sábado, 29 de setembro de 2012

A LIÇÃO DE PAI TOMÉ


História inspirada por Vovó Benta
No Templo de Umbanda Vozes de Aruanda
Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery



Constantemente os benfeitores espirituais nos colocam situações, diante das quais percebemos a grandiosidade dessa da técnica de desdobramento astral, conhecida como apometria, na cura.  Aliada ao Evangelho de Jesus, nos torna não somente instrumentos curadores, como também manipuladores e transformadores de energias. Tais situações nos fazem perceber nossa pequenez diante da grandiosidade do Universo e desses comandantes que nos regem a nível espiritual. Todos os dias, sob todos os aspectos, temos tudo a aprender consolidando a realidade de estar encarnado nesse abençoado planeta-escola com uma oportunidade da qual não podemos desdenhar.
Naquela noite, após o atendimento normal da agenda, apresentou-se um espírito pedindo oportunidade para nos contar sua história. Estava acompanhado por um preto velho, o qual já conhecíamos pois era trabalhador da Casa. Pelo cordão brilhante que saía de sua nuca, deduzimos tratar-se de um ser encarnado em desdobramento do sono, o que imediatamente suscitou dúvidas em nossa mente acostumada a tudo interrogar.
– Como poderia alguém encarnado estar ali presente se não havíamos solicitado pelos costumeiros “pulsos energéticos” o seu desdobramento? Captando a dúvida, o bondoso preto velho nos assegurou de que ele não vinha para atendimento, e sim, sob sua tutela para nos trazer aprendizado. Ligado ao médium, o nosso amigo iniciou sua narrativa:
- Encarcerado dentro de um corpo frágil e adoentado, além da idiotia que me acomete no físico, sou uma espécie diferente aos olhos dos que passam pela rua e me vêem sentado na porta de minha casa.
- “Coitado! Seria melhor morrer” - É comum ouvir esta frase. Ou então, a mãe passando com o filho pela mão, naturalmente manifesta:
- “Meu filho, se você não obedecer, vou te entregar para aquele homem feio”.
Outras vezes, mulheres grávidas evitam olhar-me para que seus bebês que foram projetados perfeitos e saudáveis, não venham a ser iguais a esta bestialidade humana.
Minha consciência mais profunda está recebendo e percebendo tudo isso, porém presa dentro da cela que eu mesmo criei no passado, não posso reagir. Se sofro com isso hoje? É inevitável. Se me revolto? Não, a minha consciência sabe que é um mal necessário.
Nas poucas vezes em que me é permitido "voar" para longe deste corpo eu já tenho caminho traçado. Vou me refugiar nos braços de Pai Tomé. Lá está ele, na sua humilde tenda, cantarolando ou assobiando, enquanto mexe nas suas ervas. Negro velho mandingueiro sabe quando chego, sente minha presença e trata logo de sentar-se em seu toco, acender o pito e com uma risada gostosa inicia a doutrinação. Conversamos por horas a fio e saio de lá me sentindo gente, apesar de tudo. Não sei quando foi a primeira vez que o visitei. Acho que na noite em que minha mãe foi àquele Centro de Umbanda, desesperada pois achou que desta vez a convulsão iria me matar. Ele estava lá, incorporado em outra pessoa e me deu seu "endereço".
Hoje, a cada visita que meu espírito faz ao bom negro velho, algo se modifica no meu corpo físico. Já consegui deixar de babar constantemente, melhorando assim meu aspecto. Até já sou capaz de chorar, sem fazer aquele grunhido horrível, vejam só! Tudo por conta das mandingas de Pai Tomé que por saber de minha verdadeira história, me ajuda com muito amor.
Precisou que eu quebrasse meu orgulho para aceitar tal ajuda, pois estou em colheita de um plantio desastroso. Em encarnação anterior, vivi como feitor de uma rica fazenda e com maldade cobrindo meu coração, além de outras coisas, eu era um verdadeiro matador de aluguel. Cheguei ao cúmulo de fazer filho com escrava para poder vender mestiço nas feiras do porto, como "escravo especial". Hoje estou tendo essa benéfica oportunidade e mesmo encarcerado num corpo limitado, com uma mente debilitada, de cor negra, aspecto físico sem nenhum atrativo, servindo de modelo do ridículo para muita gente, estou aprendendo que tenho muito mais do que mereço.
Um dia desses, chorei muito quando Pai Tomé me fez relembrar quem foi ele naquela minha desastrosa encarnação, e por momentos me senti muito mal, vindo a ter fortes convulsões no físico. Não fosse o bom velho me chamar à realidade, teria desencarnado para fugir...
Ele foi naquele passado um "mestiço especial" que eu vendera como escravo.
Não há nada mais doloroso do que a fúria de um remorso. Dores ou limitações físicas são um pequeno nada para uma encarnação, diante de lembranças de nossos plantios infames.
Pai Tomé, entre outras coisas me ensina o auto-perdão e sobre a bondade divina em nos dar um corpo físico aliado ao esquecimento. Mas me ensina também que esse "esquecimento" não pode servir como desculpa para novos erros. Por isso, somos levados em espírito durante o sono para verificar certos pontos que precisam ser revistos em nossa história. Ele me diz que nem sempre lembramos do aprendizado sonambúlico, mas que ele está registrado à nossa disposição, para uso em momentos propícios.
Me restam alguns anos ainda nessa vida, porém nem a dor, a pobreza e o desleixo de meus familiares é pior do que imaginar voltando sem ter expurgado esse lixo todo que agreguei no meu corpo espiritual. Quero a renovação e se essa me custa tanto, sei que o preço fui eu mesmo que estipulei. Nada me foi imposto.
Colheitas... de um plantio impensado. Apenas colheitas!
Após despedir-se agradecido, aquele menino voltou ao seu corpo físico que dormia no leito pobre onde nascera, deixando-nos emocionados e calados. Todos retornamos aos nossos lares pensativos, refletindo sobre o que ouvíramos naquela noite.
Em ocasião posterior, o caso foi comentado e alguém nos propôs que deveríamos solicitar ao Pai Tomé um atendimento apométrico para o menino, uma vez que estando encarnado, isso possibilitaria uma melhora dos sintomas físicos. Com as técnicas decoradas, já deduzimos que tratando seu Corpo Astral, por ser ele o Modelo Organizador Biológico, poderíamos quem sabe, melhorar sua aparência. No final do debate, antes do encerramento sentimos forte cheiro de ervas e imediatamente Pai Tomé apresentou-se através de um médium e nos esclareceu:
- “Pai velho admira e abraça os filhos pela boa vontade demonstrada em auxiliar o meu menino. Mas posso afirmar que a tentativa seria muito proveitosa em espírito renitente na aceitação do resgate cármico a que se impôs, o que não acontece com ele. Como viram, meu menino está espiritualmente lúcido e aceitando a colheita. Seu Corpo Astral, por ser constituído de matéria moldável, foi plasmado em encarnação anterior por seus próprios atos insanos.
Sempre é assim meus irmãos. Enquanto na carne, nossos atos e pensamentos modelam a nova encarnação, além de nos conduzir no após morte para estância de luz ou trevas. Deus não castiga ninguém, disso sois sabedores, Ele apenas nos deu o livre-arbítrio e todas as oportunidades de escolhas nos são colocadas à frente durante uma vida. Não nos faltará assistência espiritual e mesmo que seja através da dor, o expurgo se faz necessário para drenar do agregado espiritual os ácidos ali impregnados.
Nossos pensamentos modelam o nosso futuro Corpo Mental, nossas emoções o Corpo Astral e assim quando reencarnamos trazemos gravados em nossos átomos aquilo que precisa ser melhorado. Por isso surgem as dificuldades a serem vencidas e, não haveria mérito se aqui estivéssemos só para sofrer sem que isso trouxesse alguma lição e aprendizado.
Essa drenagem se dá através do nosso Corpo Etérico que intermediando o Corpo Físico e o Corpo Astral, atua como usina recicladora através do trabalho dos nossos Chakras, repassando para o Corpo Físico que age como mata-borrão. Todas as doenças, sejam físicas ou psíquicas nada mais são que limpeza de nosso corpo espiritual como um todo. Por isso aconselho os filhos dessa Seara para que sempre respeitem as leis em qualquer atendimento ou ajuda a que forem induzidos. Procurem sempre verificar se existe interesse e vontade em receber essa ajuda da apometria, seja pela pessoa necessitada se essa estiver consciente, ou por parte de familiares quando esse estiver incapacitado de raciocínio próprio, para que não ultrapassem a barreira do livre-arbítrio, contrariando assim as Leis Divinas.
Sois sabedores que Apometria é manipulação energética. E energia é coisa séria meus filhos, assim como ela nos dá o poder de provocar uma modificação na matéria, através do poder mental, sendo regida pela lei da causalidade produzirá sempre um efeito, seja imediato ou tardio. Existem coisas no Universo de meu Deus que podem e devem ser mudadas, mas sempre respeitando a vontade e exigindo esforço próprio de cada criatura ligada ao fato. Porém, Essa prática deve sempre ser colocada à luz da razão, nunca querendo realizar “milagres” que possam comprometer o trabalho laborioso do grupo, adquirindo com isso um carma coletivo. O equilíbrio e a compreensão de limite, aliados à sabedoria e o amor serão os temperos que farão sempre com que os filhos possam auxiliar sem se macular.
Mais uma vez a lição do bom amigo espiritual colocada com tanta humildade e sabedoria, fez com que vários membros do grupo que ainda tinham preconceito com a presença dos pretos velhos nos trabalhos de cura através de desdobramento astral,  repensassem sobre isso.
Fiquem em Paz.

(Texto enviado por Wânia)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

DESENCARNES COLETIVOS


(O texto abaixo foi baseado em outro escrito por Hélio Cruz, apoiado em estudos diversos. Foram feitas algumas modificações para adequá-lo ao aprendizado que recebemos em Nossa Casa).


A morte é um dos problemas mais difíceis de ser enfrentado, pois é sempre vista como mistério. Todos nós temos compromissos de reajuste perante a Lei que rege o Universo.
Prezados irmãos e amigos, não pretendo com essa mensagem modificar o pensamento das pessoas. Apenas estou passando uma informação, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas.

Por que tantos morrem juntos em desastres? Haverá explicação para tantas ocorrências “aparentemente inexplicáveis”?

Para os que professam determinadas religiões, é impossível compreender o sentido divino dessas tragédias, porque acreditam piamente que o homem vive na Terra uma vez somente. Agora, para aqueles que admitem que já viveram antes, fica mais fácil.
As grandes comoções que ocorrem na vida material trazem sempre enormes indagações e dúvidas por parte daqueles que ainda não adquiriram conhecimentos das verdades evangélicas a respeito da “Lei de Causa e Efeito” e das vidas sucessivas. Por este motivo, em determinados momentos de confusão mental e de dúvidas terríveis, as criaturas chegam a questionar o próprio Criador: Por que permitiu uma coisa dessas?
Esses acontecimentos, chamados catastróficos, como por exemplo, acidentes aéreos, marítimos, rodoviários, ferroviários e, hoje em dia, até por ato terrorista, que ocorrem com grupos de pessoas, muitas delas sem se conhecerem sequer, com famílias inteiras, em toda uma cidade ou até em uma nação, não são punições divinas. Geralmente são resgates coletivos que várias pessoas, juntas, precisam passar. Na realidade, essas pessoas atingidas estão marcadas, nos registros da espiritualidade, para participarem dessas desencarnações coletivas.
Não se pode negar aqui que possa haver a fatalidade, pois ela acontece algumas vezes. Então, é dada uma nova chance do recomeço após instrução sobre as causas do ocorrido. Entretanto, no que se refere às mortes coletivas, isso não é o mais comum.
Se analisarmos esses fatos unicamente pelas causas humanas, poder-se-ia chegar à conclusão da má sorte de se estar exatamente naquele lugar e naquele momento. Entretanto, quando se expande esta compreensão e nela se agrega a lei de causa e efeito e o princípio das vidas sucessivas, o cenário começa a fazer sentido. Podemos entender que nessas mortes coletivas há um encontro marcado de Espíritos que foram protagonistas de equívocos de comportamento e que na atual estada na Terra, estão zerando as suas pendências.
Toda ação que praticamos, boa ou má, recebemos de volta. Nosso passado determina o nosso presente, ou seja, o que temos hoje é reflexo direto do nosso ontem. Se o raciocínio vale na escala individual, por que não valeria também para a escala coletiva?
Na provação coletiva, dá-se a convocação dos Espíritos encarnados, participantes do mesmo delito ou de outros semelhantes, praticados num pretérito longínquo. Pode-se citar como exemplos de delitos as Cruzadas, a Inquisição, as Guerras, os atentados terroristas e outros similares, isto é, uma gama de violências e absurdos, em que todos os participantes só se livram das dívidas quitando-as.
Mas por que só agora? Perguntarão. É que somos Espíritos em aprendizado e, por este motivo, vamos adiando por várias encarnações a expiação necessária, até que haja o entendimento necessário à respeito da importância desse tipo de resgate. Assim, quando há compreensão, muitas vezes o próprio Espírito errante pede permissão para cumprir o que é necessário para seu adiantamento.
O interessante é que o próprio Espírito assume, antes de reencarnar, esse compromisso com o propósito de resgatar esses velhos débitos. No livro Ação e Reação, André Luiz afirma esse fato: “Nós mesmos é que criamos o carma e este gera o determinismo”.
Quando é chegada a hora do desencarne coletivo, a Espiritualidade superior, possuindo o conhecimento prévio desses fatos, providencia equipes de socorro para a assistência a esses Espíritos que irão adentrar no plano espiritual. Que passam a estar prontos para experimentar novas experiências engrandecedoras.
É importante saber que, mesmo que o desencarne coletivo ocorra identicamente para todos, individualmente, a situação dos traumas e do despertar no outro plano dependerá da evolução de cada um. Desse modo, a Providência Divina ampara tanto àqueles que assumiram tais resgates aflitivos e estarão prontos para a vida no reino dos Céus, quanto aqueles que ainda caminharão por estradas sinuosas ao longo da caminhada evolutiva.
Há aqueles que escapam minutos antes dos acidentes coletivos, por não precisarem passar por essa situação.   É por isso que muitos perdem o avião, o trem, o ônibus que se acidentaria dali a pouco, enquanto outros viajam nesses meios de locomoção inesperadamente.
Segundo um ensinamento evangélico, “Não cai uma só folha da árvore sem que Deus saiba”. E, com toda certeza, as mortes coletivas são parte da generosidade divina para com seus filhos, pois permite que eles alcancem o melhoramento através de sua resignação e experiência na Terra.

 (Texto enviado por Teresa)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

UM VIVA ÀS CRIANCINHAS!!!


Hoje é dia das Nossas Criancinhas! Dia da Ibejada! Que essas almas puras e inocentes nos coroem com sua alegria, nos protegendo dos maus pensamentos, das más vibrações! 
Que um dia, o mundo possa ser somente das crianças felizes, sem tristezas e sem mazelas! Que todas possam ter um agasalho numa noite de frio, um afago carinhoso na hora de dormir e alimento para o corpo, pois sua pureza já supre sua alma!

Muito obrigada por tudo!!!! 

Salve a Ibejada! Salve todas as criancinhas de Aruanda!!!!

Muita bala de coco e peteca pra todos vocês!

Um grande abraço, 

Família CEENC

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

DIÁLOGO DE LEONARDO BOFF COM DALAI LAMA

(Mensagem enviada por Jacqueline)


No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, perguntei a Dalai Lama, em meu inglês capenga: "Santidade, qual é a melhor religião?"
Esperava que ele dissesse: “É o budismo tibetano” ou “São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo”.
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos e o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta, e afirmou: “A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te transforma para melhor”.
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar: “O que me faz melhor?”
Respondeu ele: “Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável. A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião para você”.
Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.



domingo, 23 de setembro de 2012

O QUE ACONTECE NO CÉU QUANDO ORAMOS?


(Mensagem enviada por Sr. João Alves)

Sonhei que fui pro Céu e um anjo estava me mostrando o lugar. Caminhávamos lado a lado por um "escritório" cheio de anjos. Meu anjo-da-guarda parou em frente à primeira seção e me disse:
-“Essa é a seção dos Recebimentos. Aqui, todos os desejos pedidos a Deus em oração são recebidos.”
Olhei ao redor e estava tudo muito movimentado, com muitos anjos selecionando pedidos em volumosas folhas de papel e recados de gente do mundo todo.  E aí continuamos a descer por um longo corredor até chegarmos na segunda seção. Então o anjo me disse:
- “Essa é a seção de Empacotamento e Entregas. Aqui, as graças e bênçãos pedidas pelas pessoas são processadas e entregues aos que as pediram”.
Percebi novamente como o lugar estava. Havia muitos anjos trabalhando naquela seção, pois várias bençãos tinham sido pedidas e estavam sendo empacotadas para a entrega na Terra.

Finalmente, bem distante, no fim daquele corredor, paramos em frente a uma porta. Para minha surpresa, havia somente um anjo sentado ali, sem fazer nada.
-“Essa é a seção do Reconhecimento”, disse-me o anjo, parecendo envergonhado. 
-“Como assim não há nenhum trabalho sendo desempenhado aqui?” Perguntei.
-“É mesmo muito triste”, o anjo suspirou. “Depois que recebem as bênçãos que pediram, muito poucos retornam para o reconhecimento”.
-“E como podemos reconhecer as bençãos de Deus?”, perguntei-lhe.
-“Simples”, o anjo respondeu. “É só dizer, Obrigado Senhor”. 
-“E quais bençãos deveriam ser reconhecidas?”, novamente perguntei. 
-“Se você tem comida em sua geladeira, roupas sobre você, um teto e uma cama para dormir você é mais rico do que muitas das pessoas desse mundo. Se você tem dinheiro no banco, na sua carteira e o troco de uma refeição, está entre os pouquíssimos afortunados do mundo”.
-“Se acordou hoje com saúde, você é muito mais feliz que os muitos que não conseguirão nem ao menos sobreviver ao dia de hoje”.
-“Se nunca teve de provar o medo em uma guerra, a solidão da prisão, a agonia da tortura ou pontadas de fome no estômago, está melhor do que mais de 700 milhões de pessoas nesse mundo”. 
-“Se pode praticar a sua religião sem temer assédio, prisão, tortura ou morte, você é mais privilegiado que três bilhões de pessoas no mundo todo”. 
-“Se teus pais estão vivos ou estiveram ao seu lado durante parte de sua vida, você é ainda mais raro”.
-“Se pode erguer sua cabeça e sorrir, está entre poucos. Grande número de pessoas está mergulhada em dúvidas e desespero”. 
-“Está bem. Realmente é muita coisa para agradecer. E agora? Como posso começar?”, perguntei ao compreender o que ele dizia. Então ele respondeu:
-“Se agora você pode ler essas linhas transcritas de nossa conversa, recebeste uma dupla benção, pois é mais abençoado do que mais de dois bilhões de pessoas no mundo que não conseguem nem ao menos ler. Agradeça ao Pai por isso também”.
De resto, tenha um grande dia. Comece a reparar em todas as bênçãos que vem recebendo em sua vida... Conte aos seus irmãos, amigos, conhecidos, desconhecidos, afetos e desafetos o quanto temos a agradecer a Deus por tudo que ele nos deu e nos dá a cada dia. Não esqueça de lembrá-los do quanto abençoados e especiais nós somos.  

E para não deixar passar dessa vez....
  

ATENÇÃO
Ao Departamento de Reconhecimento
"Obrigado, Senhor, pela compreensão sobre tudo que fazes por mim. Obrigada pela oportunidade de ter amigos para dividir o que aprendi e também de poder agradecer ao Senhor por tê-los conhecido!
Atenciosamente,
Eu.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

SAI ENCOSTO!!!!!!

OBSESSÃO - UM BREVE ESTUDO
(Vídeo emprestado para ilustrar o assunto - Vale a pena ver!)




É tão bom viver livre... Há séculos a humanidade sonha e luta pela sua liberdade, seja ela de pensamento, de expressão, religiosa, física... Todo tipo de liberdade!
Porém, nós, estudiosos da vida espiritual, sabemos que muitas vezes essa liberdade sofre com as tentativas de dominação por parte de espíritos pouco esclarecidos que tentam dominar nossos pensamentos, nossas atitudes e, desta forma, agir através de nós, pelo mecanismo que o Espiritismo denomina obsessão. Alguns conhecem como encosto, vampiro, entre outros nomes, mas vamos chamar o espírito que tenta atuar sobre nós de obsessor, ok?
É importante sabermos, que esse tipo de dominação nunca acontece sem a participação do encarnado (o obsidiado), seja por fraqueza, seja por opção.
Segundo os bons Espíritos, a abertura de canais para a obsessão pode estar ligada à diversos fatores, dentre eles a dificuldade de se concentrar em ideias otimistas, indisposição inexplicável, tristeza sem razão, aborrecimentos não esclarecidos, irritações, depressão e tantos outros motivos.
Quase sempre ocorrem por essas razões:
·      Vingança contra desafetos do passado.
·      Desejo de fazer os outros sofrerem, quase sempre por ignorância, inveja, covardia, etc..
·      Desejo de impor as suas idéias para dominar, desunir, destruir.
·      Divertimento com a impaciência da vítima, a qual, ao se zangar, acaba cedendo às suas investidas e,
·      Apego a pessoas por ligações afetivas do passado.
O meio mais eficaz de combater a obsessão, levando à sua cura, é através da mudança interior de quem sofre a dominação, quebrando - se, assim, o elo entre a vítima e o algoz. a aquisição de sentimentos elevados é condição importante para o fortalecimento da alma, a fim de que ela resista às más sugestões.
É importante também levar o Espírito obsessor ao esclarecimento dos princípios doutrinários (aquilo que os mentores fazem nas mesas), para que ele entenda e ao mesmo tempo receba passes de fortalecimento perispiritual.
De modo geral, todos os homens estão sujeitos à obsessa, mas os médiuns, certamente, mais que os outros, enlaçados em tremendas provas, devem aprender, sem desanimar. E servir ao bem, sem esmorecer.
Assim, para garantirmos a nossa própria proteção contra as más influências, precisamos ter em mente o que nos diz o Evangelho: ”Ajuda a ti mesmo e o céu te ajudará.” Entendendo que nossos atos geram consequências para nós mesmos, sejam eles bons ou ruins. Então, não custa nada lembrar mais uma vez: Sempre ORAI E VIGIAI pois assim terá sempre a liberdade com a qual Deus te presenteou!
Queria ler para vocês um trechinho do Livro de André Luiz que fala sobre o assunto (Nos Domínios da Mediunidade):
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“O supervisor da reunião, Clementino, nos aproximou de jovem senhora (encarnada), concentrada em oração, acompanhada de um cavalheiro (encarnado), na pequena fila dos enfermos que, naquela noite, receberiam assistência naquela casa. Afagando-lhe a cabeça, o supervisor observou: Auxiliaremos a manifestação do infeliz companheiro que a vampiriza, não somente com o objetivo de socorrê-lo, mas também com o propósito de estudarmos.
André Luiz observou a dama, ainda muito moça, inclinada para o homem irrepreensivelmente trajado que a amparava de perto. O mentor do recinto afastou-se para coordenar a manifestação, enquanto outro mentor, Áulus, passou a esclarecer-nos sobre o que acontecia. Indicando-nos o casal, informou:  São ambos marido e mulher num relacionamento de provação.
Foi nesse momento que os guardiões espirituais permitiram o acesso do obsessor à moça.
Ele se apresentava como um louco desencarnado. Com perispírito denso. Aparentava indiscutível alienação mental, com olhar turvo, e  inquietação indisfarçável. Sua cabeça ferida mostrava uma úlcera na garganta. Aproximou-se da jovem doente, como um grande felino sobre a presa. A simpática senhora começou a ficar transfigurada. Tentava falar, contudo a voz era um assobio desagradável.
Raul, médium participante da reunião, sob o comando de Clementino, aplicou energias magnéticas sobre a médium, que então conseguiu se expressar: Filha desnaturada!... Criminosa! criminosa!... Nada te salva! Não quero socorro... Quero estar contigo para que estejas comigo! Não te perdoarei, não te perdoarei!... A justiça está em mim. Sou o advogado de minha própria causa e a vingança é o meu único recurso...
Raul, sob a inspiração do mentor que o acompanhava, passou a falar-lhe dos valores e vantagens da humildade, do perdão e do amor, enquanto Aulus nos esclarecia:
- Neste momento, nossa irmã apresenta a glote perturbada. Não consegue exprimir-se senão em voz rouquenha, quebrando as palavras. Isso porque o nosso irmão torturado lhe transmite as próprias sensações, obrigando-a a copiar o seu modo de ser.
Em sua vida atual, nossa amiga é um enigma para os familiares. Moça de notável procedência, possui cultura, entretanto, sempre se comporta de modo chocante, evidenciando desequilíbrios ocultos. A princípio, era somente a insatisfação e a melancolia, ocasionando crises de nervos e distúrbios circulatórios. Doente, desde a puberdade, foi levada a vários médicos e submetida a vários procedimentos sem que seu quadro se alterasse.
Logo após, conheceu o cavalheiro que vemos aqui, o qual decidiu casar-se com ela, por estar convencido de que o casamento lhe faria bem. Ao invés disso, a situação se lhe agravou. A gravidez logo chegou e nossa irmã doente, que deveria receber o perseguidor nos braços maternos, auxiliando-lhe a aquisição de novo destino, teve medo. Interrompeu o trabalho que lhe era destinado. Essa situação foi o canal que favoreceu a influência do adversário.
Atualmente atravessa um período de repouso em família, permitindo que o esposo experimente o concurso do Espiritismo.
Nosso corpo físico é a síntese das irradiações da alma. Não há órgãos em harmonia sem pensamentos equilibrados, como não há ordem sem inteligência.
A dominação permanecia, enquanto Raul falava ao espírito revoltado:
- Perdoa, meu irmão, e o caminho mudará — dizia Raul, com amor.  Desculpando, somos desculpados. Todos temos dívidas... Não desejará ajudar para que seja também ajudado?
Não posso, não posso...  chorava o in­feliz.
O mentor então, apontando o casal com a mão direita, esclareceu a situação aos observadores:
- A tragédia de nossa irmã vem de longe. Em uma aristocrática mansão do século que passou, o viúvo abastado que criara a moça com desvelado carinho, não concordou com a escolha de esposo feita por ela. O moço não lhe agradava. Parecia mais interessado em suas finanças do na felicidade dela. Fazendo o possível para afastá-la dele, o viúvo tomava medidas legais para deserdá-la, quando o rapaz, explorando a paixão da moça, convenceu-a de eliminá-lo com medicamentos e pequena dose de veneno.
Após o período de luto, a jovem herdeira enriqueceu o marido, porém, em pouco tempo, percebeu que o esposo era jogador inveterado e libertino, que acabou por deixá-la em profunda miséria moral e física. Desde então, o viúvo desencarnado se prendeu a ela, com fome de vingança, submetendo-a a horríveis tormentos.
       Nos planos inferiores da vida espiritual, nossa irmã ainda vagueou por muito tempo na faixa de ódio do viúvo. Atualmente, em nova etapa de luta, tem o pensamento ligado ao dele. Atravessou a infância e a puberdade, sofrendo sua influência à distância. Entretanto, quando o inimigo de outra época reapareceu na condição de marido atual, com a tarefa de ajudar a companheira e reeducá-la, o obsessor aproveitou-se e tirou seu equilíbrio.
Hoje se encontram nessa situação, em que os laços de afinidade, ainda fortes nos sentimentos de vingança, se fazem presentes, impedindo o adiantamento moral da vítima e do algoz”.
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E então? O que vocês acham necessário que os dois façam para que consigam se desvencilhar dessa ligação tão prejudicial?