(O texto completo, que deu origem ao nosso, foi retirado da página do
Centro Espírita Fraternidade da Luz, Casa do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Escrito
por Henrique Landi)
Antes de começar a
contar a sua história, é importante lembrar que Caboclo das Sete Encruzilhadas
e o Exu Rei das Sete Encruzilhadas são entidades que possuem nomes semelhantes,
são quase homônimos, porém espíritos distintos, cada um deles trabalhando
espiritualmente em seu nível vibratório. Ambos prestam grandes serviços para a
melhoria e desenvolvimento dos espíritos encarnados, entretanto são espíritos
diferentes.
No tempo do Brasil
Colônia, mais precisamente no Estado do Rio de Janeiro, em uma localidade às
margens do sinuoso Rio Paraíba do Sul, chamada hoje de Barra do Piraí, existia
uma fazenda que cultivava vários produtos agrícolas, em maior escala o café e a
cana-de-açúcar. Tal propriedade era administrada por uma família portuguesa que,
ao contrário de outras existentes nas proximidades, não exigia o braço escravo.
Os negros que lá trabalhavam recebiam, além da casa e da alimentação, uma
remuneração em moeda; por isso era a propriedade mais próspera do local, graças
à forma de administração adotada por seus proprietários.
Próximo dali,
vivia uma tribo de índios da Nação Tupi-Guarani com a qual os fazendeiros
mantinham um excelente relacionamento. O Chefe da tribo era moço e possuía uma boa
cultura pois fora alfabetizado na Capital. Ele veio a se apaixonar por uma das
filhas do fazendeiro, que correspondeu ao seu afeto e se casou com ele, contrariando
os costumes de ambas as comunidades.
Após a união ela
engravidou, tendo que viajar à Capital do Rio de Janeiro para tratamento médico.
Quando regressou após algum tempo de tratamento ouviu a horrível noticia de que
um grupo de índios estranhos na localidade, de surpresa, tentou invadir a
fazenda para saqueá-la. Os fazendeiros pediram socorro e os guerreiros
Tupi-Gurany vieram, mas não puderam impedir que os pais da moça e seus irmãos
fossem mortos. Na batalha, o chefe Tupi-Guarany, seu marido, ficou gravemente
ferido, vindo também a falecer em conseqüência.
Ao todo, sete pessoas foram assassinadas pela tribo invasora. E todos foram
sepultados dentro da fazenda. A moça grávida,única remanescente da família de
fazendeiros, ia todas as tardes rezar junto às sete cruzes que demarcavam os
locais onde seus pais, irmãos e esposo foram sepultados. Porém, em uma dessas
tardes em que rezava junto ao túmulo do esposo, sentiu-se em trabalho de parto
e ali mesmo deu à luz a um menino, seu filho com o chefe ‘Tupi-Guarany’, cujo
corpo estava naquele local sepultado.
O menino cresceu
cercado do imenso carinho de sua mãe e recebeu ensinamento proveniente de duas
culturas: a cristã adotada por sua mãe e a outra orientada pelo Pagé da
tribo de seu pai. Estudou na Capital do Estado e posteriormente na Côrte,
recebendo instrução superior de Direito.
Como advogado teve intensa atividade profissional em defesa de escravos
nos Tribunais do Rio de Janeiro, que eram acusados de crimes pelos
senhores de Engenho.
Na qualidade de
chefe de sua comunidade indígena, invadia as fazendas de regime escravo,
libertando os cativos e colocando-os em local seguro. Na verdade ninguém
conseguia identificar o chefe que comandava o grupo indígena libertador de
escravos, ora ele se apresentava com o aspecto físico de indivíduo alto, ora
baixo, às vezes gordo e outras vezes magro, cada ataque era comandado por uma
pessoa diferente e assim ele conseguia se manter no anonimato.
Passou a ser
chamado de Caboclo
das Sete Cruzes Ilhadas, por ter nascido na fazenda onde
existiam sete cruzes que foram colocadas em uma pequena ilha no interior
daquela fazenda. Com o tempo, seu nome
passou a ser Caboclo das Sete Encruzilhadas, nome que ele adotou humildemente, até
mesmo em sua vida espiritual.
Após ter
desencarnado, voltou através de Zélio Fernandino de Moraes, em Novembro de
1908, como espírito mensageiro, colocando as bases da Umbanda no Rio de
Janeiro.
Salve
o Caboclo Sete Encruzilhadas!
Bela história!!!
ResponderExcluirlinda história..............!
ResponderExcluirApenas estória para ilustrar ...mas valeu pela criatividade...
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