Texto enviado por Denison
baseado no conteúdo de
http://umbandaempaz.blogspot.com.br/
Conta-se que vovó Maria teria
nascido em 1728 na África, na região do Congo. Foi trazida ao Brasil ainda
menina, retirada cedo de sua tribo. Não sabia nada da vida e do mundo lá fora.
Foi vendida no Mercado de Negros do Rio de Janeiro para uma Fazenda de Café em
Minas Gerais, quase divisa com o estado de São Paulo. Nunca mais viu ou ouviu
falar de sua família.
Como tantos, obrigou-se a aprender
a língua dos brancos... Era calada e arredia. Foi adotada pelo amor de uma
negra da senzala que também havia perdido seus. Ela deu-lhe o nome de Maria,
pois sabia da história da mãe de Jesus e como ela sofreu por ter sido separada
do filho. Ninguém nunca soube seu nome na África - Maria nunca contou.
Maria então se tornou uma moça
bonita e prendada. Recebia olhares dos capatazes e dos homens brancos. Estava
com 17 anos. Decidiu que não queria essa vida e pensou em uma maneira de
escapar... Conheceu José, moço forte e destemido e tramaram a fuga. Em uma
noite encontraram-se com outros negros e fugiram, mas foram capturados,
castigados, separados e vendidos. Maria foi para outra fazenda no Nordeste e José
foi levado ao Sul. Pensaram que nunca mais se encontrariam e juraram que um dia
tentariam ficar juntos de novo.
Passaram-se vinte anos e Maria se
casara durante esse tempo com um dos capatazes da fazenda e tivera 4 filhos. Nessa
fazenda, os escravos eram tratados com menos dureza. Maria apaziguou seu
coração e seguiu trabalhando com amor e dedicação. Tornou-se a cozinheira da
fazenda e ganhou a confiança dos donos. Lembrava-se de José, mas como não o vira
mais, não sabia de seu paradeiro.
No sul, José foi trabalhar em uma
fazenda de gado leiteiro. Tentou se acostumar, mas não conseguiu. Sempre pensou
em fugir. Lembrava-se de Maria. Após 10 anos de duros trabalhos, José enfim
conseguiu escapar e iniciou sua jornada em busca de sua amada. Passou de
fazenda em fazenda e foi seguindo em direção ao nordeste brasileiro... Quando
estava quase desistindo de sua busca ouviu falar de uma negra bonita que
cozinhava para uma fazenda nos arredores de Pernambuco.
Quando, enfim, encontrou a fazenda
onde Maria estava, viu-a casada e com filhos. Entristeceu-se. Nem se dera conta
que haviam se passados vinte anos! Foi viver como homem de escolta e jagunço na
cidade de Maceió, em Alagoas. Teve muitas mulheres, mas com nenhuma se casou.
Era um negro bonito, porém solitário. Com o dinheiro que ganhou, comprou um
pedaço de terra com dois amigos mestiços. Eles plantavam e criavam alguns
animais. Cada qual, em seu pedaço de terra, construiu uma casa. Os outros eram
casados, mas José vivia sozinho.
Um dia, a fazenda onde Maria
trabalhava foi vendida e todos os negros foram alforriados. Ela estava viúva e
seus filhos haviam conseguido emprego em Maceió. A cidade estava crescendo e
aceitava negros para trabalhar. Ela foi morar com um dos filhos.
Quis o destino que José e Maria se
reencontrassem em uma feira de produtos na cidade. Os dois a princípio se
esbarraram e não se reconheceram, mas em seguida se olharam e sentiram que o
destino os havia reunido novamente. Maria e José se casaram e ela foi viver com
ele em seu sítio. Viveram ainda bastante tempo juntos. Enquanto viveram juntos
preocuparam-se em ajudar as crianças sofridas e perdidas pela escravidão.
Também acolhiam em suas terras negros feridos e mal alimentados. Davam abrigo e
os ajudavam a se recuperar. Por esses atos de amor eram muitas vezes ameaçados
pelos fazendeiros da redondeza, mas como tinham a carta de alforria e a
proteção de alguns brancos, não sofriam maiores danos.
Assim, eles cumpriram uma missão de
vida no Brasil que deu sentido ao fato de terem sido retirados de sua terra
africana. Hoje, esses dois falangeiros abnegados são gentis e amorosos com as
crianças e com todos que os procuram. Possuem sua história de vida como exemplo
para relatar.
¡¡SALVE LAS ALMAS BENDITAS!! ABOBÓ ABOBÓ!!MI PAE JOSE Y MI TIA MARIA!! SALVE ALMAS BENDITAS!!
ResponderExcluirFeliz em poder servi com amor á está tia Maria mineira
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