dirigentes espirituais precisam perguntar aos seus filhos se é isso mesmo que eles desejam, preparando ou explicando o que significa esse ritual. Ao se batizarem, os Umbandistas criam uma ligação muito forte com o Oxalá e seus Orixás. O batismo é um ato simples, porém muito importante, pois é a porta de entrada da benção Divina de Oxalá e dos Orixás.
Cada chefe de terreiro dá suas instruções para o ritual, pois a liturgia da cerimônia depende ainda da linha e da falange que comanda a casa umbandista e sua forma de trabalho, mas sempre mantendo os mesmos fundamentos relacionados ao sacramento. O ritual pode ser praticado dentro do próprio terreiro como também na cachoeira, ou outro local que tenha forte carga de energias da natureza, como uma cachoeira, por exemplo. Os principais elementos utilizados pela liturgia de Umbanda no Batismo são a água purificadora de Oxalá, para fazer a lavagem da cabeça, filtro central de energia espiritual; A vela de cera, cuja chama é a Luz Divina que nos mostrará o caminho do bem e a pemba, para fazer imantação dos nossos centros energéticos, nos protegendo contra os fluidos negativos.  Outros elementos são adicionados à medida que o condutor da cerimônia verifica a necessidade.
Na Umbanda não se acredita no pecado em premiações ou punições após a morte; Crê-se que a vida pode ser boa e deverá ser levada com prazer e alegria. Por isso, o Batismo não deve ser entendido como a salvação da alma. Se o ser humano é feito a imagem e semelhança de Deus, como poderia a criança nascer sem as graças divinas? Ou um adulto não ser perdoado, mesmo com o arrependimento sincero de suas próprias faltas? O Batismo não é a condição para que alguém mereça ingressar no reino dos Céus. É apenas uma forma de proteção nesse mundo de provas e expiações.
A pessoa que recebe o Batismo de Umbanda não é obrigada a ter um vínculo definitivo com a religião. Ela apenas roga a proteção dos Orixás e dos guias espirituais para si. Recebe a ternura da benção dos vovôs e vovós e a firmeza de conduta dos caboclos de pena, com o objetivo de dar proteção e de anunciar a nova vida. Vida esta que futuramente decidirá seu destino religioso sem amarras, mas abençoada e protegida, independente desta escolha.
Para encerrar nosso estudo do dia de hoje, relembro aquele ponto que costumamos cantar que diz assim: “a Umbanda tem fundamento é preciso preparar…”. Desta forma é importante sempre ter em mente que os fundamentos de Umbanda são formas de canalização de energia para que possamos lidar com as situações que encontraremos durante a missão que viemos cumprir na Terra. Assim, é preciso trabalhar, estudar, organizar, estruturar e sentir a Umbanda através do entendimento do que praticamos. Receber a bênção do batismo de Umbanda é ser portador da missão de transmitir a palavra de Deus através de ensinamentos de fé, amor e caridade.
Assim irmãos... Encerro o texto de hoje, rogando ao Pai sua proteção em todos os momentos e agradecendo a Deus a oportunidade de ter ao nosso lado seus Anjos de Luz, que nos orientam, nos escutam e nos aconselham, assim como prometeram no momento que nos receberam como seus afilhados.
E você que ainda não foi batizado... Tá esperando o que para procurar seu dirigente e pedir para receber essa bênção tão importante????
Um grande beijo e que Eles nos protejam...
Com amor, Nise!  

"DESPACHOS E TRABALHOS"?????


Hoje queria falar sobre um assunto que considero bastante interessante.
Toda vez que leio uma determinada revista de “fofocas de artistas”, quando chego ao final, não me contenho em folhear os classificados que ficam nas últimas folhas. Lá encontro aqueles anúncios sobre a pessoa milagrosa que é capaz de trazer o amor até em três horas.
Como assim três horas? Nem a viagem Rio-São Pedro a gente faz mais em três horas... Que pretensão...
Inicialmente eu achava até engraçado observar as inúmeras vantagens oferecidas pelos anúncios, com itens mágicos capazes de realizar coisas que até o Mister M duvidaria... Alguém já ouviu falar sobre a tal da purpurina da amarração? Pois é...
Não sei se vocês já ouviram sobre um famoso personagem que se diz "Pai de Santo" que se intitula: O Fenômeno; Babalorixá do momento... Pensem em uma pessoa que promete trazer seu amor em, no máximo, cinco horas, e de qualquer parte do mundo... Pois é. É ele... Ele se diz “O Fenômeno” por só pegar causas impossíveis! Relatos do jornalista André Guimarães contam uma circunstância em que ele teria ligado para o fenômeno perguntando como ele poderia trazer um amor em, no máximo, cinco horas, se nem o Sedex fazia certos trajetos em menos de dez... E se o amor morasse em outra cidade? Como seria possível? Tendo ele respondido: - “Eu trabalho também com Skype, meu filho! MSN, facebook, Orkut, celular... Sou um Pai de Santo conectado!”.
Outra pessoa dita milagrosa trata-se de uma senhora que traz em seus anúncios algo bastante curioso: Ela não conta os dias para trazer o amor de volta, mas promete trazê-lo com segurança e garantia. COMO ASSIM SEGURANÇA E GARANTIA?????!!!!! O que significaria trazer um amor de volta sem segurança? Em perigo? Arremessar o amado de um avião sem ter conferido o paraquedas? Em cima de uma moto a mais de 160 Km/h e sem capacete? Complicado... E a tal da garantia? Esses serviços têm nota fiscal? Não creio...
Gente, brincadeiras à parte, esse é um assunto muito sério, por vários motivos. Precisamos usar a fé, sem jamais esquecer a razão quando nos depararmos com os problemas do dia-a-dia. Para evitar esse tipo de recurso estudamos a religião a fundo e a praticamos em nome de Deus, pois Ele é a única garantia de bons resultados, com ou sem o nosso amor de volta.
A Umbanda verdadeira que praticamos não faz esse tipo de coisa. Não utiliza subterfúgios para resolver problemas. Pelo contrário. Ela trabalha a sua força interior, a sua fé, o seu amor próprio pra você mesmo ir atrás do seu amor ou então desistir em algo sem futuro algum. A Umbanda reforça nossa fé, renova nossas energias para sermos fortes e capazes de não acreditarmos em tudo que nos oferecem. Falsos profetas existem em todos os lugares, mas aqueles que praticam as leis do amor e da caridade, nas quais a Umbanda se fundamenta, não serão aqueles que se deixarão levar por discursos levianos, não acham?

TEMA DE HOJE:

TRAGA SEU AMOR DE VOLTA VOCÊ MESMO!



Quando estudamos a Umbanda, percebemos que a magia é um elemento fundamental dentro da religião. Essa magia é aquela que surge da fé daqueles que crêem, do amor daqueles que praticam e da firmeza de pensamento e propósito daqueles que a seguem. Nossa Umbanda é aquela que se utiliza dos elementos da natureza para fortalecer as relações entre os mundos físico e espiritual, trazendo para os homens toda a energia benéfica e purificadora, necessária ao seu crescimento e evolução.
Antes de tudo, precisamos ter em mente que a Umbanda tem por finalidade a prática do bem, do amor e da caridade. Ela se fundamenta no Evangelho do Cristo, conforme codificado por Kardec, e nos elementos energéticos distribuídos por todo universo. A Umbanda foi trazida para os homens com a finalidade de falar aos humildes, de simbolizar a igualdade que deve existir entre todos os irmãos. Na Umbanda, os Espíritos dos sábios escravos, índios, entre outros Espíritos de luz, trabalham em benefício dos homens, independente de cor, raça, credo ou posição social. A característica principal da nossa religião é a prática da caridade no sentido de amor fraterno, pois ela é aquela que acolhe e escuta os aflitos; aquela onde se ensina e se aprende, independente do quanto e do que se saiba, pois afinal de contas, ela é amor, bondade, humildade e principalmente fé.
Diferente da consciência sobre o poder divino, as religiões foram criadas pelo homem. Isso não quer dizer que ter uma religião seja menos importante. Pelo contrário. Através da religião somos capazes de nos sintonizar com o que acreditamos, disciplinar nossas condutas e entender aquilo que nos faz necessário para a compreensão de toda nossa existência. Entretanto, como os homens ainda estão em estágio de aprendizado e portanto são imperfeitos, acabam esquecendo a finalidade de sua crença e, tentam tomar apenas para si, os benefícios que a prática religiosa legaria a todos os homens.
Muitas pessoas, deslumbradas com os dons mediúnicos recebidos ou com os benefícios financeiros que imaginam que eles possam gerar, acabam utilizando-os ou fingindo utilizá-los em favor próprio, deixando de lado a lei maior que diz: Dê de graça o que de graça recebeu. Dessa prática resultam conseqüências negativas para quem procura, para quem realioza e principalmente para a imagem da religião.
Uma vez entendido que a Umbanda pratica o Bem, podemos concluir que tudo aquilo que prejudica alguém, não faz parte dela. Em todas as religiões, não só na Umbanda, há pessoas de boa e má índole, que tomam boas ou más resoluções. Dentre as más resoluções podemos citar as promessas de curas, milagres, ou satisfação pessoal, em troca de dízimos, favores ou dinheiro. Tal prática deve ser abolida, pois para Deus, único capaz de tocar os corações, o dinheiro não tem valor algum. Aqueles que se apropriam de algo que julgam erradamente ser seu, com certeza prestarão contas daquilo que tomaram para si sem que lhes pertencesse. Quais recompensas eles podem na vida espiritual se já se apropriaram de todo benefício que poderiam receber quando na Terra?
Além disso, sabemos que os guias espirituais de Umbanda são espíritos de luz, cuja missão é auxiliar a evolução do homem através de seu conhecimento. Nossos guias espirituais nos conduzem na senda do bem, acompanhando de perto nosso caminhar. O médium que não vigia sua conduta está automaticamente afastando de si as entidades protetoras pois bons espíritos não admitem que as leis da Umbanda sejam contrariadas. Aqueles que praticam atividades que não condizem com a caridade e que enganam os aflitos, procuram por espíritos que se comprazem neste tipo de finalidade. E o pior é que acabam achando.
Dizer que esse tipo de prática não produza resultados ou que não movimente energias astrais é mentira, pois tudo que nós pedimos com vontade, se realiza. Se pedirmos o bem, o bem se realizará. Se pedirmos o mal, o mal se realizará, mesmo que seja para nós mesmos. A diferença é que quem atua no campo energético nesse tipo de situação não são os espíritos evoluídos, mas sim espíritos que trabalham com forças de baixo padrão. Espíritos altamente ligados à matéria, desprovidos de luz, de esclarecimentos sobre a verdade eterna. Por estarem ainda muito ligados à Terra, sentem em seu material perispiritual necessidades mais densas, procurando a energia necessária para suas atividades em encarnados ou em “ofertas materiais” que podem, por afinidade vibratória, atendê-los em seus desejos e aspirações. Para se satisfazerem, se atrelam a esses “pseudo-médiuns”, que por sua invigilância e prática errônea da mediunidade, acabam facilitando o acesso às baixas aspirações. Muitos se fazem passar por guardiões, dando ao médium a impressão de estarem sendo assistidos pelo seu guia de confiança, quando na verdade, já se encontram subjugados aos anseios de espíritos baixos que em nada se assemelham a estes anjos de luz responsáveis pela nossa segurança.
 Entendam que tudo aquilo que se promete às baixas energias será cobrado uma hora ou outra, portanto, se você faz um pedido a um desses espíritos baixos, está selando uma dívida com o que não conhece e com o que talvez nunca queira conhecer. Sendo assim, cuidado com o que deseja para o próximo. Só devemos desejar para o outro o que queremos para nós mesmos, pois tudo aquilo que desejamos para o outro, retorna para nós em dobro. Lembram da lei do retorno? Pois é.
Lembrem-se de que a Umbanda trabalha justamente para combater o astral inferior e não compactua com o obsessor, mas o orienta e o doutrina. Ela não trabalha para causar prejuízo à ninguém e ainda por cima, dependendo do merecimento de quem a procura, a Umbanda ainda ajuda a afastar as más energias de perto da pessoa que não merece. Quando há uma manipulação de energia negativa no campo astral de uma pessoa que não mereça, os guias de luz da Umbanda, são capazes de reequilibrar a harmonia energética através de passes de limpeza, de imantação através dos elementos da natureza ou da retirada de um espírito inferior de perto da pessoa. Porém, é importante lembrar que a proteção da pessoa está diretamente ligada à sua conduta, o famoso ORAR E VIGIAR. Conforme vamos procurando locais, atividades e pensamentos de baixa vibração, abrimos canais para que energias negativas se conectem conosco novamente.
Os guardiões na Umbanda não praticam trabalho para prejuízo de ninguém. Eles são Espíritos de Luz que tem características vibratórias que os habilitam a trabalhar manipulando energias mais densas. Possuem conhecimento sobre as armadilhas do astral inferior, jamais se deixando seduzir por algo que conhecem tão bem. São grandes responsáveis por desfazer campos energéticos negativos e utilizam muitas vezes as oferendas de bebida e fumo, como ferramentas para manipular as energias mais materiais com as quais precisam lidar. Exus não fazem trabalhos para o mal de ninguém. Essa forma de se falar sobre eles é que muitas vezes faz com que eles sejam julgados erradamente por aqueles que não compreendem a importância de seu trabalho. Por isso é tão importante que o médium estude sempre antes de falar sobre o que desconhece.
Outro aspecto bastante relevante quando se trata dessas falsas promessas é o fato de se enganar alguém que passa por um problema e que muitas vezes está sem a capacidade de julgar razoavelmente as circunstâncias. Essas pessoas, na ânsia de procurar uma solução rápida, mágica e definitiva para seus problemas acabam procurando saída nesses falsos profetas, que oferecem aquilo que, com certeza, não são habilitados a cumprir. Muitas dessas pessoas que procuram essa solução desconhecem as conseqüências de seus atos. Outras pouco se importam com os resultados futuros. Mas o que se deve ter em mente é que ao se prometer a solução dos problemas, o falso profeta está enganando um aflito em troca de benefício financeiro, o que é muito errado e o que a Umbanda condena.
Outras pessoas procuram essas atividades por se acharem injustiçadas por qualquer tipo de situação, pedindo aos espíritos que façam o que seu próprio senso de justiça afirma ser o ideal. Mas quem somos nós para definir o que é o ideal? Quem somos nós para nos acharmos no direito de fazer alguém sofrer por concluirmos que esse ou aquele merecem. Mesmo que não aconteça o que desejamos negativamente para outrem, a intenção de prejudicar alguém é muito séria e, por isso, também resulta em conseqüências bastante desagradáveis para quem procura.
Precisamos saber que a umbanda é muito mais do que trazer seu amado de volta. A Umbanda faz você renovar suas energias e fortalecer seu amor próprio; dá entendimento que somente você mesmo pode trazer seu amado de volta se esse for o seu desejo, ou então dispensar de vez aquele que você achava ser o seu amor, caso ele não se encaixe nos seus ideais. Ensina a reconhecer seu próprio valor e a saber que laços verdadeiros nunca se desatam, independente de amarrações de qualquer tipo. Ensina que o amor existe por si só e não precisa de reforço de tipo algum.
Sejamos bastante conscientes a respeito do que a religião pode fazer por nós. Nós realizamos os nossos próprios milagres utilizando apenas a magia da fé sincera e da vontade do querer. Não busquemos atalhos para resolver nossos problemas. Busquemos nos aperfeiçoar na escola da vida para que os entraves do percurso se tornem chaves para abrir as portas de um amanhã consciente sobre responsabilidades das próprias escolhas e das próprias atitudes.  
Não são essas pessoas que se dizem sacerdotes de Umbanda sem sê-lo que resolverão o problema que você tem. Ninguém, além de Deus e de seus anjos guardiões, sabe mais sobre os seus problemas do que você mesmo. Fuja de quem lhe promete o mundo, pois não há como eles resolverem os problemas dos outros uma vez que o problema deles é sempre bem maior do que os seus, e nem os próprios problemas deles eles conseguem resolver. Se Deus precisasse de dinheiro, tinha deixado isso por escrito. Deus não quer o seu dinheiro, somente a sua fé. Espíritos de Luz que trabalham na Umbanda não precisam de elementos pesados, como o sangue de animais, para resolver o seu problema.
Termino o texto de hoje deixando aqui uma dica para vocês que lêem essas linhas: Não se iludam, se instruam. A Umbanda não é isso. Na Umbanda não se cobra por felicidade, ela está somente dentro de você. Não pague pelo que você já possui. Isso não é resolver sua vida. É alguém tentando explorar o seu desespero. É ameaça; É extorsão; É crime. É uma ofensa à nossa religião, que preza pela prática responsável da mediunidade em benefício do próximo. E por isso é importante que nunca esqueçamos que:

A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome,
assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho.”

Que a Umbanda um dia seja reconhecida como merece! Fiquem com Deus.
Com amor,
Nise.