segunda-feira, 31 de março de 2014

O ESPIRITISMO E AS DOENÇAS

(Texto enviado por Wânia Valle)
 
Lendo um artigo sobre o assunto, me interessei e resolvi falar um pouco sobre o referido tema, pois penso que provoquei algumas doenças em meu corpo físico, mas, ao receber uma nova chance de Deus, prometi a mim mesma, aproveitar ao máximo o bônus concedido por Ele. Então, escrevendo sobre esse tema tão delicado, quem sabe, poderei esclarecer alguns leitores, assim como, servir de ajuda e ponto de partida para uma nova visão de vida a quem possa interessar.
De acordo com o espiritismo, as doenças têm origem no espírito; sendo seus maiores causadores a raiva, a mágoa, as frustrações, o rancor, a inveja, o sentimento de culpa, entre outros. Esses sentimentos provocam doenças no corpo físico.
Diariamente, lemos artigos e assistimos reportagens sobre os benefícios ou malefícios de determinadas alimentações em nossa saúde: assim como, a divulgação da importância de se praticar exercícios físicos para mantermos melhor saúde física e emocional.
Em contrapartida, quase não se é divulgado, que do mesmo modo que somos responsáveis pela saúde, também somos responsáveis pelas doenças, pois elas nascem, não só do descuido com o corpo, mas principalmente do descuido com as nossas emoções e sentimentos. São esses fatores que provocam as doenças do corpo físico. As emoções afetam o corpo físico, que serve como um “dreno“ por onde passam energias negativas. Muitas dessas energias não fluem, ficando aprisionadas ao corpo físico e se manifestam em algum órgão em forma de doença.
As doenças têm sua origem no Espírito. O que não se originou nesta vida, teve origem em reencarnações passadas. Algumas pessoas não compartilham deste fato, mas não há como fugir a esta constatação, pois nosso corpo físico é um reflexo do corpo astral (perispírito) e, tudo que está registrado nele, se manifesta em nosso corpo físico.
Há pessoas viciadas em doenças, que entendem a enfermidade como uma forma de chamarem atenção para si, pois são carentes de afeto; um modo de serem ouvidas e consideradas. Se algumas dessas pessoas se curassem repentinamente, perderiam parte do sentido da vida. É obvio que não são todas as pessoas doentes que gostam de doenças! Existem pessoas com doenças de nascença ou com limitações físicas, que terão que conviver com a realidade de sua enfermidade. Outras adquirem a moléstia ou enfermidade no decorrer da vida e a cura nem sempre estará ao seu alcance, com tanta facilidade. Mas é importante atentar para o fato de que alguns doentes se conformam, enquanto outros questionam a Justiça Divina, não aceitando o fato de que podem ter sido responsáveis ou ter escolhido suas próprias enfermidades.
Atualmente, com a divulgação nas redes sociais, temos acesso diariamente, a imagens de pessoas que sofrem de doenças terríveis. No entanto, se aceitarmos que podemos ser os únicos responsáveis por nossos atos, que colhemos o que plantamos, que nossos males morais são frutos de nossa plantação e que compete somente a nós mesmos modificá-los, por que seria diferente com os males físicos?
Sendo as nossas emoções que provocam as doenças, a cura para elas, certamente dependerá de nós mesmos!!!! Não falo com isso, que devemos abrir mão da medicina. Pelo contrário! Precisamos aproveitar todos os avanços ora conquistados pelos cientistas. Contudo, penso que a verdadeira e definitiva cura que pode atingir nosso corpo físico depende também do controle de nossas emoções!!!
Uma vez li que não existem doenças e sim doentes! Somos herdeiros de nós mesmos, portanto, se cultivarmos pensamentos doentios, atrairemos doenças para nós. Portanto, pensemos positivamente para não nos colocarmos à mercê da sorte, o que nos ajudará bastante.
Já que nem todos os males são desta vida e muitos somos nós mesmos os responsáveis (como a raiva, o ciúme, a mágoa, entre outros), devemos alimentar nossa fé com preces e bons pensamentos, perdoando àqueles que nos magoaram e cultivando o amor  e o desprendimento verdadeiramente.
“O SEGREDO DA SAÚDE MENTAL E CORPORAL, ESTÁ EM NÃO SE LAMENTAR PELO PASSADO, NÃO SE PREOCUPAR COM O FUTURO, NEM SE ADIANTAR AOS PROBLEMAS, MAS, VIVER SÁBIA E SERIAMENTE O PRESENTE .”     BUDA
       Fontes de pesquisa: “Doenças e suas Curas” – www.ahau.org , www.espiritoimortal.com.br e Texto “As doenças e o Espiritismo” – www.grupoandreluiz.org.br .

segunda-feira, 24 de março de 2014

RECOMEÇAR

(Texto enviado por Gisele)

Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa é que sempre é possível. É necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo. É renovar as esperanças na vida e o mais importante: acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia. Sentiu-se só por diversas vezes? É por que fechaste a porta até para os outros. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.
Pois é! Agora é hora de iniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo. Que tal um novo emprego? Uma nova profissão? Um corte de cabelo arrojado, diferente? Um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa?
Olha quanto desafio. Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando. Tá se sentindo sozinho? Besteira! Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento", tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você. Quando nos trancamos na tristeza nem nós mesmos nos suportamos. Ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado, até a boca ficar amarga.
Recomeçar! Hoje é um bom dia para começar novos desafios. Onde você quer chegar? Ir alto. Sonhe alto, queira o melhor do melhor, queira coisas boas para a vida. Pensamentos assim trazem para nós aquilo que desejamos. Se pensarmos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da Faxina Mental. Joga fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes, fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados. Jogue tudo fora. Mas, principalmente, esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor.
Lembre-se somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes. Afinal de contas, nós somos o "Amor".

Paulo Roberto Gaefke

segunda-feira, 17 de março de 2014

O LAVA PÉS

(Texto enviado por Teresa)

Resolvi pesquisar mais amplamente qual seria exatamente o sentido do LAVA PÉS e encontrei esse texto bem explicativo, que gostaria de dividir com vcs, queridos irmãos.
Gostaria também de agradecer a nossa amada Vovó Antonieta da Bahia pela demostração  de  amor,  humildade e caridade, além de todos os ensinamentos  para que nos tornemos pessoas melhores.
Na época de Cristo, as pessoas caminhavam por estradas de terra e, pelo fato de usarem sandálias, chegavam aos seus destinos com os pés empoeirados. Por isso, assim que um visitante entrava numa casa, vinha um escravo, caso houvesse algum ali, para lavar-lhe os pés.
Tal costume é lembrado no relato de Lucas 7.36-50:
“Na casa do fariseu, não houve quem trouxesse água para lavar os pés de Jesus.  Então, veio uma mulher que os lavou com suas lágrimas e enxugou com os cabelos.”
O episódio narrado em João 13.1-17, quando Jesus lavou os pés dos discípulos, encontra-se no contexto da páscoa:
Os dias que antecediam a festa eram de rigorosa purificação, tanto dos corpos quanto das casas (João 11.55; Êx 12.19). Na véspera, os discípulos se puseram à mesa da ceia com o Mestre. Aparentemente, tudo estava certo, mas aqueles homens estavam com os pés sujos. Isto era incoerente com a pureza requerida para a ocasião. Todos poderiam estar adequadamente vestidos, mas os pés estavam sujos. Jesus sabia disso. O Mestre sabe das nossas impurezas, pecados e culpas, por menores que possam parecer. Ele não faz “vista grossa”, como se a sujeira não estivesse lá, mas deseja nossa plena purificação.
Entretanto, Jesus e os discípulos não tinham escravos. Imagino que as tarefas eram divididas entre eles. Os preparativos da ceia já tinham sido providenciados. Alguém conseguiu o local, outro preparou a mesa, outro comprou os alimentos etc, mas quem lavaria os pés dos presentes? Cada um poderia sentir-se realizado por ter cumprido sua tarefa, mas sempre existe algo que precisa ser feito e ninguém quer fazer.
Naquele momento, Jesus poderia ter ensinado uma lição de independência, ordenando que cada discípulo lavasse seus próprios pés. Seria uma alternativa plausível. Entretanto, Cristo não queria incentivar a autossuficiência, o individualismo e o isolamento, mas sim a comunhão. Poderíamos dizer: “Cada um com os seus problemas. Você lava seus pés e eu lavo os meus”.  Não é este o ensinamento cristão. Por isso, não existe “auto batismo” nem “ceia individual”. O desejo de Deus é que seus filhos vivam em comunhão.
Então, Jesus surpreendeu a todos. Levantando-se, colocou água na bacia e pegou a toalha. Em seguida, abaixou-se e lavou os pés dos seus discípulos. Jesus tomou a iniciativa e assumiu a posição de um servo, de um escravo. Ele fez o trabalho que ninguém queria fazer. Ele fez o que nenhum fariseu faria. O Mestre não tinha obrigação de fazer aquilo, mas estava ensinando muitas lições por meio daquele gesto. Da mesma forma, precisamos fazer mais do que a nossa obrigação.
Havia uma necessidade e alguém precisava atendê-la. Jesus estava atento às oportunidades, não de aparecer, mas de servir. Foi ensinada ali uma grande lição de humildade. Não era uma aula teórica, mas um ensinamento pelo exemplo, como todo líder deve ser capaz de fazer. Para lavar os pés dos apóstolos, Jesus precisou sair de sua posição de conforto à mesa, precisou abaixar-se, ajoelhar-se. Devemos fazer o mesmo: tomar atitudes humildes.
A humildade é necessária em casa, no trabalho, na escola e até mesmo no trânsito. Sem humildade, fica difícil permanecer no casamento ou no emprego. Por esta causa, algumas pessoas estão sempre mudando de lugar. Sem humildade fica difícil até o relacionamento com os vizinhos, por melhores que eles sejam.
Até para aprender é preciso ser humilde. Também para reconhecer o erro, pedir ajuda, pedir perdão ou mesmo perdoar. Ser humilde não é ser pobre, mas reconhecer em si a simplicidade da condição humana. Humildade vem da palavra “humus” que significa “terra”, de onde vem também a palavra “humano”.  Deixemos de lado as grandezas aparentes deste mundo e lembremo-nos de que somos pó, e não existe um pó da terra melhor do que o outro.
Jesus desceu da sua glória e assumiu a condição humana. Como homem, tornou-se servo. Como servo, foi obediente, obediente até a morte e morte de cruz (Fp.2). Ele ensinou que nós também somos servos e não apenas filhos de Deus. O filho pode assumir uma posição de receber, mas, como servos, precisamos também estar prontos para fazer algo, não apenas para nós mesmos, mas para outras pessoas.
Se estivéssemos participando daquela ceia, talvez tivéssemos uma postura de convidados, mas Deus quer que nos comportemos como servos. Ser servo significa que eu não sou o senhor. O óbvio precisa ser lembrado. Devo reduzir minha expectativa em relação ao que desejo que Deus realize e perguntar o que Ele quer que eu faça. Afinal, o servo sou eu.
Fomos chamados para servir. É muito fácil servir ao patrão que paga bem, mas precisamos também prestar um bom serviço àquele que paga mal. Em se tratando da questão profissional, você pode pedir demissão, se preciso for, mas não pode prestar um serviço ruim (aplicando princípios de 1Tm.6.1-2; Ef.6.5-8; 1Pe 2.18; 1Co 7.21).
Jesus lavou os pés dos discípulos, mas podemos ter certeza de que ele fez um serviço da melhor qualidade. Enxugar os pés era a finalização com zelo.
Não devemos usar o ensinamento a respeito do serviço e da humildade para explorar os nossos irmãos, mas sim para assumirmos a nossa posição de servos, tomando cuidado para também não sermos explorados por pessoas mal intencionadas (Cl 2.18). Jesus lavou os pés dos discípulos, mas não significa que Ele faria aquilo todos os dias e para sempre. Também não podemos, individualmente, assumir tudo, lavando pés, mãos, chão, paredes e teto. O excesso compromete a qualidade e a continuidade do serviço. Não seja omisso nem exagerado.
É natural que sirvamos aos nossos superiores, mas Jesus serviu aos seus subordinados. Quando servimos aos nossos irmãos, declaramos que os consideramos superiores a nós. Pode ser fácil servir àqueles que nos amam, mas Jesus lavou também os pés de Judas Iscariotes, mesmo sabendo que ele o havia de trair (Jo 13.1,2,3,11). Cristo ultrapassou os limites da razoabilidade humana, demonstrando amor, mansidão e misericórdia.
Acusar e criticar são atitudes bem mais fáceis do que servir. É muito fácil dizer: “Seus pés estão sujos”, mas abaixar-se para lavá-los não é tão simples.  Não tenha nojo do pó que está nos pés do seu irmão porque você também é pó. Devemos nos ajudar mutuamente no sentido de nos purificarmos, admoestando-nos uns aos outros com amor. 
Não zombe do seu irmão que está com os pés sujos. Os seus podem estar em pior situação. Disponha-se para ajudar a resolver um problema que não é seu. Jesus disse que os discípulos seriam “bem-aventurados”, felizes, ao seguirem seu exemplo de serviço. O egoísmo nos conduz à angústia dos desejos insaciáveis. O amor ao próximo nos conduz ao tipo de felicidade que Jesus ensinou.
Pr. Anísio Renato de Andrade

Em nossa Casinha, em um gesto de humildade, nossa mentora, Vovó Antonieta lava os pés de seus filhos antes do início da quaresma. Para aqueles que não entendiam o porquê de um ato tão nobre e sincero, de amor, entrega e abnegação, hoje puderam compreender a grandeza dessa entidade de luz tão iluminada que o nosso Pai Maior permite que cuide de nós e nos oriente a cada dia!

Muito obrigada por nos permitir sermos seus discípulos, mesmo com nossos erros, teimosias e malcriações. Obrigada por nos amar e nos mostrar a cada dia o que é é o verdadeiro amor puro e sincero, liberto de orgulho, simples no acontecer, mas enorme no sentir!

segunda-feira, 10 de março de 2014

PAI ANTÔNIO

(Texto enviado por Thiago)

Espírito que se manifesta como um preto velho, Pai Antonio foi um escravo em uma de suas encarnações, sendo também ele a primeira entidade a pedir uma guia (colar) de trabalho, até hoje usada pelos membros Umbandistas e sendo carinhosamente chamada pelos médiuns daquela Tenda de "Guia de Pai Antonio".
Foi também o espírito responsável pela inserção na Umbanda dos pontos cantados. Enquanto esteve presente incorporando na Tenda foi o responsável por grande número dos pontos criados.
O primeiro ponto de que se tem conhecimento na Umbanda nasceu logo na primeira sessão quando Pai Antonio pediu o seu cachimbo. Contando a história de sua passagem pela Terra. Ele explicou que por ser um senhor de idade, não ia mais para o corte da lenha, mas quando foi buscar um feixe de lenha para a sua necessidade, se sentiu cansado, encostou no tronco de uma árvore e nunca mais acordou. Quando perguntando se sentia falta de alguma coisa, lembrou que o único bem pessoal que não pertencia ao senhor era o seu pito, sendo este solicitado no ponto a seguir:
“Meu cachimbo está no toco,
 Manda moleque buscar.
Meu cachimbo está no toco,
Manda moleque buscar.
 No alto da derrubada,
 Meu cachimbo ficou lá.
 No alto da derrubada,
 Meu cachimbo ficou lá.
 Que arruda tão bonita,
Que vovó mandou arrancar.
Que arruda tão bonita,
Que vovó mandou arrancar
Mas não chore meu netinho
Que vovó manda plantar.
Mas não chore meu netinho
Que vovó manda plantar.”
 Em outra encarnação, Pai Antonio teria sido um médico respeitado na região serrana do Rio de Janeiro. Vem desta encarnação o seu conhecimento da medicina.
Em uma outra ocasião, numa pequena reunião de cinco pessoas, um protetor caboclo descarregava os maus fluidos de uma senhora, enquanto também incorporado, um preto velho, Pai Antônio, fumava um cachimbo, observando a descarga.
Cuidado, caboclo! - Avisou o preto. - O coração dessa filha não está batendo de acordo com o pulso.
- Como é que Pai Antônio viu isso? Deixe verificar, pediu um médico presente à sessão.
Depois da verificação, confirmou o aviso do preto, que o surpreendeu de novo, emitindo um termo técnico da medicina e explicando que o fenômeno não provinha, como acreditava o clínico, de suas causa fisiológicas, porém de ação fluídica, tanto que terminada a descarga, se restabelecia a circulação normal no organismo da dama. E assim aconteceu.
O doutor, então, quis conversar sobre a sua ciência com o espírito humilde do preto, e, antes de meia hora, confessava, com um sorriso, e sem despeito, que o negro abordara assuntos que ele ainda não tivera oportunidade de versar e estranhava:

-Pai Antonio não pode ser o espírito de um preto da África e não se compreende que baixe para fumar cachimbo e falar língua inferior ao cassanje¹.
Foram muitas as curas praticadas por Pai Antonio. Outra pequena história, contada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas em uma de suas gravações, fala sobre o Pai Antonio, nos mostrando o conhecimento que esse espírito possui sobre as plantas presentes na natureza. Certa vez, o deputado federal José Meirelles foi em busca da cura de sua filha e em uma consulta com Pai Antonio, ele lhe respondeu:
-Vai a tua casa, no último canteiro vai mexer a terra e encontrará algumas raízes, vai cozinhar essas raízes e dar a sua filha que ela estará curada.
Era a batata da angélica, porque não havia naquela ocasião flores, as batatas estavam somente de baixo da terra.
A menina ficou curada e, após certo tempo, o deputado fundou uma das sete primeiras tendas por ordem do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Em outro ponto cantado, Pai Antonio mostrou seu conhecimento da medicina:
“Da licença Pai Antonio,
Que eu não vim lhe visitar,
Eu estou muito doente,
Vim pra você me curar.
Se a doença for feitiço,
Bulalá em seu gongá,
Se a doença for de Deus,
Ah, Pai Antonio vai curar.
Coitado de Pai Antonio,
Preto Velho curandô,
Foi parar na detenção ai,
Por não ter um defensor.
Pai Antonio é quimbanda, é curandô,
Pai Antonio é quimbanda, é curandô,
É pai de mesa, é curandô,
É pai de mesa, é curandô,
Pai Antonio é quimbanda, é curandô,
Pai Antonio é quimbanda, é curandô."
 Foi a última das entidades a parar de trabalhar com Zélio Fernandino de Moraes e acompanhou seu médium até o final de sua vida.
 ¹ Dialeto crioulo do português falado nessa região; por ext. português mal falado e escrito.