(Texto enviado por Anna Stella)
Existe
um tema que, pelo momento que estou passando no ano de 2013, me despertou
imensa curiosidade: O CASAMENTO!
No
Livro dos Espíritos, vemos a resposta dada à pergunta 695:
“695. Será contrário à lei da
Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?”
“É um
progresso na marcha da Humanidade.”
O
ser humano é uma criatura sociável que necessita do convívio com outros seres
para desenvolver-se e por em prática os ensinamentos adquiridos. O resultado
natural do amor é o casamento, quando a meta é o relacionamento afetivo,
companheiro, gerador de família e de amizade.
O
casamento, segundo a visão que a Doutrina Espírita nos apresenta é a união de
duas pessoas que se reencontram para se auxiliarem, mutuamente, em busca do
progresso e deve ser baseado no amor, acima de tudo, além do respeito, carinho,
amizade, afinidade, cumplicidade e compromisso.
Como
na vida ninguém foi feito para viver sozinho, até mesmo quando pensamos estar
sozinhos, há sempre um amigo ou irmão ao qual devotamos nossos mais sinceros
sentimentos e que no auxilia com palavras, gestos de carinho...
Na
verdade, o enlace matrimonial é o compromisso de crescimento a dois;
Crescimento espiritual, moral e intelectual, no rumo da perfeição relativa,
onde duas pessoas que se amam e se respeitam seguem juntas o caminho, um
amparando o outro, com muita responsabilidade no compromisso que firmou na
espiritualidade.
O casamento
representa um alto estágio de evolução do ser, quando se reveste de respeito e
consideração pelo cônjuge, firmando-se na fidelidade e nos compromissos da
camaradagem, independente do tempo de duração deste casamento.
Para
o Espiritismo, o casamento se concretiza pelo compromisso moral dos cônjuges e
é assumido perante o altar da consciência no Templo do Universo.
Naturalmente, o casamento civil é um dever a ser cumprido pelos espíritas,
porque legitima a união perante as leis vigentes, que asseguram ao homem e à
mulher direitos e deveres.
Casar
é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa
e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges.
A
família é um importante reduto para o aprimoramento dos seres, por reunir o
ambiente propício para o aconchego, refúgio e tantos outros adjetivos básicos à
vida...
Deus
une os seres da forma mais pura, ou seja, pelo sentimento, de coração para
coração. Nesta união ninguém deve interferir por ciúme, inveja ou qualquer
outro tipo de sentimento negativo.
Quando
vemos um casal feliz, desejamos para nós aquela felicidade e isso é natural. A
harmonia existe porque aquelas almas se completam, qualquer uma delas, ao se
relacionar com outra pessoa, não alcançaria a mesma harmonia e a felicidade
teria uma intensidade menor. Precisamos entender que para termos a felicidade
semelhante a outro casal, não é necessário destruirmos a união do casal, mas
tão somente atingir o mesmo nível de harmonização.
Segundo
o autor do texto original, João Batista Armani, na visão Espírita, o Casamento
pode ser entendido conforme qualificação a seguir:
·
Casual: Primeiro encontro de duas criaturas,
para iniciar, pela primeira vez, uma história juntas.
·
Provatório: Reencontro de espíritos de
diferentes graus de adiantamento espiritual, que no passado desentenderam-se e,
por isso, voltam a encarnar para superar
as provas a que forem submetidos e progredirem.
·
Expiatório: Em vidas anteriores marido e mulher
erraram muito. Reencarnam em novo lar, para corrigir os erros cometidos, é um
casamento de resgate.
·
Sacrificial: União de um espírito um tanto
evoluído com outro menos evoluído com o fim de auxiliá-lo a progredir.
·
Afins: Espíritos evoluídos com sentimentos
elevados, que se amam verdadeiramente. Corações afetuosos, juntos com objetivos
supremos para, aliados, adiantarem-se espiritualmente.
Não
sabemos em qual categoria nos achamos, mas não existe o acaso, ninguém se acha
sob o mesmo teto por mera casualidade.
Deus
permite, nas famílias, encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos com o
duplo fim de servir de prova a uns e de avanço aos outros. Os bons tem campo de
trabalho. Os maus se melhoram pouco a pouco com os cuidados que recebem; seu
caráter se modifica, os hábitos se melhoram, as antipatias desaparecem.
Além
da eliminação das “arestas” produzidas pela nossa própria inferioridade, a vida
em família é também um ponto de referência que nos ajuda a manter o contato com
a realidade. As pessoas de nosso convívio apontam nossas falhas, para
corrigirmos os desvios de conduta.
Os
cônjuges, em sua grande parte, não percebem que na associação conjugal, uma
alma não se funde à outra; Permanece cada qual com seus gostos e seus
desgostos, caminho afora. Casar quer dizer adaptar-se ou ajustar-se. Casar é
ter os mesmos ideais, as mesmas preocupações, os mesmos sentimentos e as mesmas
aspirações e não, ser a mesma pessoa. Certos momentos, em um relacionamento,
aparecem as divergências, comuns à pessoas diferentes. Mas elas não devem ser
encaradas como obstáculos intransponíveis, mas oportunidades de conversar e
esclarecer a conduta a ser tomada a benefício do casal. Vale sempre lembrar que:
O perdão é o treino da
compreensão. Se procurarmos compreender o familiar sem criticar,
identificaremos seus momentos menos felizes e não nos magoaremos.
A tolerância é o treino da
aceitação. Cada ser humano está numa faixa de evolução. Não podemos
exigir mais do que tem para dar. E ninguém é intrinsecamente mau. As pessoas
tendem a comportar-se da maneira como as vemos. Estar sempre apontando defeitos
pode ser uma maneira de fazê-las crescer, mas identificar pequenas virtudes é a
melhor forma de desenvolvê-las.
A atenção é o treino do
diálogo. Quando os componentes de uma família perdem o gosto pela
conversa, a afetividade logo deixa o lar. É preciso saber ouvir, dar atenção ao
que dizem os familiares e, principalmente, reconhecer que nos momentos de
divergência eles podem estar com a razão.
O respeito é o treino da
educação. É grande o número de lares onde as pessoas discutem,
brigam, xingam-se e até se agridem, gerando uma atmosfera psíquica irrespirável
que torna todos nervosos e infelizes. O problema é falta de auto-educação, a
disciplina das emoções, reconhecendo que sem respeito pelos outros caímos na
agressividade.
A renúncia é o treino da
doação. Há algo de fundamental para nós, sem o que nossa alma
definha. Chama-se amor! Quantos lares estariam ajustados e felizes; quantas
separações jamais seriam cogitadas, se num relacionamento familiar, pais e
filhos, marido e mulher, irmãos e irmãs transmitissem carinho com mais
freqüência àqueles que habitam sob o mesmo teto?
Há
muitas maneiras de manifestar carinho por aqueles que realmente nos são
importantes: um bilhete singelo, a lembrança de uma data, o elogio sincero, o
reconhecimento de um benefício, a saudação alegre, a brincadeira amiga, o prato
mais caprichado, o diálogo fraterno, o toque carinhoso... Para tanto é preciso que aprendamos a
renunciar. Renunciar à imposição agressiva de nossos desejos; renunciar às
reclamações e cobranças ácidas; renunciar às críticas ferinas; renunciar ao
mutismo e a cara amarrada quando nos contrariam... Renunciar, enfim, a nós
mesmos, vendo naqueles que a sabedoria divina colocou em nosso caminho a
gloriosa oportunidade de trabalhar com Deus na edificação dos corações.
O
lar é o laboratório de experiências nobres em busca de avanços morais e espirituais,
onde os seres se depuram em preparo para realizações mais elevadas nos Domínios
do Criador. Treinemos na família menor, habilitando-nos para o serviço à
família maior... A Humanidade inteira.
Finalizando
o texto, não podemos deixar de lembrar o que Emmanuel nos ensina: A felicidade
existe sim, porém, para usufruí-la no Outro Mundo, precisamos aqui na Terra
admitir “que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no
caminho que avança”.
(Com base no texto original de João Batista Armani
– CASAMENTO – Extraído do endereço: www.portaldoespirito.org.br)
Linda explicação!!!! Que o casamento sempre sirva de experiência e crescimento na vida do ser humano...
ResponderExcluirMuito bom, gostei bastante.
ResponderExcluirTexto bonito. Mas a pessoa que é viúva e tem mais de 50 anos de idade, encontra a sua outra metade da laranja?
ResponderExcluirBom dia Douglas, a resposta e sim..
ExcluirEstou com 53, e minha princesa com 54, iremos nos casar no proxpró dia 24 de maio, e estamos muito felizes por nos reencontramos...um grande abraço, e não desista, a felicidade existe...
Que lindo! Axé irmão!
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