Era véspera de Natal. Em todas as casas havia
intensa alegria. Nas ruas, era grande o movimento. Pessoas transitavam com
pacotes, entrando e saindo de lojas cheias de compradores e vendedores
ansiosos.
O homem e a mulher
se aproximaram de um restaurante. A mulher trazia nos olhos o brilho dos que
sabem compartilhar alegrias e se sentem felizes com pequenas coisas. Sorria.
O homem se
apresentava carrancudo. O rosto marcado por rugas de preocupação. No coração,
um tanto de revolta.
Sentaram-se à mesa
e, enquanto ela olhava o menu, procurando algo simples e gostoso para o lanche,
ele começou a reclamar.
Reclamou de como
as coisas não estavam dando certo. Ele tinha investido em um determinado
produto em sua loja, contando que as vendas fossem excelentes. Mas não foram.
O produto não era
tão atraente assim. Ou talvez fosse o preço. Enfim, o comerciante reclamava e
reclamava.
De repente, ele
parou de falar. Observou que sua esposa parecia não estar ouvindo o que ele
dizia. Em verdade, ela estava mesmo era em outra esfera.
Olhava fixamente
para uma árvore de Natal que enfeitava o balcão do pequeno
restaurante. Sim, ela não estava interessada na sua conversa.
Ele também olhou
na direção do olhar dela e meio de forma mecânica, comentou:
A
árvore está bem enfeitada, mas tem uma lâmpada queimada no meio das luzes.
É
verdade, respondeu a mulher. Há uma lâmpada queimada. E você conseguiu vê-la porque está
pessimista, meu amor. Não conseguiu perceber a beleza das dezenas de outras
luzes coloridas que acendem e apagam, lançando reflexos no ambiente.
Assim
também com a nossa vida. Você está reclamando da venda do produto que não deu
certo e se mostra triste. Mas está esquecido das dezenas de bênçãos que
brilharam durante todo o ano para nós. Você está fixando seu olhar na única
lâmpada que não iluminou nada.
* * *
Não há dúvida de
que acharemos, no balanço das nossas vidas, diversas ocorrências nas quais nos
poderemos dizer muito infelizes. Podemos chegar a sentir como se o Mundo ruísse
sob os nossos pés.
Porém, a maior
tristeza que pode se abater sobre a criatura, multiplicando desditas para o
Espírito, é o mau aproveitamento das oportunidades que lhe concede o Criador,
para evoluir e brilhar.
Meditemos sobre
isso e descubramos as centenas de lâmpadas que brilham em nossos caminhos.
* * *
Ao lado das dores
e problemas que nos atingem as vidas, numerosas são as bênçãos que nos oferece
a Divindade.
Apliquemo-nos no
dom de ver e ouvir o que é bom, belo e positivo.
Contemplemos a
noite que se estende sobre a Terra e sem nos determos no seu manto escuro,
descubramos no brilho das estrelas, as milhares de lâmpadas que Deus posicionou
no espaço para encher de luz os nossos olhos.
Acostumemo-nos a
observar e a ver o bem em toda a parte a fim de que a felicidade nos alcance e
possamos sentir a presença do Criador, que é amor na sua expressão mais alta,
alevantando-nos as vidas.
Redação do Momento Espírita
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