QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU!
Alguém
já ouviu falar sobre a roda da vida? Esse é um conceito que se aplica muito bem
à jornada das inúmeras vidas pelas quais passamos para nosso engrandecimento e
evolução. A roda da vida nunca pára, ela está sempre girando pois as vidas
estão sempre se renovando.
Ainda
bem que é assim, pois imaginem como seria difícil aprender tudo que precisamos
se não tivéssemos mais de uma oportunidade para isso... Para melhorar um pouco
mais a nossa situação, Deus nos permitiu a criação de laços afetivos e a
formação de afinidades com aqueles que nos ajudarão a crescer e caminhar, para
que possamos ter amparo daqueles que nos são caros e resgatar o que for
necessário para desenvolvimento e evolução espiritual.
O
processo de reencarnação é muito importante para o Espírito, pois permite seu
aperfeiçoamento através das relações interpessoais e experiências que serão
vividas em cada uma das existências. Cada vez que é permitido a um Espírito voltar
à Terra, geralmente esse retorno acontece dentro dos laços de afinidade que já
existem. No núcleo familiar a espiritualidade planeja os reajustes. Não que ele
não ocorra fora da família, mas dentro da família é mais fácil se manter os
laços mais duradouros, devido à ligação consangüínea, necessários para o
cumprimento da missão a que eles se destinaram.
As
famílias são montadas na Terra, mediante um planejamento reencarnatório e esse
planejamento obedece à justiça divina. Essa justiça irá atuar de acordo com a
evolução de cada um e com a necessidade da missão a que se destinaram, observando
sempre o crescimento moral de todos.
A
família terrena é formada por espíritos que, entre si, tem alguma sintonia e
que tem a necessidade de reencarnarem unidos em um mesmo grupo para que possam
ir apoiando uns aos outros ou então resgatando os erros do passado. Alguns
recebem filhos que serão parte da missão que a família tem que cumprir, outros
recebem entes muito queridos que auxiliarão os pais no processo evolutivo,
outros ainda recebem espíritos com os quais os tenham alguma dívida, que possa
ser resgata através do carinho, da educação e do comprometimento moral. Ou seja, são diversas as situações e inúmeros
os motivos para que um espírito venha como pai ou filho, vai depender de sua
necessidade e de seu merecimento.
A
encarnação dentro do elo familiar manterá os pais e os filhos mais próximos,
criando condições para que haja um vínculo forte de amor. Ao renascerem sob o
mesmo teto, estarão anestesiados pela sábia lei do esquecimento do passado, caminhando
em direção ao apreço mútuo, ao perdão recíproco e à missão de crescimento que desfará
as cadeias de desafeto e os unirá por laços fraternos.
Segundo
André Luis nos ensina, a ligação entre os pais e os filhos inicia mesmo antes
da formação do feto. Os pais são solicitados no astral algum tempo antes da
fecundação. Normalmente durante os seus repousos noturnos, quando seus
perispíritos, parcialmente desligados do corpo, são levados até um Espírito de
alta envergadura espiritual encarregado de auxiliar no processo de entendimento
e aceitação da nova vida a ser gerada.
Mesmo
antes de acontecer a relação sexual, os mapas reencarnatórios já começam a ser
traçados, indicando a nova missão que se cumprirá na Terra. Muitas vezes,
quando não há urgência em reencarnar ou culpas e remorsos, são feitos estudos e uma laboriosa sindicância é feita em torno
das circunstancias que envolvem os futuros pais, acertando a forma de fazer com
que suas vidas se cruzem a fim de dar continuidade ao planejamento espiritual.
Um
aspecto importante para entender com relação aos filhos é que eles não herdam
características psicológicas, como inteligência, dotes artísticos,
temperamento, bom ou mau gosto, simpatia ou antipatia, doçura ou agressividade.
Somente características físicas são geneticamente transmissíveis: cor da pele,
dos olhos, ou dos cabelos, tendência a esta ou àquela conformação física, etc. Cada
espírito é único e diferente e, embora possam ter certas características em
comum ou muito semelhantes, cada um é um universo próprio. Até mesmo gêmeos
univitelinos, ou seja, gerados a partir do mesmo ovo, trazem a similaridade de
certos traços físicos, mas diferenças fundamentais de temperamento e caráter.
No que se refere à ligação do corpo com o espírito, O livro
dos Espíritos diz que a união começa na concepção, mas não se completa senão no
momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para
tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai
encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o choro da
criança marca o momento em que a criança entra para o grupo dos vivos.
No intervalo da concepção ao nascimento, o Espírito não está
ainda encarnado, mas ligado ao corpo. Desde o instante da concepção, certa
magnetização começa a envolver o espírito, para que esse possa retornar a uma
nova existência. No intervalo entre a concepção e o nascimento, seu estado é
mais ou menos como o de um encarnado durante o sono. À medida que o momento do
nascimento se aproxima, suas idéias vão se apagando, assim como a lembrança do
passado também vai se apagando quando inicia a magnetização para preparar para
encarnação.
Um
aspecto interessante a respeito do assunto é o fato de alguns fetos responderem
aos estímulos emocionais dados pelos pais durante o período de gestação. Diz-se
que o feto grava sobre tudo as emoções maternas.
Se a gestante produzir sentimentos felizes, o bebê sente-se amparado no processo
de nascer. Cultivar a relação carinhosa desde o início da gestação, conversar
com o bebê e ter uma relação afetuosa em todos os aspectos que envolvam o feto,
é importante, não só para estabelecimento dos laços emocionais, mas também para
garantir um fluxo de energia harmonioso entre a mãe e o feto. Esse fluxo de
energia harmonioso será responsável por garantir a formação coerente dos
centros de energia vital espalhados pelo corpo perispiritual da vida que se
forma, auxiliando assim na garantia da execução correta dos reflexos físicos
integrantes do seu corpo material.
Outra informação importante é que durante a gravidez, o fluxo
de energia entre a mãe e o feto é constante, assim, forma-se um grande campo
fluídico onde a mãe está habilitada a sentir as impressões que nortearão a
existência do filho, bem como o filho estará submetido às impressões emocionais
da mãe. Há um aumento da sensibilidade e por vezes, a mãe pode sim,
experimentar sensações que não são suas, mas sim, do feto.
Quando
passa pela infância, o Espírito está como que num repouso de atividade mais
intensa do seu eu. A partir daí se torna mais acessível às impressões que
recebe, porque o cérebro novo registrará novas informações e novos estímulos.
Costuma apresentar-se mais dócil, porque se encontra dependente para com os
seus responsáveis na vida terrena.
Entretanto é importante lembrar que as crianças não são almas recém-criadas por Deus. São espíritos
com certa experiência e desenvolvimento, pois já viveram muitas vidas
anteriormente. Trazem como bagagem espiritual as conseqüências de seus acertos
e também de seus erros. Assim, muitos têm gravados no seu corpo carnal,
caracteres que ajudam a identificar o resgate ou a missão que terá que cumprir.
Nem todo problema de saúde é conseqüência de uma outra vida. Mas muitas vezes,
outras vidas deixam gravadas no perispírito características de outras
experiências que podem refletir na saúde do indivíduo.
Outra
questão importante a respeito do assunto é o que diz respeito à missão dos pais
em relação aos filhos e dos filhos em relação aos pais. Terminados os nove
meses de gestação, o ser vem ao mundo e é alimentado por sua mãe. Uma tarefa
aparentemente comum, simples e sem significado, mas que encerra uma comunicação
enorme entre o espírito reencarnante e a mãe, pois que é o primeiro contato
físico e a troca de sentimentos profundos. Já aí se inicia o processo da educação,
o momento em que se precisa fazer mesmo o impossível para facilitar ou dar
condições para o amadurecimento no bem e para a evolução constante.
Os deveres dos pais para com os filhos são os de orientar,
educar e auxiliar no crescimento e compreensão do mundo, dando cuidados,
alimentação, carinho e corrigindo-os quando necessário. Por outro lado,
entende-se que os deveres dos filhos são os de amar, respeitar e cuidar dos
seus pais, aproveitar as orientações recebidas, assumir posturas dignas e de
respeito, buscar crescer e desenvolver-se como uma pessoa responsável dentro da
sociedade e gerar uma família equilibrada que será a base para a formação e
aperfeiçoamento de novos Espíritos em processo reencarnatório.
Parte
dessa missão de educar, que é inerente aos pais deve ser voltada para auxiliar
a espiritualidade na proteção do Lar. A realização do Evangelho no lar facilita com que o espírito que se encontra ligado à mãe também receba os ensinamentos do Mestre e
as vibrações dos espíritos superiores que se aproximarão para participar da
reunião. No momento em que os pais fazem contato com os fundamentos da
Doutrina, os filhos já estão sendo beneficiados.
Filhos
são uma benção de Deus para toda a família. É muito séria a responsabilidade de
ser pai e, por esse motivo, é comum que se planeje a gravidez. Essa, porém não
é uma regra para que se garanta que a gestação seguiu seu caminho planejado
espiritualmente. Muitas vezes acontece de não se escolher o momento dessa
concepção. A gravidez que ocorre mesmo utilizando métodos contraceptivos,
muitas vezes acontece nos casos de compromisso espiritual, onde não é permitido
escolher se deseja ou não ter o filho ou até mesmo o momento dele chegar.
Algumas vezes o criador espera pacientemente o movimento interior dos seus
filhos. Mas se chega a hora de dar continuidade à missão assumida no espaço, o
fluxo da vida continua apesar do planejamento e a mulher passa a ser o terreno
fértil para semear o amor incondicional.
Os
envolvidos no processo de gestação são:
- Pais – Atuam fornecendo os elementos físicos e
espirituais, auxiliando através da sua força mental a formar o molde físico.
- Espírito Reencarnante – Atua junto com os pais
na formação do corpo físico.
- Anjo da Guarda, Protetor Espiritual – Fica
muito próximo durante a gravidez, protege a mãe e o filho (segundo o
merecimento) das energias hostis. Os amigos espirituais também se aproximam
para visitar e ajudar no que for possível, levando vibrações de otimismo e fé
para a família.
- Equipe Reencarnacionista (Construtores) – São
os responsáveis pelo processo de reencarnação, atuam protegendo e auxiliando e
estão presentes mesmo quando a mãe não realiza sua parte na tarefa divina que
lhe foi outorgada. Sua ajuda tem limites e está diretamente vinculada á conduta
da mãe.
- Espíritos Superiores – Embora os anjos do
senhor estejam em uma faixa de vibração quase imperceptível, eles estão sempre
presentes atuando de forma definitiva para o bom andamento da missão de
reencarnação.
Bom
irmãos, esse assunto ainda tem para nos dar muito pano pra manga, mas por hoje
ficamos por aqui, com a certeza de que a gravidez é uma benção divina. O
importante é fazer o melhor que se puder e se dedicar com amor e carinho aos
que necessitam e que estão conosco em nosso caminho. Por este motivo, o
compromisso de amar, educar e formar deve sempre ser honrado pois depende de
nós o que podemos fazer. Devemos nos dedicar ao máximo a fim de vencer os
obstáculos e servir de exemplo para todos os que nos cercam, tendo a certeza da
graça recebida e da responsabilidade confiada a cada um.
Um
grande beijo para todos,
Com
amor, Nise.
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