terça-feira, 30 de julho de 2013

UMA VISÃO ESPÍRITA SOBRE O CASAMENTO

(Texto enviado por Anna Stella)


Existe um tema que, pelo momento que estou passando no ano de 2013, me despertou imensa curiosidade: O CASAMENTO!
No Livro dos Espíritos, vemos a resposta dada à pergunta 695:
“695. Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?”
“É um progresso na marcha da Humanidade.”
O ser humano é uma criatura sociável que necessita do convívio com outros seres para desenvolver-se e por em prática os ensinamentos adquiridos. O resultado natural do amor é o casamento, quando a meta é o relacionamento afetivo, companheiro, gerador de família e de amizade.
O casamento, segundo a visão que a Doutrina Espírita nos apresenta é a união de duas pessoas que se reencontram para se auxiliarem, mutuamente, em busca do progresso e deve ser baseado no amor, acima de tudo, além do respeito, carinho, amizade, afinidade, cumplicidade e compromisso.
Como na vida ninguém foi feito para viver sozinho, até mesmo quando pensamos estar sozinhos, há sempre um amigo ou irmão ao qual devotamos nossos mais sinceros sentimentos e que no auxilia com palavras, gestos de carinho...
Na verdade, o enlace matrimonial é o compromisso de crescimento a dois; Crescimento espiritual, moral e intelectual, no rumo da perfeição relativa, onde duas pessoas que se amam e se respeitam seguem juntas o caminho, um amparando o outro, com muita responsabilidade no compromisso que firmou na espiritualidade.
O casamento representa um alto estágio de evolução do ser, quando se reveste de respeito e consideração pelo cônjuge, firmando-se na fidelidade e nos compromissos da camaradagem, independente do tempo de duração deste casamento.
Para o Espiritismo, o casamento se concretiza pelo compromisso moral dos cônjuges e é assumido perante o altar da consciência no Templo do Universo. Naturalmente, o casamento civil é um dever a ser cumprido pelos espíritas, porque legitima a união perante as leis vigentes, que asseguram ao homem e à mulher direitos e deveres.
Casar é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges.
A família é um importante reduto para o aprimoramento dos seres, por reunir o ambiente propício para o aconchego, refúgio e tantos outros adjetivos básicos à vida...
Deus une os seres da forma mais pura, ou seja, pelo sentimento, de coração para coração. Nesta união ninguém deve interferir por ciúme, inveja ou qualquer outro tipo de sentimento negativo.
Quando vemos um casal feliz, desejamos para nós aquela felicidade e isso é natural. A harmonia existe porque aquelas almas se completam, qualquer uma delas, ao se relacionar com outra pessoa, não alcançaria a mesma harmonia e a felicidade teria uma intensidade menor. Precisamos entender que para termos a felicidade semelhante a outro casal, não é necessário destruirmos a união do casal, mas tão somente atingir o mesmo nível de harmonização.
Segundo o autor do texto original, João Batista Armani, na visão Espírita, o Casamento pode ser entendido conforme qualificação a seguir:
·               Casual: Primeiro encontro de duas criaturas, para iniciar, pela primeira vez, uma história juntas.
·               Provatório: Reencontro de espíritos de diferentes graus de adiantamento espiritual, que no passado desentenderam-se e, por isso, voltam  a encarnar para superar as provas a que forem submetidos e progredirem.
·               Expiatório: Em vidas anteriores marido e mulher erraram muito. Reencarnam em novo lar, para corrigir os erros cometidos, é um casamento de resgate.
·               Sacrificial: União de um espírito um tanto evoluído com outro menos evoluído com o fim de auxiliá-lo a progredir.
·               Afins: Espíritos evoluídos com sentimentos elevados, que se amam verdadeiramente. Corações afetuosos, juntos com objetivos supremos para, aliados, adiantarem-se espiritualmente.
Não sabemos em qual categoria nos achamos, mas não existe o acaso, ninguém se acha sob o mesmo teto por mera casualidade.
Deus permite, nas famílias, encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos com o duplo fim de servir de prova a uns e de avanço aos outros. Os bons tem campo de trabalho. Os maus se melhoram pouco a pouco com os cuidados que recebem; seu caráter se modifica, os hábitos se melhoram, as antipatias desaparecem.
Além da eliminação das “arestas” produzidas pela nossa própria inferioridade, a vida em família é também um ponto de referência que nos ajuda a manter o contato com a realidade. As pessoas de nosso convívio apontam nossas falhas, para corrigirmos os desvios de conduta.
Os cônjuges, em sua grande parte, não percebem que na associação conjugal, uma alma não se funde à outra; Permanece cada qual com seus gostos e seus desgostos, caminho afora. Casar quer dizer adaptar-se ou ajustar-se. Casar é ter os mesmos ideais, as mesmas preocupações, os mesmos sentimentos e as mesmas aspirações e não, ser a mesma pessoa. Certos momentos, em um relacionamento, aparecem as divergências, comuns à pessoas diferentes. Mas elas não devem ser encaradas como obstáculos intransponíveis, mas oportunidades de conversar e esclarecer a conduta a ser tomada a benefício do casal. Vale sempre lembrar que:
O perdão é o treino da compreensão. Se procurarmos compreender o familiar sem criticar, identificaremos seus momentos menos felizes e não nos magoaremos.
A tolerância é o treino da aceitação. Cada ser humano está numa faixa de evolução. Não podemos exigir mais do que tem para dar. E ninguém é intrinsecamente mau. As pessoas tendem a comportar-se da maneira como as vemos. Estar sempre apontando defeitos pode ser uma maneira de fazê-las crescer, mas identificar pequenas virtudes é a melhor forma de desenvolvê-las.
A atenção é o treino do diálogo. Quando os componentes de uma família perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa o lar. É preciso saber ouvir, dar atenção ao que dizem os familiares e, principalmente, reconhecer que nos momentos de divergência eles podem estar com a razão.
O respeito é o treino da educação. É grande o número de lares onde as pessoas discutem, brigam, xingam-se e até se agridem, gerando uma atmosfera psíquica irrespirável que torna todos nervosos e infelizes. O problema é falta de auto-educação, a disciplina das emoções, reconhecendo que sem respeito pelos outros caímos na agressividade.
A renúncia é o treino da doação. Há algo de fundamental para nós, sem o que nossa alma definha. Chama-se amor! Quantos lares estariam ajustados e felizes; quantas separações jamais seriam cogitadas, se num relacionamento familiar, pais e filhos, marido e mulher, irmãos e irmãs transmitissem carinho com mais freqüência àqueles que habitam sob o mesmo teto?
Há muitas maneiras de manifestar carinho por aqueles que realmente nos são importantes: um bilhete singelo, a lembrança de uma data, o elogio sincero, o reconhecimento de um benefício, a saudação alegre, a brincadeira amiga, o prato mais caprichado, o diálogo fraterno, o toque carinhoso...  Para tanto é preciso que aprendamos a renunciar. Renunciar à imposição agressiva de nossos desejos; renunciar às reclamações e cobranças ácidas; renunciar às críticas ferinas; renunciar ao mutismo e a cara amarrada quando nos contrariam... Renunciar, enfim, a nós mesmos, vendo naqueles que a sabedoria divina colocou em nosso caminho a gloriosa oportunidade de trabalhar com Deus na edificação dos corações.
O lar é o laboratório de experiências nobres em busca de avanços morais e espirituais, onde os seres se depuram em preparo para realizações mais elevadas nos Domínios do Criador. Treinemos na família menor, habilitando-nos para o serviço à família maior... A Humanidade inteira.
Finalizando o texto, não podemos deixar de lembrar o que Emmanuel nos ensina: A felicidade existe sim, porém, para usufruí-la no Outro Mundo, precisamos aqui na Terra admitir “que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho que avança”.

(Com base no texto original de João Batista Armani – CASAMENTO – Extraído do endereço: www.portaldoespirito.org.br)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

SALUBA NANÃ BURUQUÊ


            
(Mensagem enviada por Ademir)
Nanã é um Orixá com energia feminina e muitos são os mistérios guardados por essa sábia Senhora. É conhecida como avó por ser uma das primeiras energias a serem formadas, a primeira dentre os Orixás femininos.
Ela está presente não só na Umbanda mas também no Candomblé e, na Igreja Católica, é sincretizada com Nossa Senhora Sant’Ana.
Uma das características de Nanã é a de reger sobre a Maturidade, prezando bastante o lado racional das pessoas. De reações bem equilibradas, a energia de Nanã, procura manter seus filhos de fé sempre no caminho da sabedoria. Suas decisões sábias designam sua atuação na justiça de forma majestosa.
Nesse campo, seus filhos agem de forma muito discreta, evitando mostrarem-se. A energia de Nanã não admite nenhuma forma de conduta desonesta, como a traição, o roubo... Não admite que tenham atitudes ou ações indiscretas e lesivas a outrem. Seus filhos, quando não seguem a conduta esperada deles, acabam por se cobrar muito mais e se sentirem ainda piores por não ter seguido o que sabiam ser certo.
Mas como uma verdadeira avó, Nanã dispensa a seus filhos uma energia muito carinhosa, acolhendo as dores de seus filhos de fé e dando aconchego em seu colo, mostrando o caminho para a autolibertação e perdão pessoal. Orixá de energia austera, sem explosões emocionais, emana a seus filhos a necessidade de atuarem com o mesmo comportamento, criando assim, um código de conduta eterno e irrevogável.
Nanã tem associação com as águas paradas, como a lama dos pântanos, o lodo do fundo dos rios e dos mares. É considerada o ponto de união dos elementos água e terra dando surgimento ao barro. Orixá regente das enchentes. Se encarrega de encaminhar, juntamente com Iansã e Omulu aqueles que fazem a passagem. Sua energia auxilia a purificação através da decantação dos vícios e impurezas da alma. Atua sobre a memória estimulando o esquecimento, diluindo as energias do ser até adormecê-lo de suas necessidades terrenas. Momento então em que estará pronto para uma nova vida, desvencilhado das angústias da vida passada e pronto para vivenciar um novo renascer.
Os filhos de Nanã, aqueles que são coroados por essa energia, são calmos e benevolentes. Dignos e gentis, tendo uma afeição incrível com crianças, mostrando muitas vezes carinho e compreensão em excesso. Mais podem se tornar exigentes cobrando respeito e atenção. Normalmente não possuem um senso de humor muito desenvolvido. Preocupam-se bastante com as questões da caridade a ser praticada aos que necessitam. Aparentam idade biológica (intelectual e moral) maior do que a cronológica.
Nanã é considerada o Orixá da família, representada com a meia lua ou minguante. Sua cor é o lilás e as ervas que atuam em sua vibração, dentre outras, são o manjericão de folha roxa, flores crisântemo branco e roxo, rosas e palmas brancas. Sua saudação é “Saluba Nanã; Saluba Nanã Buruquê” (Dona do Pote de Terra).
A incorporação na Umbanda é calma, com movimentos das mãos de forma circular e a curvatura do médium muito semelhante à incorporação dos Pretos velhos. 

Nanã
Minha mãe é Nanã
É o orixá mais velho do céu!
Nanã, ô Nanã Buruquê.....
Firma seus filhos
Agora eu quero ver!
Senhora Santana
Dai-nos vossa proteção!
Valei-nos avó de Aruanda!
Valei-nos com sua Benção!
Com seu manto Sagrado!
Com sua estrela bendita!
Valei-nos Senhora Nanã
Livrai-nos das horas aflitas!

Oração a Nanã
Santa Senhora das águas escondidas, aos pés de Jesus Cristo rogai por nós. Que ao Filtrar as águas de nosso Planeta, resgate-as, terna Senhora, e as acomode em lençóis subterrâneos. Então, traze-as de volta à superfície, leves e cristalinas, líquido divino, bendito do Senhor, indispensável a todos os tipos de vida terrestre. Demonstras não só um amor imensurável por todos os seres, mas imanta-nos com sua sabedoria infinita.
Santa Senhora, dona de Pântanos e Brejos, início da existência, concede-nos, querida vovó, a transformação de nossas dores físicas e espirituais. A cura dos males que destroem a humanidade. A cura do vício que degrada o homem. A cura do desamor que extingue  a paz. Faça brotar em cada um de nós, querida Nanã, a fonte viva da fé em Jesus. Que ao bebermos dessa verdadeira água, possamos libertar-nos, aprender a perdoar e perdoando, sermos perdoados. E que na marcha da evolução rumo à transformação possamos alcançar a verdadeira vida… A vida eterna! Que assim seja!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

AS MINHAS MUITAS ATIVIDADES

(Enviada por Jorge Valle)

Constantemente encontramos pessoas indispostas e queixosas, diante dos compromissos que assumiram espontaneamente, ou que tiveram que assumir, premidas pela necessidade. Muitas delas, tornadas infelizes, passam a não fazer bem feito o que têm aos seus cuidados, sob mil alegações, tais como:
"Não ganho para isso...", "Ninguém me dá valor...", "Estou estressado com tantas coisas...", "Enquanto me acabo, há outros que não fazem nada...".
E outras alegações, que apenas ampliam dificuldades. É verdade que vemos mães e pais de família sobrecarregados diante dos deveres domésticos que lhes pesam. Os compromissos de cuidar do lar, da família e da profissão, ao mesmo tempo, provocam desgastes e cansaço, indiscutivelmente.
No entanto, partindo-se do princípio de que Deus não concede um fardo maior do que as forças de quem o vai conduzir, como estabelece a voz popular, constatamos que os aborrecimentos são injustificados.
Concebendo-se a perfeição das Leis Divinas em tudo, também esse rol de atividades e de lutas está sob o foco dessa Divina Perfeição.
Por outro lado, a adoção das reclamações e do mau humor permanente não solucionará os problemas, nem diminuirá os deveres à frente deles. Antes, ampliará as torturas sob as quais a pessoa alega viver.
Você pode escolher: fazer o que tem que fazer com raiva, má vontade, e tornar seu dia terrível. Ou, fazer o que você tem que fazer conservando a calma, a paciência, e buscando nessas atividades algo que lhe ensine sobre a vida. Você ainda pode verificar se realmente não está trabalhando demais, cansando-se demais, em virtude de querer ter mais coisas, de desejar manter um padrão de vida econômico e financeiro melhor. Se for por isso, a reclamação é indevida.
A situação só depende de você para ser resolvida. Se você é compelido a essas múltiplas atividades, porque elas são vitais para o equilíbrio social da família, da sua vida; se não há modo de alterar esse quadro, sem graves prejuízos, para você e os seus, então, você está em meio a vicissitudes importantes para o reequilíbrio geral, perante as Leis de Deus.
Se a sua jornada múltipla atende a necessidades intransponíveis, seja numa fase da sua vida ou seja durante toda a vida terrena, pense na importância disso para o seu reajustamento espiritual.
Pense na sementeira abençoada para o próximo futuro. Veja, por outro lado, que você trabalha muito agora, sim, e censura os que nada ou muito pouco fazem, no campo dos seus conhecimentos.
Avalie que esta situação que essas pessoas vivem hoje em dia, de modo displicente, cria para elas a necessidade do reacerto com as Leis Eternas, no porvir.
A diferença entre elas e você é que você já se encontra em franco processo de reajustamento, respondendo pela má utilização do tempo em épocas passadas.

Faça tudo com alegria íntima, porque você está em rota de libertação. O que lhe dói não é o trabalho em si, pois o trabalho é Lei de Deus. O que o atormenta é o preço do resgate, caracterizado pela indiferença do mundo para com a sua luta particular.
Da próxima vez que você pensar e lamentar a respeito de suas muitas atividades, lembre-se disso: o trabalho é oportunidade maravilhosa de crescimento interior.
Texto baseado no capítulo 23 do livro “Para uso diário”, do Espírito Joanes, psicografado  por José Raul Teixeira,

Adaptado pelo Coordenador da Segunda Mesa de Estudos Espíritas
E QUE A MISSÃO SEJA SEMPRE CUMPRIDA COM FÉ, AMOR E CARIDADE AO PRÓXIMO!


sexta-feira, 19 de julho de 2013

O MUNDO E O MAL

(Enviada por Jorge Valle)

Em certo trecho do Evangelho, Jesus faz uma longa oração pelos Seus discípulos.
Nessa oração, Ele pede a Deus que não os tire do mundo, mas que os livre do mal.
Esse trecho da prece do Cristo suscita as mais interessantes reflexões.
Nos centros religiosos, há sempre grande número de pessoas preocupadas com a ideia da morte.
Muitas não creem na paz, nem no amor, senão em planos diferentes da Terra.
A maioria aguarda situações imaginárias e injustificáveis em seu futuro espiritual.
Nessa expectativa de um amanhã rosado e glorioso, esquecem o esforço próprio.
Não fazem o possível para tornar melhor o mundo em que vivem.
Olvidam a bênção do trabalho, da disciplina e da perseverança.
Envolvem-se o mínimo possível com o sofrimento alheio.
Parecem achar que a vida na Terra é simplesmente algo a ser suportado.
Quanto antes passar, da forma mais automática possível, mais rapidamente entrarão na posse de uma felicidade perfeita.
Contudo, o anseio de morrer para ser feliz é enfermidade do Espírito.
Afinal, orando ao Pai por Seus discípulos, Jesus não rogou para que fossem retirados do mundo.
Pediu apenas que fossem libertos do mal.
Trata-se de um eloquente sinal de que o importante para as criaturas não consiste em trocar de domicílio.
Na Terra ou no Plano Espiritual, continuam as mesmas.
O mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam.
A Terra, em si, sempre foi boa.
De sua lama, brotam lírios de delicado aroma.
Sua natureza maternal é repositório de maravilhosos milagres que se repetem todos os dias.
De nada adianta alguém partir do planeta, quando seus males não foram exterminados convenientemente.
Em tais circunstâncias, a imensa maioria dos homens se assemelha aos portadores das chamadas moléstias incuráveis.
Podem trocar de residência.
Mas a mudança é quase nada, se as feridas os acompanham.
O relevante é embelezar o mundo e aprimorá-lo.
E isso se realiza mediante a transformação moral dos homens.
Nessa linha, cada ser humano é colocado no melhor contexto para que se aperfeiçoe.
Então, você não precisa morrer e nem mesmo trocar de vizinhança, de emprego, de família ou de país para ser feliz.
Necessita, sim, ser digno e generoso onde quer que a vida o tenha colocado.
Precisa aprender a perdoar e a dar de si, em vez de reclamar auxílio dos outros.
Quando se tornar trabalhador, desprendido, leal e bondoso, viverá em paz em qualquer ambiente.
Ainda que desafiado por fatores externos, possuirá um pedaço do céu em seu coração.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 30 do livro Caminho,
Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, ed. FEB.
Em 01.06.2012.

Adaptado pelo Coordenador da Segunda Mesa de Estudos Espíritas

E QUE A MISSÃO SEJA SEMPRE CUMPRIDA COM FÉ, AMOR E CARIDADE AO PRÓXIMO!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

HUMILDADE NA UMBANDA


Olá irmãos,
Dando prosseguimento ao estudo sobre as “palavrinhas mágicas” propostas pela nossa Guia Espiritual do CEENC, a Vovó Antonieta da Bahia, venho falar sobre a HUMILDADE NA UMBANDA.
Já foram estudadas em outros dias as seguintes “palavrinhas mágicas”: Harmonia, Concórdia, Companheirismo, Equipe, Compartilhamento, Conhecimento, Paz e Abnegação. Faltam ainda: Abdicação, Compromisso, Verdade, Resignação e Fraternidade.
Hoje venho falar de um tema que considero difícil: A HUMILDADE.
Para alguns pode ser fácil, pois ao escrever sobre a HUMILDADE NA UMBANDA, lembramos logo dos nossos Pretos-Velhos e Caboclos, os quais rapidamente associamos à Caridade, ao Amor, à Bondade, à Simplicidade e à Humildade.....que é a NOSSA UMBANDA!
O texto extraído do site do CEENC diz tudo:
"Você que fala da Umbanda
Não sabe o que a Umbanda é.
A Umbanda é força divina,
A Umbanda é pra quem tem fé.
A Umbanda é de Preto-Velho
E de Caboclo de pé no chão.
A Umbanda é de gente HUMILDE
Pois a Umbanda é amor e perdão"
(Extraído do Site do CEENC)
Porém, para mim, antes de falarmos de Humildade na Umbanda, temos que falar na humildade no dia-a-dia, na nossa vida e isso considero difícil....
Antes de começarmos, vamos recorrer ao nosso bom amigo dicionário.... Segundo o Dicionário Michaelis On-line: Humildade é: 1-Virtude com que manifestamos o sentimento de nossa fraqueza. 2-Modéstia. 3-Pobreza. 4-Demonstração de respeito, de submissão. 5-Inferioridade.
Após esse conceito nos voltemos às nossas vidas...
Hoje vivemos num mundo material de provas e expiações, no qual buscamos a sobrevivência e a competição constante, quer seja no trabalho ou em nossas buscas individuais. Por isso, alguns, erroneamente, podem levar a palavra humildade com os significados mencionados anteriormente: fraqueza, modéstia, pobreza, submissão e inferioridade. Porém a humildade vai muito além disso. Ela está relacionada com distinção, gentileza, lucidez, graciosidade e simplicidade. Ela é uma virtude distinta que não gosta de se mostrar ou aparecer, pois a pessoa humilde não acredita que ela mesma seja humilde. É só lembrar de qualquer conversa com um preto-velho que notamos isso... Uma pessoa humilde está sempre disposta a aprender e a deixar brotar no solo fértil da sua alma, a boa semente.
A humildade é a mais nobre de todas as virtudes pois somente ela predispõe o seu portador, à sabedoria real.
A humildade aprecia e valoriza a simplicidade, não busca poder ou prestígio e não tem preconceitos. A humildade é uma das características mais importantes que um médium de umbanda deve ter, pois ela é um caminho para servir ao próximo e a Deus, pois um servo deve ser simples e humilde para bem desempenhar o papel que se propôs a fazer.
Jesus Cristo foi o maior exemplo de humildade no nosso mundo, pois nasceu em uma manjedoura e dedicou toda sua vida a servir.     
Durante meu estudo sobre o tema, extraí e adaptei do texto Humildade x Orgulho (da Equipe de Redação do Momento Espírita) alguns exemplos sobre uma pessoa humilde:
“Quando uma pessoa humilde comete um erro, diz: "eu me equivoquei", pois sua intenção é aprender e crescer.
A pessoa humilde trabalha mais que a orgulhosa e, por essa razão, tem mais tempo.
A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas. Uma pessoa humilde se compromete e realiza.
A pessoa humilde diz: "eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser".
A pessoa humilde respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com todos.
O humilde sempre faz algo além da sua obrigação.
Uma pessoa humilde diz: "deve haver uma maneira melhor para fazer isto, e eu vou descobrir".
A pessoa humilde compartilha suas experiências com colegas e amigos.
A pessoa humilde está sempre disposta a ouvir todas as opiniões e a reter as melhores. Quem é humilde cresce sempre. A humildade é chave que abre as portas da perfeição.
O humilde reverencia ao Criador todos os dias, porque sabe que há muitas verdades que ainda desconhece.
Uma pessoa humilde defende as ideias que julga nobre, sem se importar de quem elas venham.
Você sabe por quê o mar é tão grande? Tão imenso? Tão poderoso? É porque foi humilde o bastante para colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios. Sabendo receber, tornou-se grande. Se quisesse ser o primeiro, se quisesse ficar acima de todos os rios, não seria mar, seria uma ilha. E certamente estaria isolado.
Pensem nisso!!!”
************************************************************
Finalizando o estudo de hoje, temos uma pergunta: Somos pessoas humildes?
Respondo por mim: Ainda não, mas vou tentar ser!!!!!!
E você ???
 “A Umbanda será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados.”
(Caboclo das Sete Encruzilhadas, 15 de novembro de 1908.)
 Abraço a todos, Magal.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

CONSULENTES E A ASSISTÊNCIA NA UMBANDA


Oi irmãos,
Hoje gostaria de falar sobre algo que considero bastante importante dentro da Nossa Religião:
CONSULENTES E A ASSISTÊNCIA NA UMBANDA

Muitas pessoas chegam aos Centros Umbandistas, assim como acontece nos diversos templos religiosos, em busca de orientação espiritual, em busca de preencher seus corações, em busca da compreensão sobre Deus e sobre a vida.... Mas a maioria absoluta chega buscando auxílio.  Nada mais natural do que procurarmos ajuda quando mais necessitamos. É para isso que a Umbanda existe, pregando a caridade pura e irrestrita!
Os Templos Umbandistas funcionam como verdadeiros hospitais para almas machucadas. Eles são habilitados a cuidar, tratar e, principalmente, ensinar a prevenir. Da mesma forma que os médicos cuidam do corpo, as entidades de luz tratam das feridas de nossas almas e procuram nos aplicar remédios que vão preencher o vazio que há dentro de cada um de nós...
Como costumamos ouvir por aí, existe um remédio para cada tipo de necessidade... E por mais que os remédios, por vezes, não tenham um gosto doce como esperamos encontrar quando precisamos, eles atuam diretamente na cura da mazela que nos incomoda, mesmo que não consigamos enxergar. Eles fortalecem nosso corpo, dão força ao nosso sistema imunológico, combatem os vírus e bactérias que não vemos e nos preparam para resistirmos aos seus ataques sem que fiquemos dependentes de sua utilização. Assim também é o tratamento espiritual.
As Entidades de Luz enxergam em nós os sintomas que ainda não conseguimos identificar. Observam manchas em nossos corpos fluídicos que podem dizer muito mais do que conseguimos imaginar. E a partir do que observam, aplicam a cada um de nós o tratamento que precisamos para curar nossos males espirituais. Nem sempre ouvimos o que esperamos, nem sempre somos tratados como achamos que fazemos jus... Mas com toda certeza, se formos humildes o suficiente para aceitar as nossas limitações e tivermos a nossa fé fortalecida em nosso Pai Celestial, no seu devido tempo, a luz Divina alcançará nossos corações e nos libertará daquilo que não buscamos para nós mesmos.
Observem que só nos curamos quando não buscamos o mal para nós. As entidades praticam a caridade através da manifestação do amor. Transmitem, aos que as procuram, tudo de si e do que sabem para auxiliar aos que necessitam. Entretanto, é parte fundamental do tratamento, que acreditemos na cura e paremos de buscar as fontes causadoras de nossas angústias. Boas energias são atraídas com bons pensamentos. Boas conquistas são alcançadas com boas atitudes. Querer se curar é fundamental para que obtenhamos bons resultados.
O tratamento na Umbanda acontece dentro da verdade de cada um. Toda Casa de Umbanda que segue os verdadeiros fundamentos da prática do amor e da caridade é protegida e imantada por Entidades de Luz que guardam e cercam o local de trabalho. Elas fazem a segurança contra a entrada de outros Espíritos que, por vezes, não nutrem os mesmos objetivos que a corrente da casa. Porém, há algo muito respeitado que se chama Livre Arbítrio. É esse Livre Arbítrio que nos permite decidir se queremos a proteção que nos é generosamente ofertada quando vibramos junto com a corrente de fé formada nos Templos ou se queremos atrair para perto de nós as energias inferiores que estão externas à Casa.
Aí nos perguntamos... Mas a guarda não teria que ser mais forte do que isso? Independente da minha vontade eu não teria que ser protegido? É nesse ponto que lembro mais uma vez do seu Livre Arbítrio.  A Casa Umbandista e todos os irmãos que participam das reuniões são e sempre serão protegidos. Contudo, se você, individualmente, decidir por atrair más energias, pensamentos negativos ou se concentrar em sentir algo que destoe da corrente que se forma na casa, com certeza exercerá o seu direito de atrair para você aquilo que você procura, sem que seja permitido emanar para os outros, o que você busca para si. É tudo uma questão de escolha e fé.
Todos aqueles que chegam a uma Casa Umbandista fundamentada e se sentam na assistência da mesma, fazem parte da corrente energética da Casa. Porém, como já nos ensinou o Mentor de Chico, Emmanuel, é preciso sempre atentar para três questões muito importantes: a Disciplina, a Disciplina e a Disciplina. Por isso, em uma Casa Umbandista, mesmo que você sinta que seus guias espirituais estão próximos de você (pois eles com certeza estão), eles não serão indisciplinados para querer que você incorpore se não for orientado a isso pela Dirigência da Casa ou pelos Guias Chefes.
Todos nós temos o controle sobre nosso corpo e sobre as sensações que percebemos. Sentir aproximação espiritual é bastante normal quando fazemos parte da corrente de um Centro Espírita, alguns sentem mais, outros menos. Portanto, se você está sentado na assistência, tenha certeza de que está protegido e de que os seus guias espirituais, dado o grau evolutivo bastante avançado que possuem, respeitarão a disciplina da Casa e incorporarão quando e se for dado permissão pela Casa. Nesse momento então, você será chamado pelas entidades para adentrar o salão de gira e elas pedirão que você se concentre para que haja a incorporação. Isso não acontece sem a sua vontade e nem muito menos, sem a permissão da Casa.
Outra situação que algumas vezes observamos nos dias de atendimento é o consulente chegar dizendo que não está se sentindo bem e não conter a sua ansiedade para que chegue a hora de ser tratado. Entretanto, como diz nossa Guia espiritual, Vovó Antonieta, “Alguém já viu um atestado de óbito em que na causa da morte esteja escrito: ESPÍRITO?” Acho muito improvável, não é? Todos nós podemos aguardar o momento de sermos chamados para tratamento. E, além disso, quando há algo que realmente não possa esperar (o que realmente pode acontecer), a própria Casa se encarrega de socorrer imediatamente, sob a orientação dos Guias de Luz. Por isso, temos que confiar na Casa que frequentamos, nas Entidades de Luz que se manifestam em nome de Deus, nos Médiuns da corrente e na firmeza da Guarda Espiritual que nos cerca.
Quando qualquer pessoa chega à Casa Umbandista, automaticamente ela já está sendo tratada. A casa é firmada e protegida para que nenhuma energia inferior possa atuar sobre quem não esteja procurando por isso. Se você busca por auxílio, aprenda a aguardar pelo remédio... Aquilo que você acha que precisa, nem sempre é o que você realmente precisa. Se você vai ao médico tratar um problema de saúde, não deve esperar que ele aplique a você o tratamento que você acha que funciona... Se não pra que ir ao médico se você já sabe o seu tratamento, não é mesmo?
Por diversas vezes já vi em Nossa Casa, pessoas chegarem à assistência e começarem a manifestar algo que afirmam ser uma incorporação, começarem a sacudir seus corpos como se uma força do além tomasse conta delas contra sua própria vontade... Mas como vimos, nada acontece contra a vontade de ninguém. Se você ficar atraindo energias para você, com certeza elas se aproximarão e, com certeza, você as sentirá! Contudo, não esqueça do alto nível de disciplina que os Bons Espíritos possuem e no respeito à Casa que com certeza têm... Baseados nisso, entendemos que se algo fugir ao que permite a Casa, não são os Espíritos de Luz que estão atuando sobre você! Nesse caso, como Vovó costuma nos ensinar, aquele Espírito que não respeita o solo sagrado que adentra, não merece atenção dos que trabalham pelo bem. No mesmo momento em que tenta chamar atenção com suas más condutas, não merece receber atenção daqueles que se dispõem à prática despretensiosa do bem. E assim, acabam por desistir de seus intentos...
Então você está querendo dizer que não há como Espíritos inferiores entrarem na Casa se um médium não ficar atraindo sua energia para si? Não foi isso que disse. Um Templo Umbandista, por ser um pronto-socorro espiritual, atende tanto aos encarnados quanto aos Espíritos que precisam de tratamento. Todavia, quando eles precisam de tratamento, são trazidos pelos próprios Espíritos de Luz, que visam alcançar a melhora das condições desses seres ainda tão materializados e ligados às energias terrenas e também daquelas pessoas que eles possam estar obsidiando (o famoso encosto). Assim, recebem a permissão de adentrarem a Casa e, nas mãos das entidades da Casa, se apresentam para que possam ser tratados e conduzidos aos seus lugares de destino. Esses Espíritos inferiores, sim, tem a permissão de estar dentro do Templo, por tempo determinado e com uma finalidade específica. De outra forma, não.
Bom irmãos, espero ter ajudado na compreensão desse aspecto tão importante da nossa religião. Espero que compreendamos a graça de sermos tratados pelas entidades de Luz e que tenhamos sempre humildade suficiente para aceitar o tratamento que nos for designado, com bastante fé, alegria e resignação.
Um forte abraço a todos...
Com amor,

Nise.

sábado, 13 de julho de 2013

AMIZADE PRECIOSA


Amizade é excelente presença de Deus no relacionamento das almas.
As referências à amizade se encontram desde o Antigo Testamento. É dito que quem encontrou um amigo possui um tesouro.
É Jesus que nos dá o exemplo da preciosa amizade. Compulsando os Evangelhos, nós O vemos rodeado pela multidão. Servindo. Curando. Amparando. Ensinando. Mas, nas noites estreladas, é na casa de Simão Pedro, que Ele distribui as lições mais íntimas.
Para o Seu colegiado, para aqueles homens que haviam deixado suas famílias, suas vidas, para viver uma nova vida, Ele oferece a Sua amizade. Compartilha Sua vida com eles. Não prescinde dos amigos.
Quando ia a Jerusalém, por lhe ser hostil à cidade, buscava refúgio na casa dos amigos de Betânia: Lázaro, Marta e Maria. Dedicava-se aos amigos. Quando Lázaro adoeceu, as irmãs o mandaram chamar nas distâncias da Peréia. Dois dias de viagem até Betânia. E o amigo veio.
Retirou Lázaro das sombras do túmulo, pois que não estava morto. Somente em estado letárgico. Devolveu-o à convivência da família pela qual Ele nutria amizade.
Quando adentrou a cidade de Jericó e avistou Zaqueu, o publicano, sobre a árvore, Ele o olhou e disse: Desce depressa. Porque hoje tenho de hospedar-me em tua casa.
Poderia dar a lição do Reino dos Céus ali mesmo. Afinal, o homem estava à espera Dele. Contudo, o Mestre fez questão de demonstrar a importância da amizade. Tenho de hospedar-me em tua casa. Zaqueu, então, preparou um banquete. O melhor, para o amigo que o acabara de conquistar.
Na ceia derradeira, Ele disse aos Apóstolos reunidos: Vós sois meus amigos... Já não vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo aquilo que ouvi de meu pai.
Após a sua morte, foi um amigo, José de Arimateia, que vai ter com Pilatos e requerer o corpo de Jesus. Receava que o lançassem a alguma vala comum. Como restassem apenas poucas horas antes do pôr-do-sol, ele ofereceu o seu próprio sepulcro novo para jazigo do corpo de Jesus.
Outro amigo de Jesus, Nicodemos, quis prestar ao Mestre um derradeiro serviço. Providenciou que se comprassem cem libras de essências odoríferas e um grande lençol de linho precioso para embalsamar-lhe o corpo.
*  *  *
Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida.
O amigo verdadeiro é, sempre, o emissário da ventura e da paz.
O amigo verdadeiro ampara nas horas tristes. Alegra-se com as alegrias do outro. Nada exige. Não impõe condições. Aceita o outro como ele se apresenta.
Se algo descobre de mau ou desagradável, no momento seguinte sugere, aconselha, sem imposição.
A amizade verdadeira não é cega, mas se enxerga defeitos nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim.
Nos trâmites da Terra, a amizade leal é a mais formosa modalidade de amor fraterno, que santifica os impulsos do coração nas lutas mais dolorosas e inquietantes da existência.

Redação do Momento Espírita
Adaptado pelo Coordenador da Segunda Mesa de Estudos Espíritas


E QUE A MISSÃO SEJA SEMPRE CUMPRIDA COM FÉ, AMOR E CARIDADE AO PRÓXIMO!