terça-feira, 14 de maio de 2013

COMPANHEIRISMO NA UMBANDA - PARTE I

 CENTRO ESPÍRITA DE ESTUDOS NOSSA CASA
Estudo de Grupo do CEENC – 13.05.2013



Oi irmãos,
Hoje vamos dar continuidade ao estudo sobre a moral Umbandista, através dos temas propostos por nossa guia espiritual, Vovó Antonieta, buscando sempre o amadurecimento individual e coletivo de todos.
Começo o estudo de hoje, perguntando quem já ouviu aquela famosa expressão que diz que “TODO HOMEM É UMA ILHA”? Será mesmo?
Na vida sobre a Terra, ninguém pode viver só. Se fossemos uma ilha, precisaríamos rapidamente construir pontes que nos ligassem a um continente habitado e feliz, uma vez que não somos capazes de realizar tudo sozinhos. Precisamos de ajuda para sobreviver.
Cada pessoa que cruza o nosso caminho, atua de uma forma diferente no meio onde nos encontramos. A atitude de cada uma delas, mesmo que indiretamente, influencia aquilo que nos cerca! Portanto, tratemos de buscar criar laços de confiança e vínculos duradouros, tornando a vida uma experiência agradável em meio a tantas incertezas de nossas expiações.
Tema de Hoje:
Companheirismo não é estar junto apenas, é também colaborar com o outro, para que juntos possamos vencer os desafios.
Um antigo conto chinês relata que certa feita, um mestre foi procurado por seu aprendiz que lhe perguntou sobre o significado de ser companheiro.
Foi quando o mestre, apontando três árvores que estavam próximas ao lugar onde se encontravam, observou:
- Olhe como essas árvores são diferentes! Em uma nós vemos flores bonitas e perfumadas, na outra, frutos enormes que quase envergam os galhos e na outra só há mesmo essa folhagem verde.
Após observar as árvores que o mestre mostrava, o aprendiz o acompanhou até o alto do morro, onde puderam ter uma visão panorâmica de todo o cenário. Ao que o mestre indagou ao aprendiz:
- O que vê daqui?
O aprendiz então respondeu:
- Daqui apenas posso ver as mesmas árvores, que cresceram independentes umas das outras, mas o interessante é que não consigo distinguir qual é a sombra de cada uma...
Foi quando o mestre concluiu:
- Isso é o companheirismo. Quando os diferentes crescem e evoluem juntos, de tão próximos que ficam, acabam por produzir uma sombra grande e única, que irá funcionar para abrigar muitos que precisem refazer suas forças da caminhada desgastante pela Terra. Essa sombra resultante da ligação das árvores será refresco para os olhos, alívio para a alma e pouso para os corações cansados de procurar por aconchego. Companheiros de uma vida são árvores diferentes que crescem próximas. Quanto mais crescem juntas, mais próximas ficam e maior e única a sombra que passam a produzir durante todo um dia de sol quente!

Como podemos perceber, o companheirismo é fundamental para que as atividades realizadas em conjunto possam produzir bons resultados.
Em uma Casa de Umbanda não acontece de forma diferente. Todos aqueles que fazem parte da corrente são fundamentais para que tudo aconteça de forma harmônica e benéfica a todos os presentes. E quando digo que o companheirismo é necessário, não estou me referindo somente a respeito da formação da corrente, mas falo sobre tudo aquilo que envolve o dia a dia da casa e as atividades que se fazem em seu nome.
O companheirismo é sempre um ato bilateral. Para que duas pessoas sejam companheiras, é importante que as duas se dediquem por igual ao benefício um do outro. É importante que quando for lhe oferecido um ombro amigo, você sempre se pergunte se está fazendo o que pode para ajudar ao seu companheiro também. Essa preocupação mútua com o bem-estar um do outro estreita os laços de confiança, fundamentais para a convivência coletiva.
O companheiro é aquele que ajuda por amor, pelo simples fato de que ver o outro passando por alguma situação difícil, já basta para que ele se prontifique a ajudar. O companheiro não se sente prejudicado por dedicar um pouco de seu tempo, de suas forças e de seus bens materiais ou espirituais em favor do benefício do outro. Ele se sente realizado em simplesmente saber que o outro está bem.
O verdadeiro companheiro sabe que fazer sua parte é o mínimo para que ninguém seja prejudicado. É aquele que não deixa de lado suas responsabilidades pois sabe que as suas omissões sobrecarregam os outros. É aquele que não precisa ser procurado para auxiliar porque, quando há a necessidade, ele se prontifica a se doar em função do benefício daqueles que necessitam.
Ser companheiro não é esperar que lhe peçam alguma coisa, é agir sobre aquilo em que seu auxílio pode ser necessário. Se vemos algo que podemos fazer pelo benefício coletivo, não precisamos esperar que mais alguém perceba ou nos peça, precisamos ser úteis e agir. O trabalho dignifica o homem e o trabalho em benefício do outro enobrece o Espírito.
Quando apenas as nossas próprias necessidades tomam conta de nós, deixamos nos levar pela preguiça, pelo sentimento de que fazemos demais e pela sensação de passividade perante as dificuldades alheias. Nesse momento é como abríssemos mão da possibilidade de oferecer ajuda. Isso não é uma atitude benéfica para o grupo, mas sim, realça a falta de companheirismo de nossas atitudes.

2 comentários:

  1. Ótimo texto! Achei todos os textos sobre a companheirismo muito bons! Gostaria de usá-los em nosso centro, aqui em Cabo Frio. Abraço fraterno!

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  2. Olá!
    Que bom que gostou dos textos! Nossa vontade é sempre divulgar a verdadeira Umbanda! Fique a vontade para levá-lo a sua casa se achar que pode ser útil!

    Um grande abraço,

    FAMÍLIA CEENC

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