segunda-feira, 30 de julho de 2012

MESA I - TEXTO 2 - JULHO


ACREDITAR E AGIR


Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.
O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.
Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro, agir.
Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força.
O barco, então, começou a dar voltas, sem sair do lugar em que estava.
Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor.
Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
Então, o barqueiro disse ao viajante:
Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.
Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: agir e acreditar.
Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos. É preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.
Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.
*   *   *
Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês. Tinha também uma estratégia: a não-violência.
Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.
Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou e agiu, superando a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.
Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África francesa para atender aos nativos, no mais completo anonimato.
Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular.
*   *   *
E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?
Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.
Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.
*   *   *
Caso você ainda não tenha uma meta traçada ou deseje refazer a sua, considere alguns pontos:
verifique se os caminhos que irá percorrer não estarão invadindo a propriedade de terceiros;
se as águas que deseja navegar estão protegidas dos calhaus da inveja, do orgulho, do ódio;
e, antes de movimentar o barco, verifique se os remos não estão corroídos pelo ácido do egoísmo.
Depois de tomar todas estas precauções, siga em frente e boa viagem.

Redação do Momento Espírita

domingo, 29 de julho de 2012

MESA I - TEXTO 1 - JULHO


O VALOR DE UM SORRISO

Não custa nada e rende muito.
Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá.
Dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre.
Ninguém é tão rico que dele não precise. Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos.
Leva a felicidade a todos e a toda parte.
É o símbolo da amizade, da boa vontade. É alento para os desanimados, repouso para os cansados, raio de sol para os tristes, consolo para os desesperados.
Não se compra nem se empresta.
Nenhuma moeda do mundo pode pagar seu valor.
Você já sabe do que se trata?
Trata-se de um sorriso.
E não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aqueles que não sabem mais sorrir.
Aqueles que perderam a esperança. Os que vagueiam sem rumo. Os que não acreditam mais que a felicidade é algo possível.
É tão fácil sorrir! Tudo fica mais agradável se em nossos lábios há um sorriso.
Tudo fica mais fácil se houver nos lábios dos que convivem conosco um sorriso sincero.
Alguns de nós pensamos que só devemos sorrir para as pessoas com as quais simpatizamos.
São tantas as que cruzam nosso caminho diariamente. Algumas com o cenho carregado por levar no íntimo as amarguras da caminhada áspera. Poderemos colaborar com um sorriso aberto, no mínimo para que essa pessoa se detenha e perceba que alguém lhe sorri, já que o sorriso é um alento.
Sorrir ao atender os pequeninos que acorrem nos semáforos à procura de moedas.
É tão triste ter que mendigar e mais triste ainda é receber palavras e gestos agressivos como resposta.
Se é verdade que essa situação nos incomoda, não é menos verdade que não gostaríamos de estar no lugar deles.
Eles são tão pequeninos!
Se têm a malícia dos adultos é porque os adultos os induzem a isso. Mas no íntimo são inocentes treinados para parecer espertos, em meio às situações mais adversas.
O sorriso é uma arma poderosa, da qual nos podemos servir em todas as situações.
Se, ao levantarmos pela manhã, cumprimentarmos os familiares com um largo sorriso, nosso dia certamente será melhor, mais alegre.
Se, ao entrarmos no elevador, saudarmos com um sorriso os que seguem conosco, ao invés de fecharmos o rosto e olharmos para cima ou para baixo, na tentativa de desviar os olhares, com certeza o nosso dia será mais feliz. Porque todos nos verão com simpatia e nos endereçarão energias salutares.
O sorriso é sempre bom para quem sorri e melhor ainda para quem o recebe.
O sorriso tem o poder de fazer mais amena a nossa caminhada.
Dessa forma, se não temos o hábito de levar a vida sorrindo, comecemos a cultivá-lo, e veremos que sem que mude a situação à nossa volta, nós, intimamente, nos sentiremos mais felizes.
*   *   *
O cenho carregado, ou seja, a cara amarrada, como se costuma dizer, traz ao corpo um desgaste maior que o promovido pelo sorriso.
Isto quer dizer que, quando sorrimos, utilizamos menos músculos e fazemos menos esforços.
         Assim sendo, até por uma questão de economia, é mais vantajoso sorrir.


Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 26 de julho de 2012

SALVE SENHORA SANT'ANNA! SALUBA NANÃ



ORAÇÃO A NANÃ



Santa Senhora das águas escondidas, aos pés de Jesus Cristo rogai por nós. Que ao Filtrar as águas de nosso Planeta, resgate-as, terna Senhora, e as acomode em lençóis subterrâneos. Então, traze-as de volta à superfície, leves e cristalinas, líquido divino, bendito do Senhor, indispensável a todos os tipos de vida terrestre. Demonstras não só um amor imensurável por todos os seres, mas imanta-nos com sua sabedoria infinita.

Santa Senhora, dona de Pântanos e Brejos, início da existência, concede-nos, querida vovó, a transformação de nossas dores físicas e espirituais. A cura dos males que destroem a humanidade. A cura do vício que degrada o homem. A cura do desamor que extingue  a paz. Faça brotar em cada um de nós, querida Nanã, a fonte viva da fé em Jesus. Que ao bebermos dessa verdadeira água, possamos libertar-nos, aprender a perdoar e perdoando, sermos perdoados. E que na marcha da evolução rumo à transformação possamos alcançar a verdadeira vida… A vida eterna! Que assim seja!


SOBRE A SENHORA NANÃ

A Senhora mais velha entre todos os Orixás. Sua atitude costuma ser severa, mas é determinada naquilo que se propõe a fazer. Também costuma agir sempre com rigor na hora de tomar decisões. Este Orixá oferece segurança e jamais aceita uma traição. A mais velha senhora da água está associada às pessoas idosas, à maternidade e seu elemento principal é a lama, o lodo dos rios e dos mares. Como possui um temperamento rígido e não tolera desobediência; é capaz de castigar com a intenção de educar. Nas cerimônias da Umbanda é conhecida como vovó. As pessoas consideras filhas de Nanã são geralmente calmas, sérias e introvertidas. Seguras e equilibradas em tudo o que fazem, gostam de ajudar as pessoas, agindo com gentileza e muita dignidade. Quando precisam desenvolver algum trabalho, mesmo que exija rapidez, sabem usar da paciência como se tivessem todo o tempo do mundo para sua execução.

SALUBA NANÃ!!!


É de Nanã, é de Nanã Boruquê...
É de Nanã, é de Nanã Boruquê...
A água que vem caindo é de quem?
É de Nanã Boruquê. É de quem?
É de Nanã Boruquê!!!

domingo, 15 de julho de 2012

ATIRE A PRIMEIRA FLOR





Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo;
Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada;
Quando todos estiverem chorando,  tente você o primeiro sorriso; talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem;
Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se;
Quando ninguém souber coisa alguma, e você  souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar,  começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo;
Quando alguém estiver angustiado à procura, consulte  bem o que se passa, talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja;
Daí, portanto, o seu deve ser o primeiro  a aparecer,  o primeiro a mostrar-se, primeiro que pode ser o único e,  mais sério ainda, talvez o último;
Quando a terra estiver seca,  que sua mão seja a primeira a regá-la; quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja  a primeira a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor;
Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave;
Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a  primeira proteção e primeiro abrigo.
Se o pão for apenas massa e  não estiver cozido, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.
Não atire a primeira pedra em quem erra.
De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado, aplauda o erro; dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora;
Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu; sua atenção primeiro para  aquele que foi esquecido;
Seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém;
Quando tudo for espinho, atire a primeira flor; seja o primeiro a mostrar que há  caminho de volta,  compreendendo que o perdão regenera, que a  compreensão edifica,  que o auxílio possibilita, que o entendimento reconstrói.
Atire você, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor!

por   Glácia Daibert

sexta-feira, 13 de julho de 2012

PEDIDO DE DEMISSÃO



 Venho por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos. Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.
Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas. Quero acreditar que tudo é possível. Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as  pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações. Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe. Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento. Não quero mais ser obrigada a dizer adeus às pessoas queridas e, com elas, à uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu e de que, por isso, tudo está direitinho nesse mundo. Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa poça deixada pela chuva. Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam. Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira  ficar pretinha de frutas. Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar  e dividindo-os com meus amigos. Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida. Quero que as maiores competições  em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada. Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria"  e que isso não me incomodava nadinha,  porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.
Quero voltar ao tempo em que se é feliz,  simplesmente porque se vive  na bendita ignorância da existência de coisas  que podem nos preocupar ou aborrecer. Quero acreditar no poder dos sorrisos,  dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade,  da justiça, da paz, dos sonhos,  da imaginação, dos castelos no ar e na areia. Quero estar convencida de que tudo isso...  vale muito mais do que o dinheiro!
A partir de hoje, isso é com vocês,  porque eu estou me demitindo da vida de adulto. Demita-se você também dessa sua vida chata de adulto, dizendo para todos, principalmente os mais sérios e preocupados, que você vai aproveitar seu tempo pra brincar um pouco mais e achar tudo mais divertido. E se precisar, que você até divide seu leitinho quente da hora de dormir...
NÃO TENHA MEDO DE SER FELIZ!!!

domingo, 8 de julho de 2012

É PRECISO RESPONSABILIDADE



Muitas pessoas acreditam que o Guia Espiritual tem o dever de tudo saber e tudo fazer, ficando o médium isento de responsabilidades e cuidado. Pura Ignorância! É claro que os Guias tudo sabem e nós temos muito que aprender com eles. Sabem de nossos erros, de nossas preguiças, de nossa vaidade e de nosso egoísmo, sabem que muitas vezes, médiuns sustentados por esses sentimentos viciados simplesmente “decidem” abrir sua casa desconhecendo a seriedade e as suas próprias responsabilidades diante deste ato.
 Abrir um Centro não é só incorporar e colocar tudo na mão do Guia Espiritual. Existem obrigações e fundamentos que devem ser cumpridos pelo médium e não pelo Guia. Afinal, um Centro Espírita é o local identificado por todo o plano espiritual como sendo um ponto de troca, de recarga, de cura e de encaminhamento. E esse local não funciona somente no dia e hora da gira, mas sim continuamente como um Centro de Reabilitação entre o mundo espiritual e o terreno.
Diante de toda essa grandeza o local deve ter sua proteção com campos de irradiações específicas e pontos de descargas energéticas para que nada fique acumulado no ambiente e nas pessoas. Preparações essas que devem ser realizadas com conhecimento e não com “achismos”.
Também não encontramos esses ensinamentos completos, como devem ser, somente na internet ou nos livros, mas na nossa espiritualidade, na nossa bagagem, como costumam dizer; No conhecimento de Dirigentes Espirituais, verdadeiros zeladores de Orixás (aqueles que cuidam, conhecem e zelam pelos Orixás).
Infelizmente vemos hoje pessoas trabalhando em suas casas ou em suas residências sem nem mesmo saber o fundamento do que estão realizando; Não sabendo nem o porquê de realizar uma obrigação ou simplesmente não sabendo preparar um banho de proteção, de energização ou de descarrego sobrecarregando a casa, o médium e toda a família.
Médiuns não preparados vão criando um Centro de ações nocivas e, com o passar do tempo, o próprio médium passa a culpar, julgar e menosprezar a Umbanda e os Guias Espirituais, esquecendo que a sua ignorância e a sua vaidade foram as causadoras do negativismo em sua vida. Pura Irresponsabilidade! Não é o médium quem decide a abertura de um Centro, mas o Guia Espiritual e essa determinação vem do Alto. Afinal, só nos é permitida a evolução quando nos tornamos capacitados e responsáveis pelos nossos atos.

(Adaptado do texto de Mônica Caraccio em "Minha Umbanda")

sexta-feira, 6 de julho de 2012

QUANTO VOCÊ VALE?



Um dia, um jovem rapaz, desanimado com a vida e com as pessoas, procurou um filósofo para ajudá-lo e disse:
-Venho aqui professor porque me sinto inútil e não tenho mais ânimo. Dizem que não sirvo mais pra nada, que não faço nada bem feito e que sou lerdo e bem idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para as pessoas me valorizarem... Já não sei mais... Acho que não dá!
O professor, sem olhá-lo disse:
-Sinto muito, meu jovem, mas não posso ajudá-lo agora. Primeiro eu tenho um problema pessoal muito sério para resolver. Tenho que solucionar minhas questões primeiro para, talvez, depois passar a ouvi-lo.
E parando por uns segundos falou:
-Se você me ajudasse eu poderia resolver este problema com mais rapidez e, depois, talvez eu possa ajudá-lo.
-Pode ser, professor - gaguejou o jovem, que se sentiu mais uma vez desvalorizado e hesitou em ajudar o professor.
O professor tirou um anel que usava no dedo mindinho e dando ao jovem falou:
-Monte o meu cavalo e vá até o mercado. Devo vender este anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que você consiga pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos de uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem então pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até o momento em que o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava a moeda de ouro alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável ao ponto de explicar para ele que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar aquele anel.
Tentando ajudar o jovem, tentaram oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia à risca as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a jóia a todos que passavam pelo mercado, abatidos pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.
Entrou na casa do professor e disse a ele:
-Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir duas ou três moedas de prata, mas acho que não se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
-Importante o que disse, meu jovem – contestou sorridente o mestre. Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele lhe dá. Mas não importa quanto lhe ofereça, não o venda. Volte para cá com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. Ele olhou atentamente com uma lupa e disse:
-Diga ao seu professor que se ele quiser vender agora, não posso dar mais do que 58 moedas de ouro pelo anel.
O jovem surpreso exclamou:
-58 MOEDAS DE OURO??!!!
-Sim – replicou o joalheiro. Eu sei que com tempo poderia oferecer-lhe até 70 moedas, mas... Se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado para contar o ocorrido.
O professor, depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:
-Viu, meu rapaz? Você é como esse anel; Uma jóia valiosa e única que só pode ser avaliada por pessoas que saibam reconhecer o valor das outras pessoas.
E dizendo isso, voltou a colocar o anel no dedo.
-Todos somos como essa jóia: valiosos e especiais. Andamos pelos mercados da vida sendo avaliados por pessoas erradas que nos fazem perder a confiança e a crença em nossos próprios talentos.


Na vida, alguém pode escolher entre se deixar levar ou conduzir os próprios passos em direção àquilo em que acredita. Basta a cada um de nós escolher quem desejamos que nos avalie. Deus ou aqueles que não têm experiência, nem conhecimento suficientes para isso.
Pensem nisso.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

MESA III - Texto 1 - Junho 2012


O ECO



Um filho e seu pai caminhavam pelas montanhas. De repente o filho cai, machuca e grita: - Aai!! Para sua surpresa, escuta a voz se repetir, em algum lugar da montanha: - Aai!! Curioso, pergunta: - Quem é você? Recebe como resposta: - Quem é você? Contrariado, grita: - Seu covarde!!!
Escuta como resposta: - Seu covarde!!! Olha para o pai e pergunta aflito: - O que é isso? O pai sorri e fala: - Meu filho, preste atenção. Então o pai grita em direção a montanha: - Eu admiro você! A voz responde: - Eu admiro você! De novo o homem grita: - Você é um campeão! A voz responde: - Você é um campeão! O menino fica espantado, não entende. Então o pai explica: As pessoas chamam isso de ECO, mas na verdade isso é a VIDA. Ela lhe dá de volta tudo o que você diz ou faz. Nossa vida é simplesmente o reflexo das nossas ações. Se você quer mais amor no mundo, crie mais amor no seu coração. Se você quer mais responsabilidade da sua equipe, desenvolva a sua responsabilidade. O mundo é somente a prova da nossa capacidade. Ela sempre vai lhe dar de volta o que você deu a ela. SUA VIDA NÃO É UMA COINCIDÊNCIA; É CONSEQUÊNCIA DE VOCÊ!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

HOMENAGEM AOS CABOCLOS



Que grande dia o de hoje!!! Que momento mágico de alegria e agradecimento por todas as graças que recebemos, através do amor que vem do coração matas!!!
Salve as matas sagradas e as ervas poderosas de nosso Pai Oxóssi! Salve o Caboclo Tupinambá, o Caboclo Arranca-Toco e a Cabocla Jurema! Salve todos os Caboclos!
Guerreiros que amam a natureza, cuidam dos bichos e de cada folha verde que nasce no topo das grandes árvores desse chão. Seres iluminados cuja sabedoria vem do ar puro que nos dá a vida, da água fresca que brota por dentre as pedras e corre por sobre a terra sagrada; Vem da destreza do andar por entre a relva nos dias de sol ou de lua cheia. Vem do respeito ao fogo sagrado que aquece o corpo e ilumina a noite escura.
Nosso amor a essas sagradas entidades de luz que nos ensinam dia após dia a considerar e respeitar a opinião dos velhos sábios e a sede de viver daqueles que serão os sábios de amanhã. Àqueles que defendem a tradição milenar de seu povo, com a consciência de seus deveres junto aos seus semelhantes e junto à natureza, que é o seu lar.
A seiva que circula no tronco das árvores é como o sangue desses guerreiros de Aruanda e, leva consigo a luta por um mundo de amor e paz. Assim como a terra está na sua pele, eles estão gravados no solo abençoado, que sustenta os anos de aprendizado desde seus ancestrais.
Ao iniciar essa Casa, há muitos anos, a Cabocla Jurema acendeu uma estrela resplandecente no espaço e dando continuidade a ela, o Caboclo Arranca-Toco, que traz a estrela gravada em suas vestes, permitiu que ela continuasse brilhando e iluminando os passos de tantos que clamaram por seu amor. Hoje, essa estrela permanece no alto do céu estrelado, onde está de ronda o Caboclo Tupinambá!  E nós, seus filhos, somos eternamente gratos por toda proteção, que muitas vezes é silenciosa, mas sempre presente.
Que Deus permita que a luz dessa estrela seja tão forte que possa ser visualizada por muitos andarilhos das trilhas da vida clareando e indicando o caminho para o bem, para o amor e para a caridade!
Que nós possamos sempre ser conduzidos por esses caboclos de pena, caboclos da terra, dos rios, dos mares, das campinas, das pedreiras, das cachoeiras e dos sertões! Que em nossos corações, as flores do amor continuem a colorir como num início de primavera, cada vez que escutarmos seus conselhos de pais.
Obrigado, bravos caboclos, cujos gritos de paz ecoam pelos quatro cantos do mundo, como revoada de pássaros na chegada do entardecer! Obrigada pela samambaia que limpa as impurezas do nosso corpo; Obrigada pela flecha certeira que nos protege de todo mal. Obrigada pela caça e pela pesca daquilo que precisamos para o sustento do corpo e obrigada, principalmente pela coragem e bravura ao clamarem as palavras do nosso senhor Jesus Cristo. 
Pedimos a permissão para nos considerarmos seus filhos, parte da tribo que criaram nesse mundo terreno, nessa aldeia de provas, mas principalmente de realizações e alegrias. Hoje, Caboclo Tupinambá, seu Arranca-Toco, Cabocla Jurema e todos os outros Caboclos dessa Casa, viemos humildemente dar graças a Deus por designar para cuidar de nós, seres de tanta luz. Que nós sejamos sempre dignos de tamanha graça e que é ter ao nosso lado esses espíritos tão maravilhosos, como nossos guias, mentores e anjos de luz.
Que da mesma forma que as dirigentes dessa casa, Maria, Dirce e Márcia foram dignas de seus conselhos e instruções, possamos continuar sendo abençoados por filhos seus, recebendo a glória de todo esse amor que emana de suas palavras e principalmente de seus corações!
Obrigada pela permissão da prática da caridade e pela força na construção física desse sonho!
Muito obrigada por tudo e que a missão se cumpra!
São Pedro da Aldeia, 30 de junho de 2012.

terça-feira, 3 de julho de 2012

MESA I - Texto 2

INTRODUÇÃO PARA A LEITURA DOS CAPÍTULOS 'V' E 'VI' DO LIVRO "A GÊNESE":


     O UNIVERSO EM UMA CASCA DE NOZ



Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito. - Assim disse Hamlet, o inesquecível personagem de Shakespeare.
Stephen Hawking, o célebre astrofísico inglês, inicia seu livro O Universo em uma Casca de Noz, com essa mesma ideia. No livro ele procura entender se o universo é eterno ou apenas tem uma longa vida e como nossas mentes finitas poderiam compreender um Universo infinito. O autor acredita que ainda existam muitas coisas a serem descobertas, mas apresenta-se otimista, dizendo que já avançamos muito em nossas descobertas.
A casca de noz de Hamlet representa a pequenez de nossa compreensão, da extensão de nossas forças. Mas também demonstra a capacidade do ser humano de utilizar sua mente para explorar todo este Universo. Por enquanto, somos encantados com tantas descobertas, encantados com a grandeza de Deus e Suas leis, que fazem com que tudo esteja onde deva estar e no tempo certo.
Olhem quantas curiosidades a respeito do assunto:
Júpiter, o maior dos planetas de nosso sistema, de tamanho equivalente a cerca de 1000 planetas Terra, quando foi criado, poderia ter se transformado em estrela. Caso isso tivesse ocorrido, teríamos dois Sóis, ao invés de um, e um dia permanente, sem noite alguma, o que impossibilitaria a vida neste mundo.
Outra questão curiosa é a respeito das distâncias que separam os mundos físicos, que certamente nos deixariam desnorteados. Tomemos por exemplo a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, Alfa Centauro. Ela está a apenas quatro anos luz da Terra. Parece pouco, não? Então imaginemos tomar um foguete na Terra, viajando numa velocidade muito grande. Se fôssemos direto para nossa estrela vizinha, teríamos uma pequena jornada de cerca de vinte e quatro mil e seiscentos anos para alcançá-la. Não é algo surpreendente?
Deveremos nos sentir insignificantes perto de tudo isso? Perto das bilhões de galáxias existentes? Certamente que não. Ao contrário, devemos nos sentir privilegiados de viver num Universo tão grandioso e de fazer parte dele como Espíritos em evolução constante.
Chegamos até a nos questionar a respeito de outras existências fora da Terra, não é? Afinal, não podemos ter a pretensão de nos imaginarmos sozinhos neste espaço sem fim. Seria um imenso desperdício, não acham?
Assim, do conhecimento das leis que regem o Universo, somos provados mais uma vez a respeito da existência de uma Inteligência Suprema, de uma causa primária de todas as coisas, que rege nossas vidas e destinos através de leis perfeitas. Deus povoou os mundos de seres vivos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência.
Então, sejamos agradecidos pela dádiva do conhecimento e esperemos por novas descobertas a respeito dos mundos onde o homem ainda não tem a capacidade de atuar ou simplesmente compreender...
Boa leitura para todos nós!
Vamos à Genese!

MESA I - TEXTO 1 (JUNHO 2012)


                    ALÍVIO DAS DORES                        


Quando a dificuldade se abater sobre vocês, não se percam nas lamentações que em nada ajudam em sua jornada evolutiva. Aceitem a vontade de Deus em suas vidas e entendam que o que parece dor e sofrimento é oportunidade oportuna para o seu aprendizado. Compreendam que essas dores são para tornar mais leve os seus jugos. Não se amargurem no ódio e na ira, tendo a consciência de que seus estados tantas vezes lamentáveis são efeitos do rancor e do ressentimento.
Ergam suas cabeças e ânimo! Lutem para se libertar de todas as ilusões que os fazem sofrer neste instante; desapeguem-se da ilusão do seu estado de dor de sofrimento e entendam que o seus Espíritos são perfeitos e foram criados à imagem e semelhança de Deus. 
Afugentem os maus pensamentos e a tristeza através da fé que dá força para seguir em frente; saibam que o pai celestial é justo para com todos os filhos, por isso, abram os seus corações e aceitem com resignação o aprendizado através da carne e dando graças a tudo. Agradeçam o aprendizado, pois por pior que ele pareça, ainda assim a misericórdia divina atua sobre vocês.
Sejam tolerantes e pacientes com vocês mesmos e aprimorem sua fé além das aparências físicas do sofrimento. Exercitem a humildade nesse instante e reforcem sua fé elevando a vibração do amor em seus corações através da prece fervorosa e sincera. 
Coloquem diante do pai os seus pedidos para que Ele os atenda,  libertando vocês de tudo aquilo que lhes faz sofrer.  Despertem para o verdadeiro sentido da vida neste planeta de expiação e de provas.
Nos momentos mais difíceis de nossa jornada terrena, quando o pranto e o desespero vêm nos abater, é o momento mais oportuno para praticarmos a caridade, o bálsamo sagrado que liberta de toda dor e do sofrimento. Se não podem se mover, promovam a caridade com sorrisos fortes e vibrantes e, abram seus corações para o amor celestial.
Dirijam seus pensamentos para pedir a cura e o alívio das dores de todos os seus irmãos que sofrem por não conhecerem a verdade que liberta, já exposta diante dos olhos de cada um de vocês. Assim, vocês sentirão de imediato o remédio do amor agindo, curando e restaurando a vitalidade que falta à sua matéria.
Na prática da caridade e do amor encontramos todas as respostas para nossa jornada de aprendizado e evolução espiritual, pois através de Jesus podemos alcançar a  salvação e alegria de viver.
Depende de vocês a decisão correta! Fiquem em paz e que Deus nos abençoe!