Além
das regiões (ou cidades) do Umbral encontramos o que é chamado de Núcleo. Não
constitui uma cidade organizada como conhecemos, mas se trata de um agrupamento
de Espíritos semelhantes. Os grupamentos maiores e mais conhecidos são os dos
suicidas. Estes núcleos são encontrados nas regiões montanhosas, nos abismos e
vales. Não costumam ser aproveitados pelos líderes nas cidades porque são
considerados perturbados, se tornando inúteis aos seus objetivos estratégicos.
Os vales dos suicidas são muito visitados por Espíritos bons e ruins. Os bons
tentam resgatar aqueles que desejam sair dali por terem se arrependido com
sinceridade do que fizeram. Os Espíritos ruins fazem suas visitas para se
divertirem, para zombarem ou para maltratarem inimigos que lá se encontram em
desespero.
Não
é difícil imaginar um local com centenas de milhares de pessoas que cometeram
suicídio, todas ali unidas, sem entender o que está acontecendo já que não
estão mortas como desejariam estar. Ao encerrarem a vida antes do previsto elas
cometem um crime ainda mais grave, o de desistir da oportunidade de regeneração
que estava sendo dada por Deus junto aos seus afetos e resgates. Por isso são
diretamente encaminhadas aos vales do Umbral.
Existem
também os núcleos de drogados. O uso de droga é como um suicídio lento (ou
rápido dependendo da circunstância), onde o corpo vai se deteriorando enquanto
há a utilização ainda durante a vida e continua sua decomposição em plasma após
a passagem. Alguns, devido ao vício adquirido, perdem suas funções racionais
ainda em vida, se entregando à morte, mesmo antes do desligamento do corpo
físico (em estado de demência). Existem algumas cidades de drogados no Umbral,
onde a vibração é a mesma daquela buscada na Terra pelos usuários de drogas nas
noites, nas festas, nos becos, nos morros e etc.
De
uma forma geral, para todo tipo de vício da carne existem cidades e núcleos de
viciados. Por exemplo, existem regiões de alcoólatras ou de compulsivos
sexuais. Todos os viciados costumam visitar o planeta Terra em bandos para sugarem
as energias prazerosas dos vivos que possuem os mesmos vícios (eis aí um dos motivos
da obsessão).
É
comum a existência de núcleos de marginais. Locais onde estão reunidos
assaltantes, assassinos, ladrões, traficantes e outros tipos de criminosos em
sintonia mútua. Existem também aqueles que apenas vagam nas regiões fora das
cidades e longe dos núcleos, são os chamados andarilhos solitários, Espíritos
considerados inúteis para as más atividades dos núcleos.
Grandes
tempestades de chuva e raios ocorrem em todo Umbral. Tem importante função de
limpar os excessos de energias negativas acumuladas no solo e no ar, tornando o
ambiente menos insuportável aos seus habitantes.
As
regiões do Umbral, quanto à densidade fluídica, são as que mais se parecem com
a Terra. Os Espíritos por estarem ainda muito atrelados à vida material, acabam
vivendo suas vidas como se realmente estivessem vivos. Eles continuam sentindo
as necessidades básicas do corpo físico, pois ainda estão muito presos às
energias terrenas. Sofrem por sentirem dores, sono, fome, sede, desejos
diversos.
O
importante a saber a respeito do Umbral é que os Espíritos não estão presos a
ele. Eles têm liberdade para sair, apesar de não ficarem sabendo disso. Porém,
com a convivência com outros Espíritos mais experientes, vão adquirindo
conhecimento sobre suas possibilidades e começam a visitar a Terra com mais frequência.
Mesmo não estando presos, quando se afastam do Umbral, vão gastando energia até
que de tão fracos que ficam, são recolhidos pelos guardiões ao Umbral novamente,
até que decidam novamente voltar ou não à Terra, por livre arbítrio.
Enquanto
na Terra, buscam se “reabastecer” com a energia daqueles que vibram na mesma
frequência, com as mesmas faltas, nos lugares onde há o mesmo tipo de vício e
tudo mais. É também por isso que acontece a obsessão. Esses Espíritos pouco
evoluídos atuam como verdadeiros vampiros tomando pra si os fluidos circulantes
dos encarnados que se entregam aos maus hábitos. Aproveitam-se da energia
material de baixa vibração para adquirirem a “força” que precisam para se
manterem na Terra e suprir suas necessidades e vícios.
Os
guardiões atuam no Umbral recolhendo aqueles que se dispersam e vagam pela
Terra, protegendo a saída e a entrada das regiões contra entrada e saída de quem
não deva estar ali, protegendo a entrada das colônias para que Espíritos de
baixa energia não possam invadir. Também são eles que se misturam aos grandes
núcleos a fim de desarticular os grandes estrategistas que trabalham para o
mal, tentando demover da idéia daqueles que podem se regenerar a intenção de
praticar más atitudes. São, na verdade, parte de um verdadeiro Exército do Bem,
que vai para frente de batalha na guerra contra as legiões do mal.
Outro
fator importantíssimo, a saber, sobre o Umbral é a respeito dos inúmeros Espíritos
de Luz que trabalham ali dentro, reconhecendo aqueles que apresentam um
arrependimento sincero de suas faltas e recolhendo-os para que sejam tratados e
regenerados. São Espíritos de grande elevação que têm a capacidade de
reconhecer a pureza de um sentimento verdadeiro e, por isso, não os únicos a
receberem a permissão para resgatar das trevas aqueles merecedores. Essas equipes
são alternadas periodicamente devido ao grande desgaste energético que sofrem
(contato constante com fluidos muito densos) no Umbral.
De
tudo que falamos fica a lição de que Deus sabe realmente todas as coisas. Não
se deve entender o Umbral como castigo, porque não é. É apenas mais uma
oportunidade de regeneração. O tempo de duração de nossa estada lá pode ser
nulo ou longo, dependendo apenas da boa utilização do nosso livre arbítrio e da
consciência sobre os nossos próprios erros. Somente quando as pessoas se
arrependem dos erros que cometem na Terra (sem culpas, penas ou rancores) e
esquecem os sentimentos negativos que ainda nutrem é que os Espíritos mais
elevados conseguem se aproximar para seu resgate.
Espero
que tenha conseguido passar um pouco do que é esse Umbral que tanto estudamos e
do qual tanto ouvimos falar!
Com
amor,
Nise.
Fonte: Lições aprendidas no CEENC, Estudo da
obra de André Luiz e Blog Mensagens Espíritas.
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