(Enviada por Jorge Valle)
Constantemente
encontramos pessoas indispostas e queixosas, diante dos compromissos que
assumiram espontaneamente, ou que tiveram que assumir, premidas pela
necessidade. Muitas delas, tornadas infelizes, passam a não fazer bem feito o
que têm aos seus cuidados, sob mil alegações, tais como:
"Não ganho
para isso...", "Ninguém me dá valor...", "Estou estressado
com tantas coisas...", "Enquanto me acabo, há outros que não fazem
nada...".
E outras
alegações, que apenas ampliam dificuldades. É verdade que vemos mães e pais de
família sobrecarregados diante dos deveres domésticos que lhes pesam. Os
compromissos de cuidar do lar, da família e da profissão, ao mesmo tempo,
provocam desgastes e cansaço, indiscutivelmente.
No entanto, partindo-se
do princípio de que Deus não concede um fardo maior do que as forças de quem o
vai conduzir, como estabelece a voz popular, constatamos que os aborrecimentos
são injustificados.
Concebendo-se a
perfeição das Leis Divinas em tudo, também esse rol de atividades e de lutas
está sob o foco dessa Divina Perfeição.
Por outro lado, a
adoção das reclamações e do mau humor permanente não solucionará os problemas,
nem diminuirá os deveres à frente deles. Antes, ampliará as torturas sob as
quais a pessoa alega viver.
Você pode
escolher: fazer o que tem que fazer com raiva, má vontade, e tornar seu dia
terrível. Ou, fazer o que você tem que fazer conservando a calma, a paciência,
e buscando nessas atividades algo que lhe ensine sobre a vida. Você ainda pode
verificar se realmente não está trabalhando demais, cansando-se demais, em
virtude de querer ter mais coisas, de desejar manter um padrão de vida
econômico e financeiro melhor. Se for por isso, a reclamação é indevida.
A situação só
depende de você para ser resolvida. Se você é compelido a essas múltiplas
atividades, porque elas são vitais para o equilíbrio social da família, da sua
vida; se não há modo de alterar esse quadro, sem graves prejuízos, para você e
os seus, então, você está em meio a vicissitudes importantes para o
reequilíbrio geral, perante as Leis de Deus.
Se a sua jornada
múltipla atende a necessidades intransponíveis, seja numa fase da sua vida ou
seja durante toda a vida terrena, pense na importância disso para o seu
reajustamento espiritual.
Pense na
sementeira abençoada para o próximo futuro. Veja, por outro lado, que você
trabalha muito agora, sim, e censura os que nada ou muito pouco fazem, no campo
dos seus conhecimentos.
Avalie que esta
situação que essas pessoas vivem hoje em dia, de modo displicente, cria para
elas a necessidade do reacerto com as Leis Eternas, no porvir.
A diferença entre
elas e você é que você já se encontra em franco processo de reajustamento,
respondendo pela má utilização do tempo em épocas passadas.
Faça tudo com alegria
íntima, porque você está em rota de libertação. O que lhe dói não é o trabalho
em si, pois o trabalho é Lei de Deus. O que o atormenta é o preço do resgate,
caracterizado pela indiferença do mundo para com a sua luta particular.
Da próxima vez que
você pensar e lamentar a respeito de suas muitas atividades, lembre-se disso: o
trabalho é oportunidade maravilhosa de crescimento interior.
Texto baseado no
capítulo 23 do livro “Para uso diário”, do Espírito Joanes, psicografado por José Raul Teixeira,
Adaptado pelo Coordenador da Segunda
Mesa de Estudos Espíritas
E QUE A MISSÃO SEJA SEMPRE CUMPRIDA COM FÉ, AMOR E CARIDADE
AO PRÓXIMO!
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