terça-feira, 14 de maio de 2013

COMPANHEIRISMO NA UMBANDA - PARTE III


NOS EVENTOS
Procurar estar presente naqueles dias em que os irmãos estarão trabalhando para a casa é uma demonstração de espírito de grupo e coletividade. Além disso, mostra que, independente do que aconteça, você estará ao lado de seu irmão defendendo a causa que abraçou junto com ele. Isso inspira a confiança e reforça a certeza de poder contar com o outro, fortalecendo os laços de companheirismo dentro da Casa.
A falta de um membro desfalca o grupo e faz toda a diferença na hora do trabalho. Cada um tem uma habilidade e consequentemente uma importância para o grupo do qual faz parte. Aquele que falta poderia ser aquele a levar água num momento de calor; a oferecer uma cadeira para pernas cansadas; seria aquele a molhar a cabeça daqueles que trabalham sob sol escaldante; a substituir um dos irmãos para que ele tivesse oportunidade de almoçar. Cada um, a seu modo, é parte do que o grupo representa. A falta de um causa um vazio inestimável no grupo.
Todos precisam agir juntos, pensar juntos e principalmente estar juntos para que a caridade seja completa. Companheirismo é pensar que, se seu irmão pode dedicar um pouco do tempo dele à causa que também foi abraçada por você, com certeza, se você dedicar um pouquinho do seu tempo para auxiliá-lo nas atividades, o resultado será muito mais positivo para ele, que terá a sua ajuda; para você, que terá aplicado seu tempo em benefício da coletividade; e para a caridade em geral, que gerará bons frutos através de um trabalho solidário e coletivo. Isso é ser companheiro.

NAS ATIVIDADES DA CASA:
Nos dias de atividade espiritual, um companheiro é aquele que se conecta a seus irmãos através de bons pensamentos e boas atitudes. É aquele que percebe as necessidades da casa e dos irmãos e procura agir para que tudo seja realizado da melhor forma. Seja como médium, mantendo bons pensamentos na corrente e respondendo às solicitações dos guias; Seja como cambono, auxiliando o trabalho das entidades e dos irmãos que, por ventura, precisem de auxílio ou instrução; Seja como consulente, cuidando para se manter sempre de acordo com o que determina a Casa.
Ser companheiro é lembrar a seu irmão algo que ele possa ter esquecido. É ajudar a procurar aquilo que ele não estiver achando. É se preocupar em fazer com que todos tenham as mesmas condições de trabalho que você. É auxiliar o crescimento daqueles que te procuram pedindo ajuda. É se dispor a vibrar junto com a casa para que seu irmãos possam receber o auxílio daqueles que te guiam. É não se negar a se doar quando alguém clama pela sua intersecção. Ser companheiro é simplesmente se entregar por completo àquele momento de fé, abdicando de você em benefício do outro.
Nos dias de recolhimento espiritual, o bom companheiro sabe que seu auxílio é fundamental para a evolução do seu irmão. Quer estar perto por se sentir feliz em participar do momento de fé de seu irmão. Ajuda no preparo antes, durante e depois que ele já estiver recolhido. E, acima de tudo, faz por ele tudo aquilo que julga ser importante também para si, simplesmente por amor.

O CUMPRIMENTO DAS MISSÕES RECEBIDAS:
Na Casa Espírita, para ser companheiro é preciso cooperar com o irmão para que a missão que foi designada a ele se cumpra da melhor forma. Não se deve esperar ser procurado pelos irmãos que tem por função administrar algo dentro a casa, mas cuidar para estar sempre em dia com as suas responsabilidades, não deixando cair sobre os ombros de seus irmãos a preocupação de buscá-lo, a fim de que consiga realizar a missão a qual foi designado.

O RELACIONAMENTO SOCIAL ENTRE OS IRMÃOS:
Em uma Casa Umbandista, assim como num núcleo familiar, a garantia de que o outro esteja bem é essencial para a tranqüilidade geral. É preciso buscar saber se o irmão está passando por alguma necessidade. Nunca inventar necessidades que não existam para que seu irmão não se preocupe desnecessariamente. Um companheiro de verdade é capaz de vibrar com as alegrias de seu irmão e se compadecer dele no caso de um momento ruim.
Ser companheiro não é julgar as atitudes do outro. Não é dizer o que seu irmão deve fazer ou agir, mas emprestar seu ouvido para que ele fale e seu ombro para que ele chore sempre que precisar.
Um companheiro de verdade fica junto nos momentos de saúde, mas também na ausência dela. Ele ora para que Deus interceda positivamente na cura daqueles que ama. Procura ser as pernas quando do irmão que não pode andar; as mãos daquele que não pode segurar; e os olhos daquele que não tem como vigiar. Principalmente, não mede esforços para buscar uma solução para o problema pelo qual ele está passando, seja buscando uma erva que possa ajudar, seja indicando um médico para que ele se cure, seja trazendo otimismo quando ele perder a esperança.
Mas também, por outro lado, o companheiro fiel é aquele que não utiliza a boa vontade do irmão para obter vantagens desnecessárias. Que reconhece os limites e se satisfaz com que o outro tem para dar. Que não tenta obter ganhos pessoais através da generosidade daquele que lhe estende a mão. Sabe reconhecer o auxílio que recebe, não querendo obter vantagens pessoais da ajuda do irmãos, através da atividade que ele realiza para sobreviver.
Enfim, o verdadeiro companheiro é aquele que reconhece os seus próprios defeitos e cuida para que eles não interfiram negativamente na vida daqueles que o cercam.

Bom irmãos, como é importante em uma Casa Umbandista, poder contar com irmãos especiais que sabem ser verdadeiros companheiros!  Como é bom saber que Deus está sempre ao nosso lado e, além disso, nos envia seus companheiros fiéis para que cuidem de nós, nos instruam e nos guiem os passos na estrada da vida. Como é bom poder contar com a proteção constante daqueles que estão ao nosso lado, mesmo que não os vejamos e saber que nos guardam mesmo quando não os compreendemos.
Numa Casa de Umbanda, além dos Espíritos de Luz, nossos companheiros fiéis, podemos contar com o Dirigente Espiritual e com os irmãos da corrente. Quando pertencemos a um grupo como esse, precisamos vigiar para assumir com o coração a filosofia, a disciplina e o trabalho da Casa. Não podemos permitir que um irmão se esforce em nos ensinar, se doe e ofereça seu tempo e amor para ajudar na evolução de toda a Casa, enquanto nós nos permitimos o desvio de conduta, agindo de forma independente da vibração harmoniosa da Corrente. Isso não é ser companheiro. É preciso comprometimento no cuidado com sua família espiritual. É fundamental exercer a fidelidade ao Guia Chefe, ao Dirigente, e aos irmãos da corrente, mostrando maturidade suficiente para abdicar de si em função do próximo.
Lembremo-nos de valorizar as atitudes de nossos irmãos, afinal, eles fazem porque nos amam, não porque são obrigados. Façamos jus à confiança que eles depositam em nós, pois os verdadeiros companheiros de jornada são aqueles que se atraem desinteressadamente, dando valor à lealdade, à empatia e à honestidade.
No fim, é o companheirismo que faz de um grupo uma unidade de amor. É ele que reforça a solidariedade e incentiva a prática do bem. E é ele que une nossos corpos e nossos Espíritos em torno de um único sentimento fraterno e indestrutível que é o Amor!

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