Ao chegar, cada
novo ano se reveste de promessas. É como o alvorecer de um novo dia, cheio de
sol, após a noite escura.
Embora o tempo,
qual o concebemos, não passe de ilusão, o Ano Novo é sempre esperança.
Por isso mesmo ele
é representado pela figura de um bebê, onde tudo é promessa.
O ano de dois mil
e doze tem uma característica muito especial. É bissexto.
Para muitas
pessoas isso significa que algumas coisas não devem ser feitas neste ano. Há os
que acreditam que não se deve casar. Outros afirmam que é um ano problemático e
já começam a mentalizar dificuldades. As piores.
Uns relacionam
suas crises financeiras a anos bissextos. Ou desilusões amorosas. Ou perdas
afetivas trágicas.
A verdade é que
muita gente acredita que o ano é impróprio para comprar casa ou iniciar a
construção de grandes obras.
Possivelmente
porque ignoram a verdade histórica e assim atribuem propriedades mágicas ao ano
bissexto.
O ano bissexto foi
criado em 1582, a pedido do Papa Gregório XIII, pelo alemão Cristhopher
Flavius.
É que, a cada
trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas, a Terra dá uma volta completa
em torno do sol. Mas o ano é contado como sendo de trezentos e sessenta e cinco
dias. Deixam-se as seis horas para serem contadas de quatro em quatro anos. Por
essa razão é que o quarto ano sempre tem um dia a mais, desde 1583.
O ano de 1582 teve
dez dias a menos, para descontar o erro que vinha se acumulando pelo calendário
juliano, antes utilizado.
Calendas, do latim calare
(proclamar) era a
designação do primeiro dia de qualquer mês do ano civil romano. O mês começava
dois dias após a lua nova, quando se proclamava a obrigação do pagamento de
certos tributos.
Com o calendário
gregoriano se aboliu a designação calendas para o primeiro dia do mês e se passou
a usar o número um para ele e os seguintes para aqueles que o sucediam.
O dia extra do
quarto ano foi inicialmente colocado no sexto dia antes das calendas de março.
Em latim: bis sexto ante calendas marti, ou seja
no dia vinte e três de fevereiro. Mais tarde se convencionou colocá-lo após
vinte e oito de fevereiro, o último dia do mês, contudo, a tradição se manteve
e o ano continuou a se chamar bissexto.
Como se vê, a
explicação é simples e racional. Nada de extraordinário, portanto, no ano
bissexto, a não ser a recriação das possibilidades de progredir que Deus
oferece.
O importante na
vida do Espírito são as etapas
vencidas, o saber adquirido através da experiência e as virtudes conquistadas
pela dor e pelo amor.
O futuro é sempre
a esperança que nutrimos de alcançar um estado melhor. E a realidade é o
presente eterno.
É assim que
devemos encarar o tempo e, particularmente, o Ano Novo.
Façamos
o propósito de alcançar no seu transcurso a maior soma possível de
aperfeiçoamento.
* * *
Muitos povos
continuam a observar o calendário juliano para efeitos religiosos. Por exemplo,
os ucranianos. É por este motivo que eles comemoram o Natal no dia sete de janeiro.
O dia sete de
janeiro coincide também com o dia do Santo Korchma (deus do sol), uma tradição
pagã cristianizada pelos ucranianos.
* * *
O tempo é a tua
oportunidade de realização. Aproveita-o com empenho.
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