quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

GUIA DE AÇO. POR QUE USAR?


O USO DA GUIA DE AÇO OU DAS “7 LINHAS”
Trecho Extraído do livro: UMBANDA – O CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS


Hoje em dia, infelizmente, poucas vezes observamos o uso das guias de aço por parte dos médiuns umbandistas. Porque?
É comum ver a utilização de guias confeccionadas com materiais inócuos, como miçangas, vidros coloridos, porcelanas, plástico, etc.
Vamos entender como funciona o aço e com certeza daremos maior valor à utilização dessa guia, tão importante para a nossa defesa e proteção.
As guias de aço vendidas nas casas do ramo, geralmente possuem o que chamamos de “ferramentas” dos Orixás penduradas por toda a extensão da guia.
O que seriam essas “ferramentas”?
São representações dos Sagrados Orixás, pois cada uma delas traz em sua formação, um pedaço da onda vibratória sagrada, emanada pela força dos elementos da natureza.
Para termos uma melhor noção de quais “ferramentas” a guia de aço deverá conter, vamos enumerá-las (as ferramentas também deverão ser confeccionadas em aço):
·        Uma cruz de aço;
·        Um coração de aço;
·        Uma espada de aço;
·        Uma flecha de aço;
·        Uma machadinha de aço;
·        Uma chave de aço;
·        Uma estrela de cinco pontas de aço;

Obs.: Também se pode utilizar uma corrente com uma medalha de aço como proteção, no lugar da guia de aço, mas ela precisa ser usada para esse fim, não por vaidade.
Aço é uma liga de ferro-carbono e outros elementos residuais do tipo P, S, Mn e Si. O ferro que predomina na composição do aço existe na natureza (nos minérios) sob a forma de óxidos estáveis do tipo Fe2O3 (hematita) etc. O aço é um excelente condutor de energia elétrica e possui uma aura fortemente radioativa. As conformações dos filamentos que compõem a “guia de aço” (colar consagrado) funcionam como excelentes captadores das energias vivas da Natureza, bem como também, diminutos cabos eletromagnéticos. Os traços fluídicos desprendidos do metal dinamizado, como acumulador de forças, favorecem bastante o escoamento dos fluidos ativados nos feitiços, magias, pensamentos negativos, miasmas e larvas astrais.
O aço, dinamizado pela eletricidade biológica, irá criar um campo eletromagnético em volta do corpo físico e astral do homem, criando uma barreira natural contra vários tipos de fluídos de baixo padrão, não permitindo que adentrem na constituição espiritual e física de quem está usando essa proteção.
A guia de aço transforma-se num excelente repulsor de vibrações de baixo teor energético, desagregando esses fluidos e não permitindo seu alojamento nos corpos sutis e físico do homem.
Algumas emanações fluídicas são perniciosas ao ser humano. Aquele que procura se infiltrar no campo vibratório de outra pessoa buscando seu mal, tenta ativar forças etéreas aliadas a certos materiais dinamizados, a fim de conseguir êxito nos processos de “bombardear” a aura e o duplo etérico de seu desafeto, com a intenção de gerar uma série de problemas físicos e espirituais. Porém, é importante saber que pensamentos negativos só nos atingem quando nós abrimos canais para a entrada de energias negativas. Quando nos protegemos, através de boas atitudes e bons pensamentos, nada que não vibre positivamente como nós poderá nos atingir!
Também acontece o caso de “auto-enfeitiçamento”, por viver constantemente vivenciando doenças morais ou mesmo a presença em ambientes de baixo teor vibratório, onde fatalmente existem fluidos perniciosos a constituição humana, que poderão agregar-se aos corpos sutis e físicos do homem. Se houvesse uma maneira “clínica” de se observar e examinar o duplo etérico de um homem “mal-influenciado” ou mesmo carregado de inveja, olho gordo, etc., os médicos identificariam como as radiações negativas que afetam a base química orgânica, agregando aos corpos sutis e físico uma série de miasmas e larvas astrais, produzindo uma série de enfermidades muitas vezes graves.
Portanto, uma guia de aço transforma-se em uma potente proteção. Só devemos atentar para o fato de que não é simplesmente o uso de uma guia de aço que irá nos proteger e nos livrar de todo o mal do mundo. Há necessidade de se criar condições morais, promovendo a necessária Reforma Íntima, Evangelização e conseqüentemente redobrar a vigilância, ajustando-se a uma elevada conduta espiritual. Tudo isso, aliado ao uso de uma guia de aço, faz com que criemos condições de obter uma efetiva proteção contra todos os tipos de males que possam nos cercar.
Sendo assim passamos a entender a guia de aço como um amuleto que têm como função absorver as energias maléficas e evitar que haja uma infestação na aura do seu possuidor, tendo eficácia defensiva. Além disso, ajuda a catalisar fluidos bons.
Não há problema de alguém estranho colocar as mãos na guia de aço. Somente deveremos tomar o devido cuidado de retirá-la quando formos ter relações íntimas. Quando formos dormir, poderemos colocá-la por debaixo do travesseiro. Na hora do banho não há necessidade de se retirar à guia de aço.
E então, você entendeu a função da sua guia de aço? Procure conseguir a sua em uma casa de artigos religiosos e leve ao seu centro para que ela possa ser energizada e começar a protegê-lo!!!
Um grande abraço,
FAMÍLIA CEENC

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

FALANGEIROS x CAPANGUEIROS




Falangeiros de Orixás ou simplesmente Falangeiros são os representantes diretos de cada Orixá.
Não são espíritos, mas sim a própria vibração do Orixá. Diferem-se dos capangueiros (estes sim, espíritos desencarnados, com luz e sabedoria) que trabalham para determinado Orixá.
Para melhor entendimento os FALANGEIROS  são as qualidades dos Orixás, exemplo:

Ø Ogum (Orixá) + Beira-Mar (qualidade do Ogum que trabalha à Beira do Mar em sintonia com Iemanjá) = Ogum-Beira Mar;
Ø Ogum (Orixá) + Sete Ondas (qualidade de Ogum que trabalha em Alto-mar em sintonia com toda energia do mar) = Ogum Sete Ondas;
Ø Ogum (Orixá) + Pedreira (qualidade de Ogum que trabalha nas pedreiras e cachoeiras) = Ogum da Pedreira, Ogum das Sete Pedreiras, Ogum da Cachoeira, etc.;
Ø Ogum (Orixá) + Megê (qualidade de Ogum que trabalha na Linha das Almas) = Ogum Megê das Almas;
Ø Ogum (Orixá) + Matinata (regência da Lua, noite e madrugada em sintonia com Oxalá) = Ogum Matinata;
Ø Ogum (Orixá) + de Lê (qualidade de Ogum mesclado com Xangô, trabalha com a Lei) = Ogum de Lê;
Ø Ogum (Orixá) + Rompe-Mato (qualidade de Ogum mesclado com Oxóssi, desbravador, caçador) = Ogum Rompe-Mato;
Ø Ogum (Orixá) + de Ronda/Naruê (guardião e vigilante dos caminhos em sintonia com Exú) = Ogum de Ronda, Ogum Naruê etc.
Já os  CAPANGUEIROS  são principalmente os (caboclos), exemplo:

Ø Caboclo Rompe-Mato (anda junto a Ogum Rompe Mato);
Ø Caboclo Beira-Mar (anfa junto a Ogum Beira Mar).

A Umbanda não trabalha com orixás como deuses, mas sim com a sua representação pelo elemento da natureza. O nome que damos são apenas sincretismos. Por exemplo: pederíamos falar salve as matas, as plantas , as flores, as florestas , os campos e etc. Ao invés dessa saudação sincretizamos em uma palavra todas essas forças quando dizemos SALVE OXÓSSI !

Os orixás são as forças da natureza .
Os falangeiros são as qualidades dos Orixás (o nome da força da natureza sincretizada + o lugar específico de onde vem essa força).
Os capangueiros são energias ( espíritos desencarnados)  com luz e sabedoria.
Segue abaixo o nome das energias com o nome que utilizamos baseados no sincretismo:

·  Ogum -  Orixá do ferro, guerra, fogo e da tecnologia.
·  Oxóssi -  Orixá da caça e da fartura.
·  Xangô -  Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
·Omulu -  Orixá da Cura. Junto a Nanã, tem a responsabilidade de ajudar no caminho após a passagem.
· Iansã - Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestades.
·Oxum - Orixá feminino dos rios, do ouro, da fertilidade (junto a Iemanjá) e protetora dos recém nascidos.
· Iemanjá - Orixá feminino dos mares e dos lagos salgados . Também cuida da fertilidade junto a Oxum.
· Nanã - Orixá feminino dos pântanos e responsável , junto a Omulum, de dar o caminho após a passagem.
· Oxalá -  Orixá do Branco, da Paz, da Fé. É considerado o grande Pai.

FIQUEM TODOS COM DEUS, 
FAMÍLIA CEENC


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

UM PORQUÊ PARA TANTA TRISTEZA



Oi amigos e irmãos,
Peguei emprestado da página da FEB essa explicação de Emmanuel a respeito dos DESENCARNES COLETIVOS! Sei que não vai diminuir nossa tristeza, mas a compreensão sempre facilita o entendimento!
Algumas pessoas vêm se questionando a respeito da necessidade de se resgatar as faltas em outra vida e não na mesma...
O que podemos dizer é que o resgate se dá quando da compreensão das faltas e do reconhecimento da necessidade. Ele pode não acontecer em uma mesma vida porque não é simplesmente o fato de passar pela dificuldade. Precisamos do entendimento sobre o melhor a ser feito. Se fosse na mesma vida, nos acharíamos injustiçados demais para aprender! E, além disso, Deus sabe de todas as coisas e é nisso que precisamos ter fé! 


Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios? (Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).
RESPOSTA:
Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, n mais severo julgador de si próprio. 
Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.


Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de
sangue e lágrimas.
Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.


Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.
É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.

Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

(Transcrito do livro: XAVIER, Francisco C. Autores diversos. Chico Xavier pede licença. S.Bernardo do Campo: Ed. GEEM. Cap. 19)

A FUNÇÃO DO CAMBONO

(Texto enviado por Márcia - Dirigente do CEENC)



Cambono é o médium que possui uma das funções fundamentais para o êxito da caridade em uma casa espiritual. Ele participa nas giras como auxiliar dos guias em terra. É chamado pelas entidades de LUZ em todo decorrer do trabalho, em tempo integral, precisando ficar atento e ao mesmo tempo sendo discreto desde a preparação até o término de toda a gira.
O cambono tem grandes responsabilidades em uma casa espiritual. Uma das suas grandes atribuições é manter a harmonia do local de trabalho da entidade pela qual é responsável, buscando garantir a organização dos objetos, a conservação e a limpeza do ambiente. Exemplo: manter na casa as ervas usadas pelos guias, velas, água sempre limpa e prestar atenção ao que o guia precisa para trabalhar. Deve sempre avisar ao médium que trabalha com o guia ao qual ele cambona, o material que falta.
Sua responsabilidade não é comprar o material e sim avisar ao médium responsável, por escrito e falando, aquilo que o médium responsável deve ter para que os trabalhos obtenham êxito. Esse material necessário normalmente é ditado pela entidade que pratica a caridade.
Outra responsabilidade do cambono são as anotações: elas devem ser bem legíveis e corretas. Deverá anotar somente o que o guia falar, não podendo alterar uma palavra. A responsabilidade do cambono é e sempre será enorme. Suas palavras ao médium é que darão a verdade ao trabalho. A exatidão do que ele passar ao médium é que dará êxito ao trabalho a ser executado.
A lealdade ao guia chefe é primordial.
O cambono deve permanecer no local em que foi designado, auxiliando o guia ou a corrente, sempre vibrando em harmonia para o sucesso dos trabalhos. Sua roupa deve estar impecável, seus banhos corretos, suas obrigações em dia e sua postura moral perfeita.
 Deve procurar estar sempre preparado e conhecer os pontos das entidades às quais ele cambona.
Compete ao cambono também auxiliar a entidade, caso o consulente encontre dificuldade, na compreensão das mensagens que forem sendo transmitidas.
Em fim, o cambono é o grande ajudante da casa espírita tendo como maior função a verdade em suas ações e atitudes.
O cambono do guia chefe da casa é escolhido pelo próprio guia chefe por merecimento, conduta moral e comportamento ao vestir o branco. Normalmente são médiuns prontos e de total confiança do guia chefe.
Após ser escolhido como cambono, o médium que trabalha com o guia chefe não pode fazer nada sem autorização do guia ou sem a confirmação da autorização do guia, pelo cambono.
O cambono, ao transmitir as ordens passadas pelos guia, deve passar com exatidão e as ordens devem ser cumpridas sem questionamentos.
 Lembro a todos que o cambono é o auxiliar que responde pelo andamento de toda uma gira. Só ele sabe a ordem dada com exatidão pelo guia chefe e como deve ser o procedimento dos outros médiuns com as entidades de LUZ responsáveis pela CASA.
O cambono nem sempre tem condições de responder a as dúvidas e necessidades dos consulentes. Ele é um mensageiro, um interlocutor, que facilita e faz com que haja êxito nos trabalhos.
O cambono deve ter respeito e humildade, interesse por seus semelhantes e manter principalmente o sigilo absoluto quanto às consultas e às questões mais delicadas entre o guia e o consulente.
É importante a conscientização do cambono em aproveitar toda a oportunidade de aprendizado e crescimento, pois acompanhando diversos atendimentos obterá muitas coisas produtivas ao seu crescimento espiritual. O cambono deve estar sempre disponível e de bom humor para receber carinhosamente aqueles que se encontrarem na Casa Espírita em busca de caridade.
O cambono é uma das funções que oferece as maiores e melhores possibilidades de crescimento espiritual. Essa é a verdadeira função e posição do cambono dentro do ritual da Umbanda.  
 NUNCA SE ESQUEÇAM: caridade não tem preço. Devemos estar sempre prontos quando o assunto for servir ao próximo.
CARIDADE É E SEMPRE SERÁ O VERDADEIRO LEMA NA ARTE DE SERVIR!!!!
SALVE A UMBANDA!!!!!!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

UMA HISTÓRIA SOBRE OS GUARDIÕES


(Texto enviado por Tátila, com base naquele presente em apostila de estudo)

OLÁ MEUS IRMÃOS!
GOSTARIA DE FALAR SOBRE UM ASSUNTO:
O TRABALHO DOS GUARDIÕES DENTRO DA UMBANDA.
COMO ELES ATUAM NA LINHA DE TRABALHO DOS EXUS.  
ENTÃO VAMOS LÁ:
   

Carlos se dirigia um centro de Umbanda aconselhado por um amigo, pois sua vida estava bastante complicada. Sua mãe vivia doente, já tendo ido a diversos médicos sem sucesso na cura. O seu pai havia sido demitido da empresa que trabalhava há mais de 25 anos e vivia deprimido e chorando pelos cantos. Ele mesmo desempregado há três anos, via o filho adoecer sem condições de comprar medicamento. A sua esposa, única ainda empregada, apresentava sérios indícios de fadiga mental e física.
Ao chegar no Centro Espírita descobrira que era dia de consulta com pretos-velhos. O seu amigo Cláudio, foi explicando a rotina da casa e como ele deveria agir e pedir na hora da consulta.
Chegando finalmente a sua vez de se consultar, o seu pensamento estava coberto de dúvidas, achando que estava chegando ao fundo do poço por precisar se dirigir ao Terreiro de Umbanda, falar com uma pessoa que nunca havia visto antes na vida e abrir seu coração, suas dúvidas e tremores.
Num primeiro momento achou graça da posição do médium, todo curvado, e também do seu jeito de falar, não conseguindo se aquietar, mas o Preto-velho foi, aos pouquinhos, ministrando alguns passes e por fim Carlos começou a se abrir.
O Preto-velho ouviu tudinho, manifestando de tempos em tempos palavras encorajadoras para o filho tão aflito.
Carlos não entendia o porquê, mas enquanto ele falava, o Preto-velho ia estalando os dedos em volta dele, olhando discretamente para o copo d´água ao lado da vela, jogando para cima a fumaça de seu cachimbo e assim, ia passando as informações necessárias para os guardiões que protegiam a casa e seus filhos. Os Exus, com a função de verificar o que estava acontecendo, partiram com a velocidade do pensamento para a casa de Carlos.
Em um dado momento, o Preto-velho que estava incorporado ao corpo material do médium e compartilhando de sua visão limitada, utilizou alguns elementos magísticos e ritualísticos para proporcionar alívio para Carlos.
Disse no final da consulta que iria trabalhar para ele e toda a sua família. Deu algumas recomendações sobre como rezar e elevar o pensamento a Deus e se despediu.
A partir daquela consulta, Carlos passou a ter sensações de alivio; sentiu-se mais leve e confiante, mas ao mesmo tempo não acreditava que meia dúzia de estalos de dedos fossem “resolver” o seu problema... Incrédulo, mas já não tão fraco, retornou a sua casa sem nem imaginar que a batalha estava apenas começando.
O Preto-velho, ao ver Carlos se levantar e ir embora, soube que àquela altura, toda a egrégora da Casa já estava se preparando para a batalha e, apesar de ainda estar incorporado ao corpo do médium, pôde perceber que seria um grande combate.
Mas ainda havia o que ser feito na Terra. Precisava descarregar o aparelho (médium) e o terreiro. Terminado o Saravá, ele partiu junto com outros membros da egrégora.
Com o encerramento dos trabalhos espirituais da casa, os médiuns começaram a ir embora e no terreiro de Umbanda se fez silêncio. Mas o silêncio era apenas aos ouvidos humanos, pois os sons ali emitidos estavam numa freqüência diferente dos sons conhecidos na Terra.
Quando os médiuns pensaram que a gira havia terminado, estavam muito enganados, pois ela estava apenas começando!
As entidades da casa se reuniram dentro do terreiro, aguardando o retorno dos exus com informações mais precisas sobre cada consulta que havia sido realizada.
Os exus foram retornando, um a um. O mentor da casa assistia tudo e fazia intervenções quanto às deliberações do alto. Os chefes de linha estabeleciam o famoso “quem vai fazer o que”. Tudo isso ocorria em ambiente absolutamente harmônico e organizado.  Exus, Caboclos e Pretos Velhos trocavam impressões a respeito dos problemas apresentados e deliberaram sobre cada caso.
Retomemos o caso de nosso amigo Carlos. Nesse momento passarei a dar nomes fictícios também às entidades envolvidas nesse trabalho, chamando o Preto-velho de Pai Benedito e o Exu de Marabô.
 Quando Exu Marabô retornou com as informações a respeito do que encontrou na casa de Carlos, o dialogo que se deu da seguinte forma:
Marabô: É... Pai Benedito, a situação lá está bem complicada.
Pai Benedito: Eu já suspeitava. O que você viu?
Marabô: A casa do moço Carlos foi totalmente absorvida por uma rede de energias. Há seres bem grotescos mantendo-se firmes nela. Segui buscando a origem dessa rede e me deparei com uma construção que ficava logo acima da casa dele.
Adentrando ao recinto vi uma inteligência poderosa por trás disso, mas sem nenhuma relação direta com nenhum dos envolvidos. Buscando entender a trama, continuei procurando o porquê daquilo e encontrei uma mulher bastante dementada. Pude ler seu campo mental e sentir seus desejos, que eram de vingança para com o pai encarnado do moço Carlos. Vi também que eles ainda não sabiam que o moço Carlos havia estado em nosso terreiro.
Bem, em resumo: A inteligência envolveu essa pobre infeliz e prometendo-lhe devolver o pai do moço Carlos para que ela lhe sugasse as energias negativas. Tais energias eram fruto de um sentimento de culpa que o pai do moço Carlos nutria. Parece que ele teve uma aventura na juventude. Não sei informar se essa ligação entre eles se formou nessa ou em outra vida, pois achei que os dados colhidos fossem suficientes para podermos trabalhar.
Pai Benedito: Sim, sim... Mais do que suficiente! Não estamos aqui para julgar ninguém. Isso cabe ao Pai. Nesse caso, teremos que destruir essa ligação negativa, mas precisamos primeiro de recursos para auxiliar os familiares.
Assim, Pai Benedito se dirigiu-se ao Caboclo Fecha Dourada, responsável pela corrente de desobsessão daquele terreiro e expôs a situação.
Imediatamente o Caboclo determinou que a Pombo-Gira da Figueira iria utilizar os seus elementos magísticos para que a equipe de resgate da casa resgatasse a moça e quem mais tivesse condições de tratamento. Assim, a "equipe de força” destruiria a construção e todos os equipamentos dentro dela.
Tarefas distribuídas, eles partiram para a construção.
Caboclos, pretos-velhos e exus guardaram certa distância da construção e observaram a Pombo-Gira da Figueira assumir uma configuração praticamente transparente.
Ao chegar perto da construção percebeu-se sair de sua boca uma espécie de fumaça enegrecida que começou a tomar conta do ambiente. Logo atrás dela, homens empurravam uma espécie de carrinho, que lembravam os carrinhos usados em minas de escavação de carvão.
Conforme a Sra. Figueira foi entrando no ambiente tomado por essa fumaça negra, os seres que lá estavam, caíram em profundo sono, sendo resgatados pelos guardiões e colocados dentro do carrinho. A ação dela foi rápida. Ninguém percebeu sua presença.
Quando todos foram resgatados, a Sra. Figueira começou a manipular a energia dos instrumentos negativos dentro da construção, mudando sua forma, plasmando outras energias e destruindo aquilo que faria mal.
Finalmente saíram da construção e os exus que compunham a “tropa de choque” ou a "equipe de força” passaram a destruir a construção espiritual e a malha que envolvia a construção material na Terra. Prenderam os seres grotescos que davam sustentação à malha negativa no ambiente material.
Caboclos e pretos velhos começam a tratar ali mesmo os Espíritos retirados da construção, colocando-os em macas e direcionando-os aos locais adequados aos tratamentos que iriam receber, sob os olhos atentos dos guardiões.
Outros começaram o trabalho individualizado com os membros da família. Exus fizeram o trabalho de limpeza e descarga, resgatando os “perdidos”, para serem encaminhados para a desobsessão na Casa de Umbanda. Eles abriram espaço e deram condições vibratórias para o trabalho dos Caboclos e Pretos-velhos, que era inspirar pensamentos de perdão ao pai de Carlos, de esperança no próprio Carlos e também saúde e bons eflúvios para a esposa e para a mãe de Carlos. Através de passes magnéticos, Caboclos e Pretos velhos transformaram o campo vibratório da casa e cuidaram de seus moradores.
Enquanto tudo isso ocorria, a casa dormia e todos iam sendo tratados em Espírito.
Os médiuns daquele terreiro também dormiam em suas casas. Em sono, alguns doavam ectoplasma, auxiliando nos trabalhos de transmutação energética. Outros participavam ativamente dos trabalhos e outros observavam e aprendiam, através do processo de desdobramento do sono, a forma com a qual cada trabalho era realizado.
Após o trabalho realizado o Mentor da Casa sorriu.
É claro que todos sabiam que, de agora em diante, seria de acordo com o merecimento e com a luta de cada membro da família, que eles iriam crescer. Desde aquele momento foram desfeitas as amarras. Essas amarras só voltariam ao ambiente domiciliar desta família se eles tivessem gestos, atitudes e pensamentos afinados com o astral negativo que vinha se apresentando naquela casa.
A Umbanda através de uma ação conjunta dos componentes da egrégora de uma casa Espiritual pode proporcionar alívio, conforto e liberação aos membros da família, bem como auxilio aos irmãos perdidos nas trevas da ignorância, do ódio, do rancor, do remorso e da culpa.
Mesmo que Carlos nunca mais voltasse ao terreiro para agradecer a melhora ou que nunca despertasse para a ajuda que recebeu; mesmo que o pai de Carlos nunca se perdoasse ou que aquela mulher não se recuperasse e evoluísse espiritualmente, a Umbanda se fizera presente em Caridade e amor! Isso era o importante!
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Agora me digam com sinceridade, após ler tudo isso, vocês ainda acham que Exus são seres do mal?
Vocês acham que importa ficarmos discutindo se Exu, se a Umbanda e se seus Orixás vieram da Atlântida, da África ou do quintal de casa?
Se ainda lhe restaram alguma dúvida eu afirmo a minha certeza: A Umbanda nasceu do Coração de Zambi, em sua infinita misericórdia por nós! A Umbanda tem quem nos defenda e proteja independente da nossa ignorância nos impedir de reconhecer os guardiões como bons e amigos!
Obrigada Exus, Pombo-giras, ciganos e malandros pela proteção, defesa e principalmente por terem tanta paciência com a nossa ignorância!
Salve os nossos amigos, defensores e compadres! Saravá a todos os guardiões!
Com amor,
TÁTILA

A FAVOR DO RESPEITO ENTRE OS POVOS!

Esse vídeo é fruto de uma montagem realizada pelo CEENC e transmitida no nosso Recolhimento Coletivo de 2012! Aproveitem pra dar um espiadinha!!!
Um grande abraço, 
FAMÍLIA CEENC


domingo, 20 de janeiro de 2013

DIA 20 DE JANEIRO - OKÊ OXÓSSI!


PRECE AO SENHOR OXÓSSI! QUERIDO SÃO SEBASTIÃO!

Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário à manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos com vossas energias, para nos curar de todos os males físicos ou espirituais!
Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força a fim de nos transmitirem a coragem necessária para suportarmos as dificuldades da estrada da vida!
Senhor das matas e da vida silvestre, neste momento Pai, nós te pedimos: Faz de nós sua flecha. Permita-nos ser a força do seu arco, que é agilidade, pontaria e saber.
Proteja-nos Pai, com a paz que precisamos para construir nossos ideais e com a firmeza necessária para seguirmos sempre em frente.
Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades e que procuram a cura!
Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!
Ajudai-nos no sustento da nossa fé; a fim que possamos cumprir com nossas obrigações e deveres neste mundo, apontando-nos os verdadeiros caminhos da prosperidade.
Oxossi, rei das matas, da lua, do céu azul, que sejamos leves como os pássaros
que voam, livres como cavalos que correm, fortes como o carvalho nas matas, para honrar seu nome e caminhar rumo a felicidade eterna!
Que assim seja!!!

SALVE O REI DAS MATAS HOJE E SEMPRE!
OBRIGADA POR TUDO!
FAMÍLIA CEENC

CANÇÃO DE FÉ AO REI DAS MATAS

Segue uma canção emocionante em homenagem ao Guerreiro das Matas, Senhor Oxóssi! O grande Capitão do Mato!!!!
Okê Oxóssi!!!!!


sábado, 19 de janeiro de 2013

UMBANDA: UM MUNDO CHEIO DE LUZ!


         
         Oi irmãos, 
Hoje estive pensando nos momentos em que me pego triste por ouvir algum comentário desrespeitoso, alguma reportagem infundada ou qualquer outro tipo de abordagem errônea a respeito da nossa querida Umbanda! Sei que não é só na Umbanda que isso acontece, mas é muito ruim observar as pessoas comentarem coisas que não são verdade. Utilizar o nome de uma religião que só faz o bem, para promover interesses próprios e gerar discórdia entre os povos. Isso não é legal!
É tão comum ouvirmos falar coisas que não fazem sentido. Não é só aqui no Brasil que as pessoas emitem opiniões a respeito da crença das outras pessoas! No mundo as pessoas se matam em nome de “Deus”! Discriminam aquilo que “acham” ruim sem nem ao menos entenderem o que estão falando. É uma pena que, já no século XXI, ainda se fale do que não se conhece direito. É tão simples compreender que tudo aquilo que prega o bem, leva a Deus... A Umbanda traz em si a simplicidade de almas caridosas que fazem dela um alento aos corações desesperados.
De forma alguma a Umbanda é esse filme de terror, essa carnificina que tantos tentam encenar! Na maioria dos casos, os homens criam as religiões e as conduzem de acordo com seus conceitos, maneiras de pensar e até mesmo interesses (o que não é bacana).
Não tenho a intenção de dizer que a Umbanda é melhor ou pior do qualquer outra religião, mas é importante saber que ela foi iniciada por Espíritos do bem, que vieram trazer a luz a todos aqueles, com ou sem instrução, que buscavam alguma forma de auxílio. Poderia acontecer algo mais democrático e caritativo do que a divulgação da doutrina a todos, sem distinção de cor, idade, classe social ou instrução? Essa é a Umbanda que praticamos!
Quando os humildes de coração precisam de consolo, ela estende os braços para acalentar... Quando os desesperados buscam uma solução para seus problemas, lá está ela para aconselhar... Quando os sedentos por respostas buscam compreender, lá está ela abrindo os horizontes do saber...
Como já falamos aqui anteriormente, a Umbanda é a união de todas as bandas através de um só elo: DEUS! A Umbanda é a natureza criada por Deus! A Umbanda é oração! A Umbanda é energia! A Umbanda é Corpo e Espírito... Umbanda é um pedaço de cada um de nós. É a fagulha viva da fé verdadeira e a benção do amor incondicional!
Irmãos, precisamos deixar de lado as ideias pré-concebidas! Precisamos abrir nossas mentes ao conhecimento. Vamos emprestar nossos ouvidos para escutar novas opiniões. Vamos deixar nosso senso lógico decidir o que é ou não coerente!
É importante nunca se deixar levar pelo que parece, mas sim, pelo que é! Nós pensamos, sentimos e escolhemos o que é o certo ou errado! Mas, para isso, é preciso ouvir com disposição, ler atentamente e aproveitar a oportunidade de adquirir mais conhecimentos e trocar informações! Formemos nossas opiniões baseados no saber e no estudo. Deixemos de lado os achismos e tratemos de nos informar mais, antes de criticar! Somos seres inteligentes e por isso, devemos promover o bem, e não gerar a desunião entre os que aqui se instruem!
Talvez, quando a Humanidade passar a usar a sabedoria com a qual Deus a presenteou, ela pare de criar motivos para combater, guerrear e dividir; E assim, talvez passe a lutar pelo amor e pela união, em um coro de uma só voz, que possa bradar aos quatro cantos do mundo o quão importante é a força da paz!
E, a todos que me perguntarem se sou Umbandista, responderei: Sim, sou Umbandista porque amo minha religião! Amo as forças da natureza! Amo a energia que toma conta de minha alma e me ensina a viver com alegria e simplicidade... E a todos que não queiram entender só tenho uma coisa a dizer... Desculpem, mas estou sem tempo... Gastei todo o que tinha me preocupando em aprender, crescer e ser feliz!
Que Deus nos proteja, que os guias e mentores nos acompanhem e tenhamos sempre nossa fé fortalecida e a certeza do amor de nosso Pai Maior!
Um grande abraço a todos!
Com amor,
Nise!

sábado, 12 de janeiro de 2013

NÃO SUJE AS PRAIAS!

CEENC ADVERTE!!!!!



Atenção Umbandistas que aproveitam esse período para fazer seus agradecimentos à Iemanjá,  a nossa querida Umbanda é feita da Natureza e por isso, deve preservá-la!
Garrafas e copos de vidro, além de poluírem o meio-ambiente, podem machucar as  pessoas que, assim como nós, querem estar em contato com a Natureza!
Então, lembrem-se! Flores e uma linda oração feita com amor, têm efeito ainda melhor que garrafas de vidro!
O melhor presente pra Iemanjá é o respeito à natureza e o agradecimento sincero de coração!
Um grande abraço a todos,
FAMÍLIA CEENC