domingo, 30 de junho de 2013

COMO POSSO DIZER.....


 

Se em minha vida não ajo como filho de Deus, fechando meu coração ao amor, será inútil dizer:

PAI NOSSO!
Se meus valores são representados pelo bens da terra, será inútil dizer:
QUE ESTAIS NO CÉU
Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo, será inútil dizer:
SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades, será inútil dizer:
VENHA A NÓS O VOSSO REINO
Se no fundo eu quero mesmo que os meus desejos se realizem, será inútil dizer:
SEJA FEITA A VOSSA VONTADE
Se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome, será inútil dizer:
O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE.
Se não importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam meu caminho, será inútil dizer:
PERDOAI NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TENHA OFENDIDO
Se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho de Cristo, será inútil dizer:
E NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO
Se por minha vontade, procuro os prazeres materiais e tudo que é proibido me seduz, será inútil dizer:
LIVRA-NOS DO MAL...
Se sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para me modificar, será inútil dizer:
QUE ASSIM SEJA.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

CHAKRAS NA UMBANDA - AULA II


O que é essa energia de que tanto falamos?
O universo está em constante transformação. O mundo, os homens, o ar que respiramos, a luz que nos permite enxergar, tudo está em constante movimentação, mudança, transformação... Sendo assim, tudo está animado por um princípio energético.
A energia, mesmo que não possamos visualizar, tocar ou até mesmo perceber, é formada por algum tipo de matéria. O ar que respiramos e não vemos, também é matéria. Os raios de luz que alcançam nossas vistas são partículas de matéria. Sendo assim, tudo o que se materializa em nosso mundo terreno é matéria e logo, também energia.
A energia se manifesta de diferentes formas, através do calor, de um som que se escuta, de um raio de luz, de alguma coisa que se movimenta; através da eletricidade que nos permite acender uma lâmpada ou até mesmo através do pensamento... Entretanto, a energia não se restringe somente ao homem ou aquilo que ele já conhece... Ela se manifesta em tudo, tanto o que se conhece, quanto nas substâncias que ainda não se conhece, desde a menor partícula da matéria, até em todo o universo.
Quando o Universo foi gerado, uma imensa quantidade de energia foi também concebida. Foi tanta energia unida em forma de matéria que acabou acontecendo uma grande explosão (Big Ben), onde foram formadas diversas outras partes menores de matéria. Surgiram as constelações, as galáxias, os planetas e tudo que se conhece hoje, animado ou inanimado. Cada um dos “pedaços” de matéria resultantes da explosão adquiriu sua porção de energia. Uns adquiriram mais, outros adquiriram menos. E como consequência dessa distribuição energética, hoje o universo tem a configuração que tem.

Tomemos como exemplo o nosso Sistema Solar. Formado pelo sol, planetas, estrelas... Cada um dos elementos tem sua energia. Dessa forma, se organizaram em órbitas, sendo umas mais perto do sol, umas mais longe; Alguns planetas giram mais rápido em torno do Sol; Outros mais lentos; Uns são grandes, outros pequenos... Cada um possui uma quantidade de energia, assumindo sua posição conforme o nível de energia que recebeu no momento de sua formação.
O mesmo acontece com tudo o que conhecemos e até com o que desconhecemos. Tudo no Universo tem seu princípio energético e tudo está animado por um campo vibracional. Da mesma forma que os planetas, cada porção de terra, o homem e toda a natureza também estão animados por esse campo.
Tanto o corpo humano quanto tudo aquilo que tem vida é movido pelo princípio vital, resultante desse campo energético ou vibracional. É essa energia vital que permite a realização de todas as funções do nosso corpo material. As pedras, os cristais e tantos outros materiais que são utilizados nos tratamentos energéticos também possuem seu campo vibracional, pois estão mergulhados nessa grande energia que banha o Universo e que podemos passar a chamar de FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL.

MANIFESTAÇÕES ENERGÉTICAS DO CORPO FÍSICO;
Diversos estudos, religiosos, científicos tratam a respeito da forma como essa energia atua sobre o corpo humano.
As manifestações dos Espíritos sobre a Terra necessitam da presença de elementos materializados com energias mais densas do que a daqueles encontrados nos mundos espirituais. Assim, para que haja qualquer forma de atuação espiritual sobre a Terra, faz-se necessário que haja energias terrenas suficientes para serem “manipuladas” pelos Espíritos. Essas energias são encontradas em tudo aquilo que chamamos de matéria aqui na Terra.
Mas como fazer com que nós percebamos ou sintamos essa manipulação espiritual tão sutil se ainda somos seres feitos de material tão grosseiro?
É aí que entram os nossos centros vitais. Eles atuam como mecanismos transformadores de energia. Captam as energias espirituais e traduzem para nós em energias terrenas e também trabalham as nossas energias terrenas para que elas se tornem espirituais. Como assim?
Por exemplo, quando estamos tranquilos, em paz com a vida e chega uma pessoa depressiva, falando coisas negativas perto de nós é comum que nos sintamos mal perto da pessoa. Ou se chegamos em um local onde o ambiente está meio pesado, também nos sentimos mal, não é verdade? Ou então quando algo nos diz que há alguma coisa errada com aquele lugar, aquela rua ou determinada pessoa? Então... Essas sensações acontecem quando podemos perceber as energias espirituais. Quando é possível transformar energia espiritual em física; Daí podemos sentir o mundo que nos cerca.
Por outro lado, quando nos concentramos em oração, seja através do pensamento ou da palavra, estamos enviando energias físicas para o mundo Espiritual, tentando estabelecer contato com o que é divino. Quando trabalhamos nosso corpo material para a ajudar na cura espiritual, também estamos transformando nossas energias físicas para o trabalho espiritual. Além de outras tantas formas de manipulação energética.
É através dos centros energéticos localizados em nosso DUPLO ETÉRICO (vide aula I) que há esse intercâmbio de energia tão essencial para nossa permanência na Terra. É também através deles que a energia pode circular através de todo o nosso corpo, se espalhando por todo o SISTEMA NERVOSO SUTIL (vide aula I)  e se concentrando onde é mais necessário para as atividades de cada indivíduo. Nesses pontos são formados os CENTROS PRINCIPAIS ou CHAKRAS.
COMO SÃO E COMO FUNCIONAM OS CHAKRAS?
Precisamos acabar com essa história de que chakras são rodinhas de energia. Eles podem até parecer rodinhas quando visualizados por clarividentes, mas são muito mais do que isso. Muitos tem a impressão de serem assim pois, quando visualizados de frente, possuem uma forma circular que lembram rodas de raios luminosos, dada a enormidade de energia que circula através deles.
Em sua forma, os clarividentes visualizam-no como um cone, com a sua boca mais aberta voltada para fora (BOCA), para facilitar a captação de energias exteriores; e a mais fechada (TALO) voltada para dentro, a fim de auxiliar na concentração da energia interior a ser espalhada pelo ambiente.  Além disso, os chakras se projetam para frente e para trás do corpo de forma espelhada:

Como falamos anteriormente, a energia não para de se movimentar e, quanto mais se movimenta, maior é o brilho que atravessa suas extremidades. Como são várias as emoções a que estamos submetidos em nosso ambiente, os raios luminosos também variam de intensidade e de coloração. Quanto mais rapidamente a energia circula através de nossos chakras, mais vibrante é a cor que ela deixa transparecer. Quanto menor a velocidade de circulação dessa energia, mais fria também é essa cor.

Encontramos na natureza diversos elementos que também têm a mesma propriedade. Quem nunca viu um arco-íris, com as suas sete cores sempre dispostas da mesma forma? Pois é... Suas cores aparentes também são resultados da velocidade com que os raios do Sol atravessam a atmosfera e se refletem em cada uma das gotinhas de água da chuva. Viram? Como falamos, tudo no Universo está mergulhado no mesmo princípio energético, produzindo efeitos parecidos ou até mesmo iguais.
Em número, os CHAKRAS são sete. Cada um deles com suas características, funções, vibração, coloração e ligação com elementos da natureza. Estão dispostos de maneira linear ao longo de nosso corpo material e se ligam fisicamente à determinados sistemas de nosso organismo (veremos na próxima aula), transferindo energia necessária para regular seu funcionamento e expelindo aquela que não deve ficar contida em nosso campo vibracional.
São esses os CHAKRAS: 1º - Chakra Básico, 2º - Chakra Umbilical ou Esplênico, 3º - Chakra do Plexo Solar ou Estomacal, 4º - Chakra Cardíaco, 5º - Chakra Laríngeo, 6º - Chakra Frontal ou do Terceiro Olho e 7º - Chakra Coronário (situado na coroa).

Em cada um deles circula um nível energético, desde o mais denso, ligado às energias mais materiais, até o mais sutil, onde circulam as energias espirituais. Como dissemos, cada um deles está ligado a um elemento da natureza, que também pode ser mais denso ou sutil conforme sua composição material.

O Chakra básico se liga ao elemento terra, que é denso, pesado e bastante manipulável.  O Chakra umbilical se liga ao elemento água, que é menos denso que a terra, mas também visível e manipulável. O Chakra do Plexo Solar se liga ao elemento fogo, que é visível e perceptível, mas não se consegue pegar ou segurar, menos denso que a água. Logo em seguida, o Chakra cardíaco se relaciona ao elemento ar, que não é visível nem se consegue pegar, apesar de ser ainda manipulável (conseguimos encher uma bexiga de ar e deixa-lo lá dentro, não conseguimos?). Em seguida temos o Chakra laríngeo, ligado à energia do Éter, que não é líquido, como vemos nos hospitais e famácias, mas sim, um gás. Uma vez aberto o vidro de éter, ele evapora e se espalha pelo ar, por ser ainda mais leve do que este. Não visível, não se consegue sentir ou guardar em estado normal (vapor), de tão pouco denso que é. Já com o Chakra frontal se liga o elemento Luz, que simplesmente existe, sem barreiras ou limites, que se espalha pelo ambiente e não se consegue guardar ou manipular... Ou se tem, ou não... Por fim, o Chakra coronário é ligado ao princípio espiritual, aquele que contém todos os outros elementos e que não se define com matéria. É por onde passa a energia mais pura e sutil, como o pensamento, que pode ser transferida para o nosso meio e do nosso meio para o espaço.
Finalizando a nossa aula de hoje, deixo aqui um breve questionamento a respeito daquilo que viemos estudando até agora... Como é que nosso organismo reage às energias do ambiente? Por que será que, por vezes, sentimos um arrepio na espinha?... Ou sentimos emoções como se fossem socos na boca do estômago? Ou ainda, palpitações quando estamos apaixonados? Será por acaso?...
Essas e outras perguntas tentaremos responder em nossa próxima aula! Continuem com a gente!
UM GRANDE ABRAÇO E FIQUE COM DEUS!
FAMÍLIA CEENC






quarta-feira, 26 de junho de 2013

ESTUDO SOBRE A PAZ

ESTUDO DE GRUPO CEENC
24 de Junho de 2013
(Texto enviado por Márcia Costa)


Olá, queridos amigos aqui presentes, encarnados e desencarnados, que a paz de Cristo encha os nossos corações de alegria e graça.
Hoje venho dividir com vocês, a pedido da vovó, o que pesquisei a respeito da PAZ.
PAZ... Palavrinha tão pequena, mas com um sentido enorme. Fui primeiramente ao dicionário saber qual era o seu significado e encontrei:
PAZ = ausência de luta, violências ou perturbações sociais, tranquilidade de alma, ausência de conflitos íntimos, harmonia, concórdia, sossego, ausência de conflito entre pessoas.
Pensei na minha vida pessoal e percebi que na maioria das vezes eu sou uma pessoa que vive a paz. Nasci e fui criada num lar onde meus pais foram meu patamar de justiça, de verdade, de luta e de exemplos bons, valores que me ajudaram a crescer dentro do bem, com leveza e alegria, me ajudando a ter paz de espírito para trilhar o caminho certo, com muito esforço, sabedoria e perseverança.
Hoje estou aqui, nesta casa de muita luz, praticando a caridade, evoluindo e aprendendo com os ensinamentos da nossa querida Vovó Antonieta de Bahia.
Trago agora para vocês o que acredito ser a PAZ que aprendemos todos os dias nessa Casa, através do texto de autoria da mestra em Reike, terapeuta holística, estudiosa dos temas ligados a espiritualidade Mel Aitac:

“OS SETE TIPOS DE PAZ”
Recorro aos índios para, mais uma vez, entender seus ensinamentos. Agora, a tribo que chama minha atenção é a dos AYMARAS, que vive há séculos nos arredores dos Andes (Peru).
Para eles, há sete tipos de paz. A primeira é a paz de Espírito. Em seguida,  a paz consigo mesmo, com a família, com seu povo, com a terra, com o passado e com o futuro. Vamos tentar entender o significado desse ensinamento.
A paz de Espírito é a calma interior. É quando você sabe que está no caminho certo e os fatos à sua volta não conseguem desviá-lo dele. Esse estágio só é alcançado após muito esforço discernimento e perseverança na pratica do bem. E está intimamente relacionado à segunda paz (consigo mesmo).
Na terceira, temos a paz com a família, porque uma pessoa em paz consigo mesma consegue enxergar as limitações da família, respeitá-las e aceitá-las. Não se trata apenas de honrar pai e mãe, mas ter orgulho de suas raízes e de seus antepassados.
Em seguida, vem a paz com o povo. São seus vizinhos, amigos, colegas de trabalho e também quem você desconhece, mas cruza seu caminho todo dia. Lançar um olhar generoso sobre eles é compreender a razão de muitos estarem tristes ou raivosos. Os AYMARAS também creem na paz com a terra de onde retiram seu sustento. É aprender a rspeitar todas as formas de vida e aprender a conviver com elas em harmonia.
Por fim temos a paz com o passado e a paz com o futuro. O passado nos ajudou a sermos o que somos com nossas imperfeições. O futuro é a porta para crescermos e nos realizarmos como seres espirituais que somos.
Então, queridos irmãos, a paz é um ensinamento valioso para o desenvolvimento do espírito, como o texto diz e a Umbanda pratica. A paz vem trazer para os nossos corações a certeza da bondade e ajudar a cada dia na realização da caridade, pois sem a paz interior, sem a paz no nosso grupo de fé, não levaríamos a bondade de Deus para quem precisa.
   A Umbanda como religião de amor, de caridade, de bondade, trabalha com a paz porque proporciona ao ser a tranquilidade, o entendimento e o encontro do equilíbrio entre o corpo, mente e espírito. Proporciona um bom relacionamento, convivência e entendimento com o outro, respeitando seus defeitos e valorizando suas qualidades.
   É no hoje, que temos a chance de colocar em prática tudo que a Umbanda nos ensina e, no futuro, que teremos a oportunidade de levar ao mundo o sentido da paz, da alegria, o sentido da nossa verdadeira Umbanda, mostrando a todas as pessoas que cruzarem o nosso caminho como é tão gratificante, viver no bem , fazer caridade, ter amor ao próximo, assim como Jesus nos ensinou .
Nós já começamos a caminhada, não é mesmo?
Um beijo no coração de cada um de vocês, carinhosamente,

Marcia Costa.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

SAUDADE QUE FICA


Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico Oncologista


Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei:
— E o que morte representa para você, minha querida?
— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
— É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
— E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.
Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade!
O amor que ficou é eterno.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

CHAKRAS NA UMBANDA – PARTE I

“A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário compreender”.

Em nosso bate papo de hoje abordaremos o tema OS CHAKRAS procurando trazer a pauta os diversos aspectos que os centros energéticos de força exercem em nossas vidas. Falaremos sobre a sua constituição, funções, importância, glândulas relacionadas, ligação com as faculdades mediúnicas e sua utilização na prática incorporativa das sessões de Umbanda. Quero desde já, reforçar que qualquer pergunta poderá ser feita nos posts do blog ou através de comentários no FACEBOOK, assim como qualquer contribuição que some em nosso trabalho também deve ser colocada sem constrangimento visto que todos somos aprendizes da luz.

RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS:
Antes de iniciarmos nossa conversa, gostaria de relembrar alguns conceitos referentes à formação de nosso corpo espiritual, para que compreendamos melhor o que será explicitado sobre o assunto. Vamos lá?

ESPÍRITO, PERISPÍRITO, CORPO ETÉRICO E CORPO MATERIAL
Espírito é o princípio inteligente relacionado ao mundo espiritual. Perispírito é a camada fluídica que envolve o Espírito, responsável pela interligação do princípio espiritual com o material. Corpo material é a camada grosseira, envoltório que restringe o espírito dentro do mundo material.
Muitas pessoas costumam confundir essas camadas, porém elas são bastante distintas entre si. O princípio inteligente ou Espírito é o foco luminoso que nunca se desfaz; ele que tem pensamentos, sentimentos e representa individualmente cada um de nós. O Períspirito é a camada fluídica que protege o Espírito, para que ele possa viver em meios mais materiais, como a Terra, por exemplo. Ele é formado de um tipo de fluido ainda não perceptível à sensibilidade dos encarnados, mas conforme a condição humana for evoluindo e a ciência se desenvolvendo, certamente o homem passará a estudá-lo assim como fez com diversos outros elementos da natureza até então desconhecidos. O corpo material é a camada grosseira mais externa, que protege os sensíveis elementos que nos compõem.
Para entendermos a disposição das camadas, vamos nos comparar a um abacate. O Espírito se compararia à semente do abacate, aquela que possui o princípio da vida da fruta, aquela que quando é plantada, renasce. É a parte mais sensível. À polpa do abacate, compararemos o perispírito, que da mesma forma que a polpa está lá para proteger a semente, também protege nosso Espírito, uma vez que ambos estão sujeitos à situações agressivas, como possíveis quedas do abacate ou energias grosseiras que encaramos na Terra. O corpo material é comparável à casca do abacate, resistente o suficiente para que o abacate possa resistir durante todo seu tempo de vida às intempéries do ambiente. O nosso corpo também serve para proteger os nossos Espírito e Perispírito na Terra; Por isso que quando fazemos a passagem, ele não nos acompanha.

Ah, ainda há uma dúvida que muitas pessoas tem a respeito dessas camadas. Muitos acham que o espírito e o perispírito são aquela luz que em algumas ilustrações aparece envolvendo nosso corpo. Mas não é bem assim. Na verdade, aquela luz que envolve o nosso corpo nas figuras é apenas uma irradiação da energia do nosso Espírito. Imaginem uma lâmpada... Dentro dela há uma resistência que brilha. Apesar dela ser envolta pelo vidro, a luz atravessa iluminando todo o ambiente. É o mesmo com a gente.




Além dessas três camadas que falamos antes, existe ainda mais uma, que fica entre o corpo material e o perispírito. Essa camada é aquela que interliga nossos corpos espiritual e material. É nela que circula a energia que traz VITALIDADE para o nosso corpo material. Chama-se duplo-etérico ou corpo-etérico. Essa camada é constituída por elementos ao mesmo tempo materiais e espirituais. Funciona como uma ponte entre os corpos material e o espiritual, materializando e espiritualizando as energias que se movimentam entre os dois planos.

Este corpo é formado no início de uma nova encarnação e permanece conosco até que não precisemos mais do corpo material vivo e animado. Nessa camada está situado o que se chama de sistema nervoso sutil, que é composto por uma série de linhas de energia que fazem distribuir os estímulos nervosos por todo o corpo, tanto aqueles de energia física e como os de energia espiritual, da mesma forma que o sangue circula pelas veias e artérias do corpo e os impulsos através do sistema nervoso.
É nesse duplo-etérico que são feitas as transformações e trocas energéticas entre os meios físico e espiritual. Quando as inúmeras linhas de energia que formam o sistema nervoso sutil acabam por se encontrar, são gerados centros energéticos onde a energia circulante irá se concentrar. Quando muitas linhas se cruzam em um mesmo ponto, maior quantidade de energia se concentra naquele ponto e ele passa a ser vital para o nosso campo energético. Assim são formados os milhares de centros energéticos distribuídos por todo o duplo-etérico. Esses centros energéticos são conhecidos como chakras. Aqueles onde se concentra a maior quantidade de linhas e consequentemente de energia, são chamados de CHAKRAS PRINCIPAIS.



Para que o Espírito possa atuar em qualquer plano, esses chakras captam a energia e a transformam em espiritual ou material. Estes centros de força modulam as energias que serão redistribuídas por todo o corpo energético.
Em nosso próximo estudo falaremos sobre o que é essa energia a qual tanto nos referimos. Estudaremos a respeito do funcionamento dos chakras, das cores e do fluxo energético no corpo. Vale a pena acompanhar!
Um grande abraço,

Nise. 
(Estudo sobre Chakras na Umbanda - PARTE I - CEENC)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

POR QUE USAMOS BRANCO?


Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e fundamento, é o uso da roupa branca. A cor branca é um dos maiores símbolos de unidade, fraternidade e simplicidade já utilizados. A roupa branca transmite a sensação de limpeza, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada consideração.
O branco é uma cor relaxante, que induz o psiquismo à calma e à tranquilidade e ajuda nos trabalhos espirituais. É tanto que em 16 de novembro de 1908, na anunciação da Umbanda no plano físico, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê? Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca?
No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior. As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do material para o espiritual. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia.
Quando falamos a respeito da simplicidade de se usar roupas brancas, por vezes não nos lembramos de que esta cor contem dentro de si todas as demais cores existentes. Nas pesquisas científicas de Isaac Newton, grande cientista do século XVII, que se provou que a cor branca aglutinava em si todas as demais. Portanto, quando lembramos que a religião que abraçamos é a união de todas as bandas e todas as energias da natureza, com suas cores, nuances e vibrações, não podemos esquecer que a cor branca sintetiza todas as outras.  Representamos cada um dos elementos da natureza através das cores associadas aos Orixás e o branco associamos ao nosso Pai Oxalá, o nosso Senhor Jesus Cristo, maior representação da energia Universal em forma de Orixá. Assim, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda.
Além disso, a cor branca representa a paz. Nas ocasiões de guerra, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas! O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê? Porque a roupa branca transmite a sensação de limpeza, calma e serenidade.
Ao entrarem numa casa de Umbanda, reparem que todos devem estar trajando o mesmo tipo de roupa, pois não há diferenças entre os irmãos de uma Casa. Todos são iguais perante Deus. A roupa branca usada pelos médiuns não permite diferenciar o nível social, cultural ou intelectual dos médiuns que fazem parte da mesma corrente, pois o branco representa a igualdade entre todos.
Devemos dispensar muito carinho e cuidado com o nosso branco. As roupas de nosso trabalho devem ser conservadas limpas e bem cuidadas. Devem estar sempre longe do contato direto com as outras energias cotidianas, por isso é importante que elas sejam guardadas separadas das demais. Quando essas roupas ficam amareladas, puídas ou deterioradas de alguma forma, elas precisam ser consertadas, ou então deixadas de lado.
Nunca se deve vir vestido de casa, do trabalho ou da rua, e sim, vestir suas roupas brancas na sua Casa Santa, após tomado o seu banho de ervas. Se você as veste na rua, você as sujeita às energias negativas existentes, que não são indicadas para o trabalho espiritual, pois influenciam o campo áurico e perispiritual do médium. Portanto, garantir a limpeza do corpo e a pureza de Espírito através dos banhos e da limpeza das roupas é fundamental para o trabalho.
A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda e garantir a unidade entre todos aqueles que fazem parte da corrente de fé.
Que Oxalá nos abençoe sempre.

(Texto baseado em outro presente à página “Umbanda de Jesus”)

sábado, 15 de junho de 2013

SALVE VOVÓ CATARINA

História da Mentora Vovó Catarina
(Mas também conhecida como Dona Euzália)

(Texto enviado por Jéssica)
Os tambores tocavam o ritmo cadenciado dos Orixás, e nós dançávamos. Dançávamos todos em volta da fogueira improvisada ou à luz de tochas ou velas de cera que fazíamos. A comida era pouca, mas para passar a fome nós dançávamos a dança dos Orixás. E assim, ao som dos tambores de nosso povo, nos divertíamos, para não morrer de tristeza e sofrimento. Eu era chamada de feiticeira. Mas eu não era feiticeira, era curandeira. Entendia de ervas, com as quais fazia remédios para o meu povo, e de parto; eu era a parteira do povo de Angola que estava errando naquela terra de meu Deus.
Até que Sinhá me tirou do meu povo. Ela não queria que eu usasse meus conhecimentos para curar os negros, somente os brancos; Afinal, negro - dizia ela - tinha que trabalhar e trabalhar até morrer. Depois, era só substituir por outro.
Mas Dona Moça não pensava assim. Ela gostava de mim, e eu, dela. Fui jogada num canto, separada dos outros escravos e todas as noites eu chorava ao saber que meu povo sofria e eu não podia fazer nada para ajudar. De dia eu descascava coco e moía café no pilão. À noite eu cantava sozinha, solitária. E ouvia o cantar triste de meu povo, de longe. Ouvia o lamento dos negros de Angola pedindo a Oxalá a liberdade, que só depois nós entendemos o que era. E os tambores tocavam o seu lamento triste, o seu toque cadenciado, enquanto eu respondia de meu cativeiro com as rezas dos meus Orixás. A liberdade, que era cantada por todos do cativeiro, só mais tarde é que nós a compreendemos. A liberdade era de dentro, e não de fora.
Aqueles eram dias difíceis e nós aprendemos com os cânticos de Oxóssi e as armas de Ogum o que era se humilhar, sofrer e servir, até que nosso espírito estivesse acostumado tanto ao sofrimento e a servir sem discutir, sem nada obter em troca, que, a um simples sinal de dor ou qualquer necessidade, nós estávamos ali, prontos para servir, preparados para trabalhar. E nosso Pai Oxalá nos ensinou, em meio aos toques dos tambores na senzala ou aos chicotes do capitão, que é mais proveitoso servir e sofrer do que ser servido e provocar a infelicidade dos outros.
Um dia, vítima do desespero de Sinhá, eu fui levada à noite para o tronco, enquanto meus irmãos na senzala cantavam. A cada toque mais forte dos tambores, eu recebia uma chibatada, até que, desfalecendo, fui conduzida nos braços de Oxalá para o reino de Aruanda. Meu corpo, na verdade, estava morto, mas eu estava livre, no meio das estrelas de Aruanda. Em meu espírito não restou nenhum rancor, mas apenas um profundo agradecimento aos meus antigos senhores, por me ensinar, com o suor e o sofrimento, que mais compensa ser bom do que mau; sofrer cumprindo nosso dever do que sorrir na ilusão; trabalhar pelo bem de todos do que servir de tropeço. Eu era agora liberta, e nenhum chicote, nenhuma senzala poderia me prender, porque agora eu poderia ouvir por todo lado o barulho dos tambores de Angola, mas também do Kêtu, de Luanda, de Jêje e de todo lugar. Em meio às estrelas de Aruanda eu rezava. Rezava  agradecida ao meu Pai Oxalá.
Fui pra Aruanda, lugar de muita paz! Mas eu retomei. Pedi a meu Pai Oxalá que desse oportunidade pra eu voltar ao Brasil pra poder ajudar a Sinhá, pois ela me ensinou muita coisa com o jeito dela nos tratar. E eu voltei. Agora as coisas pareciam mudadas. Eu não era aquela nega feia e escrava. Era filha de gente grande e bonita, sabia ler e ensinava crianças dos outros.
Um dia bateu na minha porta um homem com uma menina enjeitada da mãe. Era muito esquisita, doente e trazia nela o mal da lepra. Tadinha! Não tinha pra onde ir e o pai desesperado não sabia o que fazer. Adotei a pobre coitada, fui tratando aos poucos e, quando me casei, levei a menina comigo. Cresceu, deu problema, mas eu a amava muito. Até que um dia ela veio a desencarnar em meus braços, de um jeito que fazia dó.
Quando eu retomei pra Aruanda, o que vocês chamam de plano espiritual, ela veio me receber com os braços abertos e chorando muito, muito mesmo. Perguntei por que chorava, se nós duas agora estávamos livres do sofrimento da carne, então, ela, transformando-se em minha frente, assumiu a feição de Sinhá! Ela era a minha Sinhá do tempo do cativeiro. E nós duas nos abraçamos e choramos juntas.
Hoje, trabalhamos nas falanges da Umbanda, com a esperança de passar a nossa experiência pra muitos que ainda se encontram perdidos em suas dificuldades.

Extraído do Livro TAMBORES DE ANGOLA de Robson Pinheiro pelo Espírito Ângelo Inácio e Pai João de Aruanda.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

UNINDO FÉ E RAZÃO



Fato ocorrido em 1892:
Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem
universitário, que lia o seu livro de ciências.
O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem
percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos.
Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim, mas não é um livro de crendices.
- É a Palavra de Deus. Estou errado?
- Mas é claro que está!
- Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em
seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos
cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
- É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
-Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima
estação, falta-me tempo agora... Mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o
seu cartão ao universitário.
Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo sentindo-se
pior que uma ameba.
No cartão estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur - Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França. "Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima".
****************************************
Qual o sentido da vida?  Ser Feliz e Útil...
Errar é humano, Perdoar é Divino!
Com Deus Venceremos.