sexta-feira, 6 de julho de 2012

QUANTO VOCÊ VALE?



Um dia, um jovem rapaz, desanimado com a vida e com as pessoas, procurou um filósofo para ajudá-lo e disse:
-Venho aqui professor porque me sinto inútil e não tenho mais ânimo. Dizem que não sirvo mais pra nada, que não faço nada bem feito e que sou lerdo e bem idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para as pessoas me valorizarem... Já não sei mais... Acho que não dá!
O professor, sem olhá-lo disse:
-Sinto muito, meu jovem, mas não posso ajudá-lo agora. Primeiro eu tenho um problema pessoal muito sério para resolver. Tenho que solucionar minhas questões primeiro para, talvez, depois passar a ouvi-lo.
E parando por uns segundos falou:
-Se você me ajudasse eu poderia resolver este problema com mais rapidez e, depois, talvez eu possa ajudá-lo.
-Pode ser, professor - gaguejou o jovem, que se sentiu mais uma vez desvalorizado e hesitou em ajudar o professor.
O professor tirou um anel que usava no dedo mindinho e dando ao jovem falou:
-Monte o meu cavalo e vá até o mercado. Devo vender este anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que você consiga pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos de uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem então pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até o momento em que o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava a moeda de ouro alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável ao ponto de explicar para ele que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar aquele anel.
Tentando ajudar o jovem, tentaram oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia à risca as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a jóia a todos que passavam pelo mercado, abatidos pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.
Entrou na casa do professor e disse a ele:
-Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir duas ou três moedas de prata, mas acho que não se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
-Importante o que disse, meu jovem – contestou sorridente o mestre. Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele lhe dá. Mas não importa quanto lhe ofereça, não o venda. Volte para cá com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. Ele olhou atentamente com uma lupa e disse:
-Diga ao seu professor que se ele quiser vender agora, não posso dar mais do que 58 moedas de ouro pelo anel.
O jovem surpreso exclamou:
-58 MOEDAS DE OURO??!!!
-Sim – replicou o joalheiro. Eu sei que com tempo poderia oferecer-lhe até 70 moedas, mas... Se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado para contar o ocorrido.
O professor, depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:
-Viu, meu rapaz? Você é como esse anel; Uma jóia valiosa e única que só pode ser avaliada por pessoas que saibam reconhecer o valor das outras pessoas.
E dizendo isso, voltou a colocar o anel no dedo.
-Todos somos como essa jóia: valiosos e especiais. Andamos pelos mercados da vida sendo avaliados por pessoas erradas que nos fazem perder a confiança e a crença em nossos próprios talentos.


Na vida, alguém pode escolher entre se deixar levar ou conduzir os próprios passos em direção àquilo em que acredita. Basta a cada um de nós escolher quem desejamos que nos avalie. Deus ou aqueles que não têm experiência, nem conhecimento suficientes para isso.
Pensem nisso.

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